Pés Descalços
Menino do interior
Deixe-me de pés descalços sentindo a argila entre os dedos.
Quero apenas jogar futebol com os amigos sem pensar em ganhar milhões.
Não me importo com as mãos sujas na terra preta, o importante é que sou um bom motorista de carro feito de lata.
Deixe-me sentir o vento batendo no rosto e encher meu peito de ar puro, que vem temperado com o cheiro de flores e mato molhado.
Os meus ouvidos querem apenas ouvir as árvores balançando e dançando ao vento.
Quero ouvir o lindo canto dos pássaros.
Deixe-me correr, correr até cansar, até se me molhar de suor.
Depois me refrescar ao mergulhar nas águas límpidas de um rio aqui perto.
Deixe-me sentir o sol.
Sei que está chovendo, então vou dançar na chuva, pular, correr, deitar e rolar, para chegar em casa todo molhado, receber uma reclamação e até uma surra, mas depois vou tomar um chá que mamãe preparou para eu não resfriar.
Agora, deixe-me dormir, porque amanhã ao acordar não tenho nada com o que me preocupar a não ser brincar.
Deixe-me sonhar, sei que não é possível fazer o tempo voltar, mas posso dizer: Tudo isso eu já fiz, porque fui criança no interior.
Silêncio Voraz
Andando com pés descalços no gelo, senti meu peito sendo aberto e arrastado pela brisa gélida do inverno. A cada passo, perdi minha força, extingui parte do meu coração, senti arrancar cada partícula da minha alma com a força escaldante do teu silêncio. Meu corpo foi amortecendo cada parte, implorando pelo ultimo suspiro. Não, mas não, ali permaneceu viva a flagelação do meu ser, por tempo indeterminado. Ai de quem tem coração destituído de razão.
Sem nada
Eu caminho com os pés descalços na areia da praia
Pensando sobre a vida e as coisas que não valem nada
Cheguei a conclusão que estou sozinho no mundo
Estão tudo e todos tão longe de mim
Não tenho amor próprio, só tenho ódio e muito mau gosto.
Eu quero viver, eu quero morrer, mas no final quero mesmo é sobreviver...
"Eu ando com os pés descalços no caminho espinhoso, mas parece-me bom que o caminho tenha espinhos, só então saberei pisar no lugar certo.
Wagne Calixto ✍️📖
Pés Descalços
Com os pés descalços caminho pela vida,
no decorrer deste caminho, tropeço.
Mas me levanto na confiança de que não cairei mais.
Com garra faço com que a vida seja mais leve.
Respiro fundo e volto a caminhar,
e assim começo a sonhar, sonhar meus sonhos,
deixo rolar minhas lágrimas,
brotar sentimentos que me façam feliz!
Olho no horizonte e vejo quantas experiências ainda tenho para viver, sinto um grande alivio e assim,
com os pés descalços, continuo a caminhar pela vida!
Um abraço apertado
Um baião bem riscado
Pés descalços na terra
Felicidade eterna
Coração ta lacrado
Delimitado em VC
Extreitando o espaço
Querendo dançar com VC
Insta: @li.fer.nanda
As coisas simples nos colocam
de pés descalços no chão...
Sentindo a ardência do dia,
o cheiro da magia, a explosão
de toda a natureza em nosso coração.
.................shell
Brota de mim o tempo, o mesmo que passa como o vento,
e permite voar com os pés descalços sobre o tapete colorido das belas asas dos sentimentos.
(...)hoje só quero colher perfume!
Pés descalços...
E sonhos suaves.
Hoje quero asas...
Preciso visitar o infinito de mim!
Miséria social,
não são os
pés descalços
que carregam...
Valores corruptos
e corruptíveis...
Degradação moral.
Cada geração
comporta
a própria
elegância
que a essência
da vida
não previa...
E cada pessoa
traz em si
a semente
que germina
e culmina
nos frutos
do mal...
Duas estradas paralelas talvez nunca se encontrem, mas bastam dois pés descalços para criar uma trilha entre elas.
Colocar os pés descalços no chão bruto sem interferência é um novo momento, é redescobrir-se em meio à falta de autoconhecimento que permeia nossos relacionamentos. É renovar as energias com a natureza, é sentir o criador através da criação, é libertar-se da prisão de barreiras que há entre o realmente importante e o simples desconcertante que toca a alma.
Apenas a natureza... Nossos pés descalços no gramado... Nossos cabelos ao vento... A noite sobre nós... Nossas mãos dadas... Seus olhos grudados nos meus... Nossos pensamentos interligados...
Quando penso que já era, sinto teus olhos...tiro à roupa, pés descalços ...Escancaro alma, coração...E de novo tudo outra vez !
02/03/2020
O vento bate nas águas do mar
De longe vejo as ondas se formar
Meus pés descalços calmo caminhar
Sinto a brisa meu nome chamar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
O sol quente já vem inspirar
Um renovo na areia do mar
Vejo o horizonte e vejo o luar
Ansioso a tomar seu lugar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
Um menino descalço a jogar
Um barquinho de longe a pescar
O silêncio me leva a pensar
No grande e lindo tamanho do mar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Uma vontade de correr.
Sentada á beira do caminho,
Pés descalços,
Orgulho do lugar,
Feliz de se estar,
De se pisar,
Um encontro do simples com o acaso.
Uma historia a vencer,
Uma estrada a seguir,
Uma preguiça de tudo,
De si mesma,
Uma vontade de correr,
Sair do lugar,
De pensar algo diferente,
Algo mais,
Se entender,
Se pensar, e levantar deste caminho,
Sair e se achar,
Acompanhar seus pensamentos e
Se encontrar.
