Coleção pessoal de Diegomoraes

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Olhe bem fundo nos olhos de uma poetisa
e veja um parquinho lotado de crianças albinas.

O imposto da saudade
só pode ser pago
com poemas.

Insônia de poeta é a mãe do lirismo cobrando pensão alimentícia.

A carência faz a beleza.

Literatura é só uma tentativa de tapar o buraco - o abismo - cavado no peito das pessoas. O escritor é o pedreiro que faz a reforma da casa.

Ter que tirar alguém do porta-retrato é como fazer uma cirurgia de apendicite.

O cavalo é um poeta que escreveu um troço bonito e saiu galopando.

A solidão é o contracheque da poesia.

A literatura é o único instrumento que teletransporta pessoas que não querem voltar para o peito de alguém adoecido de saudade.

Não importa. Mais cedo ou mais tarde você sentirá uma angústia de tarde de domingo em plena manhã de sexta-feira. Mais cedo ou mais tarde você sentará num banco de praça e achará a vida triste como uma música do Roberto Carlos tocando no rádio de pilha de uma dona de casa traída. São angústias. Angústias que poetas passam horas tentando decodificar. Angustias que romancistas passam décadas procurando respostas escrevendo livros com mais de 500 páginas.

Ciúme é uma espécie de viatura da Rota rondando o chifre.

Enquanto freiras dormem
poetas sonham com sereias deitadas no asfalto.

O amor é um parquinho interditado pela prefeitura de Picuí.

O amor é a fronteira entre dor e poesia.

Não é insônia, é nome no Serasa.

Todo mendigo é um Dostoiévski disfarçado.

O lirismo é o único Deus em quem acredito.

Um homem com um coração cheio de silêncio é um homem com um coração cheio de poesia.

Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua Justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas.

Escrever para si mesmo ainda é poesia. Quem escreve para si mesmo tem os braços grandes e pode se abraçar com força.