Pianista
A bailarina e o pianista
Eu sou a bailarina,
dançar me faz flutuar,
estar em um palco
é tão mágico...
Conheci ele,
o pianista,
seus olhos
são doces,
e ele toca divinamente.
O encanto foi
de imediato,e assim
nasceu a nossa amizade.
Ele tocava para mim,
e eu dançava para ele,
um momento único,
nosso,no ambiente,
pairava a felicidade...
A música e a dança
combinavam perfeitamente.
Viajando aqui e acolá,
trocas de confidências,
olhares,abraços,
carinhos...por fim,
um beijo!
Que beijo gostoso!
A arte uniu
dois jovens
corações,que
juntos aprenderam
outra arte,
a de amar...
Nosso amor assim
nasceu,entre
danças,palcos,
canções e aplausos.
Nosso amor é
iluminado,encontro
predestinado por Deus.
Juntos na arte,
Juntos naqueles
dias onde há
lágrimas e dor,e
juntos na alegria,
quando olhamos
as pessoas sorrindo
e aplaudindo a
nossa arte e o nosso amor."
Um piano abandonado, viu-se inútil sem um bom pianista que pudesse tocá-lo.
A cidade inteira não se importava com seu som.
Muito menos com todos os arranjos e orquestras nos quais participou.
Sua história de nada valia, pois sua música era ultrapassada demais.
Muito triste e sem perspectivas, o piano tocava apenas em 'Dó'.
A poeira cobriu suas teclas, e suas cordas estavam desafinadas.
Havia virado uma mesa, uma tábua forrada com jornais amarelados.
Contudo, em uma manhã, um velhinho entrou na loja querendo sorrir.
Com seus passos lentos retirou seus óculos e com um lenço os limpou.
Mirou o velho piano, cheio de saudades e cercado de 'Sol'.
Abriu sua carteira, contou as notas e moedas que economizou por 'Si'.
Levou o velho piano, limpou, afinou e lustrou o marfim.
Sentou-se ao piano em frente a janela, que se iluminava à luz do jardim.
Tocou o velho e o piano, uma música-saudade que os enalteceu.
Os vizinhos que não se importavam, logo se encantavam ao som que surgia dali.
A cidade logo repensava, porque tanto tempo ouviu música ruim.
E o piano encontrou o seu tom, o velho o seu dom e se fizeram arte assim.
O BAILARINO E A PIANISTA (By Jeff Cruz)
Os acordes eruditos do piano
Insistem em tocar logo cedo
É a expressão de fortes arquejos
Que me acordam num ritual fértil e dionístico
Nesse despertar prima-VIRIL
As partituras do corpo dela fazem-se de melodia nas manhãs
Cortinas ainda fechada e pálpebras
Minha bela adormecida de Tchaikovsky
Despertara sem meus beijos matinais
Nem arcanjos a te vigiar
Levanto-me com passos imprecisos de embriaguez
E sigo numa espécie de transe ate a janela,
Vejo o sol
Minha pianista tateando minhas costas
Agarra-me como se agarra uma harpa
Pronta a tocar, sirvo de instrumento.
Ela me guia e viajo num tension-release
Como ao ballet moderno de Martha Graham
Intenso é a sensação,
Penso que estou flutuando
Numa ‘volta’ seguro seu corpo e giro-a sobre mim
Contratempos, e voltamos para o berço.
Tombes e cabriolés, entrelaçamo-nos.
Seguindo mise-en-scenes calorosos
Bailamos suados em pas-de-deux
Eu e ela: O bailarino e a pianista
Ao fundo musical de Villa Lobos
Que figura bela, quase simétrica de formas geométricas.
Desenho com ela em meu colo
Eu sem collant, ela colando-se em mim.
Sapateias um fox trot, minha mênades!
Sapateias que te equilibro
Num sagrado-profano ritual dualístico da pele
Duelemos compenetradamente irracionais
E os acordes do piano não cessam
Enquanto não chegamos ao apogeu ufânico do prazer
"[...] Era a alegria de um pianista virtuoso ao reecontrar seu instrumento musical depois de anos no exílio. Era o prazer de um cirurgião experiente ao recuperar o uso das mãos depois de um acidente. Era como voltar à vida, quando não se tinha percebido que estava morto."
O Pastor Pianista
Soltaram os pianos na planície deserta
Onde as sombras dos pássaros vêm beber.
Eu sou o pastor pianista,
Vejo ao longe com alegria meus pianos
Recortarem os vultos monumentais
Contra a lua.
Acompanhado pelas rosas migradoras
Apascento os pianos que gritam
E transmitem o antigo clamor do homem
Que reclamando a contemplação
Sonha e provoca a harmonia,
Trabalha mesmo à força
E pelo vento nas folhagens,
Pelo planeta, pelo andar das mulheres,
Pelo amor e seus contrastes,
Comunica-se com os deuses.
O pianista e a vocalista
O pianista
Vocalista, toco o que quiser
Se cantar no meio da pista de dança, quer?
A vocalista
Pianista, toque esta música
Música pop para minha doença, é a cura
O pianista
Vocalista, de que doença sofre?
Saiba que há remédio para tudo, menos para a morte
A vocalista
Pianista, sofro da doença do amor
Quando estou assim, não consigo compor
O pianista
Vocalista, não force o que não é para ser
Deixe apenas fluir, deixe acontecer
A vocalista
Pianista, acha que devo cantar?
O pianista
Vocalista acha que devo tocar?
O vocalista
Tu primeiro
A vocalista
Perfeito!
Acha que consegue tocar?
O pianista
Eu toco se cantares
A vocalista
O meu amor veio de longe para me ver
Mesmo sem me conhecer
Ele queria saber
Porque eu gosto mais de dar do que receber
Eu gosto de dar música porque música é vida
Quando canto esqueço todas as feridas
Como a fénix, renasço das cinzas
O pianista
Estou a sentir algo que eu nunca senti
É uma força que se sente daqui
Dói no microfone mas não em mim
Tu não me magoas, fazes-me feliz
A vocalista
Pianista, saia, vá para bem longe daqui
Leve o teclado, lava esse coração derramado
O pianista
Vocalista, até ao fim, eu ficarei
O teclado ficará, o meu coração também
A vocalista
Pianista, toca esta última nota
Sem batotas
O pianista
Dó remi
Está sol aqui
A vocalista
pianista, vem ter comigo
O pianista
Vocalista, tenha piedade
Eu nem sou artista
Estou sempre sozinho
Eu só existo porque por trás de um pianista está uma grande vocalista
Há todo um processo por trás
Nos bons e nos maus momentos
Você está lá
Para me impedir de cair no esquecimento
A vocalista
Pianista, agradeço-te
Do fundo coração a grande educação que teve desde o nascimento
O pianista
Vocalista, não me agradeça
Se toco tão bem é porque você é dona de uma grande grandeza
A vocalista e a pianista
E assim terminamos em beleza
Não atire no pianista. Ele está fazendo o melhor que pode.
Ver Richard Clayderman (pianista) e Cláudia Jung (cantora), entoando juntos a canção ''Je t'Aime mon Amour'', velhinhos porém cheios de vitalidade ainda, me fez refletir... Pensamento voou longe, para trás, para o passado, e então eu me senti feliz, me senti orgulhosa, de uma alegria sem nome por ter feito parte desta força jovem dos anos 70/80/90!
Erguemos um mundo próspero, conectado pela tecnologia e pelo objetivo elevado de fraternidade interfronteiras!
Derrubamos o racismo, o machismo, o sectarismo, derrubamos muros de pedras e tirania, fomos às ruas e derrubamos a ditadura e governos corruptos!
Fizemos o que aí está está: duradouro, forte, avançando futuro a dentro para dar aos nossos filhos e netos uma vida mais digna e mais respeitosa do aquele que muitos de nós e nossos pais e avós conheceram na infância!
Meu pai não teve cadernos nem lápis, teve uma pequena e rústica lousa onde aprendeu a ler, a contar e a escrever. Eu, sua filha, tive cadernos, lápis e livros mas hoje digito meus textos em computador de última geração.
Eu fiz parte deste progresso espantoso! Procurei me inserir, aprender, usar e produzir através da tecnologia. Não é este uma motivo imenso de orgulho e felicidade?
Não foi perfeito o caminho, a perfeição ainda está a anos luz, mas fizemos o melhor possível! Doamos sangue e coração, alma e sentimento à nova vida que vislumbrávamos nascente! Destemidos, inspirados e cheios de paixão, não fomos uma geração qualquer, uma geração "xyz" ou "isso e aquilo", fomos A GERAÇÃO! Única, especial, de ouro! Verdadeiramente guerreira e imbatível, empunhando sobretudo as armas do "paz e amor"!
Defeitos? Todos os possíveis, mas todos também servindo de aguilhão à aquisição de qualidades maiores! Fugir da luta nunca foi nosso fraco!
Estamos indo embora, mas voltaremos um dia, voltaremos para reiniciar o trabalho que deixamos aqui, voltaremos para dar prosseguimento ao que as gerações que nos sucedem agora fizeram e estão fazendo de bom, e corrigir os caminhos que foram distorcidos ou interrompidos!
Voltaremos com a alma renovada de novos conhecimentos, hauridos longe daqui e traremos para a Terra, nosso cálido berço evolutivo, mais uma parcela do progresso que modificará novamente a paisagem do mundo. Seremos nós, os "velhinhos" de hoje, porém melhorados, rejuvenescidos pela reencarnação, insistindo mais uma vez no bem para corrigir equívocos, para desfazer malfeitos! Mais uma vez seremos no solo planetário a geração paz e amor entoando seus hinos de sã rebeldia, pedindo que nos deixem ser como quisermos fisicamente, cabeludos, rebeldes, roupas curtas mas podando, quem sabe as últimas arestas do passado rudimentar e propiciando, novamente, paras as gerações futuras, a oportunidade de fomentar com mais facilidade as melhorias que eles trouxeram para executar.
Voltaremos!
Abram os braços para nós, nos recebam, nos eduquem com amor, nos criem em paz! Retribuiremos amor com amor, paz com paz, mas se ainda não puder ser assim, se ainda for a dor que nos receber, retribuiremos a dor com "amor e paz", porque esta é a marca de nossa geração!
Até lá!
Lori Damm, "Reencarnação" (31/07/2021)
O pianista no Rio de janeiro
Em uma noite de verão, o casal decidiu fazer um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Eles caminharam pela orla de Copacabana, observando a imensidão do mar e se maravilhando com a vista deslumbrante da praia.
"Como essa cidade é linda!", comentou o pianista. "Não é à toa que atrai tantos turistas do mundo inteiro".
"Realmente", concordou sua esposa, admirando a beleza da paisagem.
Eles seguiram caminhando até chegar ao Pão de Açúcar, onde pegaram o bondinho para apreciar a vista ainda mais de perto. Do topo, podiam ver a cidade do Rio de Janeiro em toda sua grandiosidade: a Baía de Guanabara, a enseada de Botafogo e a vista deslumbrante da praia de Ipanema.
"Olha só como a cidade brilha durante a noite!", disse a esposa, fascinada com a beleza da cidade iluminada.
"Eu amo essa cidade. Ela é vibrante, pulsante e tem uma vida própria que nos envolve", complementou o pianista, que sorria feliz.
E assim, eles continuaram curtindo sua noite no Rio de Janeiro, apreciando a beleza da cidade e a conexão que compartilhavam. A cidade ganhava ainda mais beleza aos olhos do casal, que sabiam que havia encontrado um lugar especial para viver e amar.
E como hábil pianista
Tocar tecla por tecla do seu corpo
Deixando Fluir livremente
O som de uma antiga melodia
Que só nós dois conhecemos…
Recordei de um
filho de Caxias
que era #pianista,
se sentia culpado
por aquilo
que jamais fez;
Na tristeza ele
vivia afogado,
Testemunhei
este triste fato.
Lembrei de uma
jovem #clarinetista
que já deveria
ter sido libertada,
E não sabemos
mais de nada;
Nada mais se
sabe dos presos
#DESAPARECIDOS,
E do General
que está em
#GREVEDEFOME,
Pois a omissão
nos consome.
O silêncio ferino
de quem faltou
com justiça,
e está faltando
com socorro
é a declaração
de quem não
pode se queixar
quando for
referenciado
pelo mundo
afora como tirania,
Não queria dessa
maneira falar,
Mas de silêncio
em silêncio sinto-me
obrigada a transbordar.
Se és mais um que diz; sabeis que estou distante e bem feliz, enterrado n'onde o sol se esconde, e som se expande, aqui, piano e ando, sempre a sorrir.
Se és daqueles que jamais; sabeis então que sou capaz, não irei corroborar o que algo de bom não faz, e por favor, senta e ouve, entenda o que o piano te traz.
Se te surpreende, então que você se sente, e o que o piano tem presente, faça o sentir ser só da gente, fechado na sala, pelo som cadente.
Mas se depois você sonhar, saiba então que o meu sonho aqui está, de quimera a um servir, para o bem de alguém, que pode escutar.
Como irmão ou família, em conversa de esquina, onde pouco se diz e tudo se explica, basta apenas um olhar para eu poder transpassar:
Piano meu, fizemos uma verdade nova se aflorar, um sonho novo para transbordar o tempo e vencer no senso de se perder no ar.
o amor é um sonho que dorme na solidão, e que acorda apenas para descobrir que ele não existe, e apenas quem o sonha pode o ver
