Pés Descalços
"Um pedido"
As ondas molham os meus pés descalços
Elas vem e vão...
No pensamento um pedido
Que elas levem para longe,
as lágrimas que eu chorei em vão.
E tragam de volta o meu sorriso!
Banho de Chuva
Abafa! Sou da época de filhos não protegidos, sou da época de pés descalços, comer com a mão, ir solta no banco de trás do carro, Banhos de chuva. Uma das coisas que mais sinto falta é de banho de chuva, escorregar na cerâmica do pátio da casa dos meus avós, brincar, cantar e correr na chuva. Isso não fazia mal, não tínhamos pneumonias por causa disso, tampouco gripes, resfriados ou viroses, não sei porque éramos mais saudáveis que a geração atual, quando mais pinotávamos, mas fortes e robustos nos tornávamos. Talvez porque a industria farmacêutica lá de casa era chá, limão e alho e um caldo de caridade que levantava até defunto. Nada de tilenol, dipironas, doril e essas coisitas mais, nada de xaropes e descongestionantes nasais, a cura era chá, chá insuportável, chá que éramos obrigados a beber sob vigilância paterna ou sob ameaça de surra ou palmada ou castigo. Chá tomado por bem ou por mal. A vida era menos cheia de nãos, não pode, cuidado, isso não, eram palavras pouco usadas, o que não podia era aceitar bombons de estranhos, o que não podia era conversar com estranhos, o que não podia era se afastar dos pais ou beber alguma coisa oferecida por alguém. Isso não! Nunca! Era perigoso. Hoje os perigos são outros, os perigos são alguns amigos virtuais, os perigos é o descontrole internetário.
Trago comigo o que me faz erguida. Uma fonte de significações, pés descalços, flutuantes. Cabelos soltos e olhos fechados. A minha palavra escorre de dentro e transborda sentido. Tem poros, respira. E nesse escopo entre o que vejo e o que represento, sigo dançante por entre as letras da minha docilidade de enxergar o irreal. Sou brisa em meio às duras linhas do ser. Sujeito simples. Eu respiro poesia. Eu despejo os símbolos daquilo que (ainda) preciso entender. E na gramática da minha sede, o balançar dos signos ditam a servidão do meu dom. Sou letra e fonte livre frente à loucura da expressão. E na tolice de tentar interpretar a vida, faço palavra viva.
Sol escaldante, terra rachada, pés descalços homens e mulheres de fibra, que aprende na sua vida, que valor é ser forte, é ter coragem para lutar contra as ações do tempo que insiste em provar que mesmo com todo sofrimento somos felizes, assim é o Sertão.
Gota d'Água,
pés descalços..mãe:
-Menino, vem pra dentro!
-Mãe, só quando o arco-íris sair.
_Filho, o arco-íris não tem nada, so cores.
-Mãe...Ele tem um pote de ouro no final.
_Menino....deixa de bobagem.Quem que achou este pote?
-Quem sonhou mãe....Quem sonhou!
Com os pés descalços, caminhei naquela chuva cerca de uns dez minutos, mas era como se eu tivesse caminhando por horas.
Em meus pensamentos, cheiros, momentos, sorrisos se misturavam, mas, em meio a tudo que pensei, algo se destacou: Voce, Eu - Nós -.
E de repente, me peguei chorando.
Não, mas não era um choro de tristeza, eu também costumo chorar de alegria por mais estranho que isto soe pra voce.
É que me veio assim, um sentimento de gratidão.
Por tudo. Por voce. Por nós dois.
Naquele momento, ainda sorrindo enquanto as lágrimas escorriam se misturando a chuva, me senti uma boba.
Chorar por gratidão...
Foi aí que percebi, que não preciso estar entre conflitos internos para ser emotiva.
Porque eu já nasci com a sensibilidade aflorada e o amor correndo nas veias.
Lá vai o menino franzino, de pés descalços, tez suarenta, aos pingos... Correndo na estrada de saibro. Levantando ligeira poeira tropeça aqui e acolá, sorrindo com sua pipa ponteira a elevar-se no céu viril de uma tarde de verão... Sou aquele por quem um dia o vento passou de fininho e assobiou ao pé do ouvido: __ Acorda menino!
Com meus pés descalços.
Eu sigo em vão.
As varias pegadas.
Cravadas no chão.
Com olhos vendados.
Correntes nas mãos.
E a mente no espaço.
Contemplando a solidão.
O céu que ilumina.
Reflete a dor.
De estar em um deserto.
Sem nenhuma flor.
Com asas quebradas.
E em meio a um furacão.
Rodando pros lados.
E sem direção.
Eu insisto em voar.
Ao teu lado e encontrar.
O caminho que irá me salvar.
Alguem ai me ajude a nadar.
Por esse rio que afoggou minha alma.
Alguem ai salve mais uma vida.
Que se afunda em suas próprias lágrimas.
Alguem ai me ajude a aceitar.
Esse martirio que meus olhos podem ver.
Alguem ai me dê forças pra buscar.
Curar um pobre coração P.N.E.
As ondas levam os sonhos.
Vivendo um naufrágio.
Buscando uma ilha.
E ser livre dos pecados.
O vento rasga o rosto.
No alto de um penhasco.
O corpo quer impedir.
E a vida dá um passo.
E eu insisto em cair.
Sem saber se no fim.
Você vai virar as costas.
Pra mim?.
Alguem ai me ajude a nadar.
Por esse rio que afundou minha alma.
Alguem ai salve mais uma vida.
Que se afunda em suas próprias lágrimas.
Alguem ai me ajude a aceitar.
Esse martirio que meus olhos podem ver.
Alguem ai me dê forças pra buscar.
Curar meu fragil coração P.N.E.
"Coração P.N.E." (Portador de necessidades especiais)"
Não deixe morrer a alegria, que ao longo dos anos
com os pés descalços e suor escorrendo pelo rosto, fez-se existir...
Os méritos das suas conquistas são eternos...
Me quebro
Me corto
E sangro
Com meus próprios
Pedaços
Ando aos pés descalços
Me corto
E sangro
Com os pedaços
Que deixei no chão
Às vezes vejo pedaços
Me jogo à seus pés
Me quebro
Me corto
E sangramos
Somos iguais
Não tenho toda a força
Vivo em tentativas
Sob minha pressão
Estou em minhas próprias mãos
Cortadas, quebradas ou não.
Cidade cinza, pés descalços, latas de lixo.
Suicídio pareceu a única opção.
Não desista, sempre existe um novo dia.
As coisas simples nos colocam
de pés descalços no chão...
Sentindo a ardência do dia,
o cheiro da magia, a explosão
de toda a natureza em nosso coração.
.................shell
(...)hoje só quero colher perfume!
Pés descalços...
E sonhos suaves.
Hoje quero asas...
Preciso visitar o infinito de mim!
Pulo alto, pulo baixo, não importa como pular, de pés descalços ou calçados, pulo até sem respirar.
Volto depressa da escola, para meus amigos encontrar, pra pular amarelinha, com todos quero brincar.
Pulando vamos contando até o céu chegar.
Ando pés descalços num satélite esquisito; júpiter tem tantas luas e nenhum poeta. Europa sem olhares verde-azuis e pelos ruivos; Europa é uma lua confusa em meio a gases, e quem quer saber disso? Os americanos querem... querem saber da origem da origem. Deliro; uma alma poética viaja onde sondas deitam curiosidades yankees, meus pensamentos voam sobre vapores com a velocidade da solidão; a solidão é tão rápida que nossos olhares programaram nossos beijos há tanto tempo, mas acho que me acostumei com este vagar e desaprendi a ser feliz. A minha lua se ergue de uma montanha é prateada e definha em fases; nova é sua fase mais fina, uma grande ilusão, a lua é uma só... além da mangueira o vento lamuria a fantasmas que se perderam no rio ou conheceram suas curvas e nunca mais voltaram o que não os tornam menos fantasmas; muito além Juno espia Júpiter, descobre a possibilidade de vida em Ganímedes, são as novidades e o novo sempre me atormentou; séculos me acompanham de aventuras batalhas e paixões das minhas outras histórias de amor, muitas se acabaram em precipícios, é uma intuição que me acompanha e silencia quando a solidão vem acolhedora e preventiva; eu tenho tudo o que já tive um dia e o que eu não tive é o que me apavora em teu olhar: são tantas promessas, não sei se serei feliz, feliz assim...
Sobre mim...
Não pinto os cabelos;
Prefiro pés descalços a usar saltos;
Confio em pessoas que usam moletom em casa;
Prefiro arvores a shoppings;
Meu som preferido é o silêncio;
Assistir as nuvens se mexendo é mais legal que a TV;
Nunca tentei contar as estrelas, acho que precisaria de ajuda;
Gosto de acordar de madrugada e ver o dia nascer;
Razões falam mais que sentimentos, mas nem sempre fui assim...
Amo pessoas mais do que animais, afinal os animais não recusariam sua própria espécie;
Gostaria de fazer mais do que falar;
Queria saber filtrar tudo que falo, tenho dificuldade com isso às vezes;
Erro sem querer errar, mas teimo em acertar;
Não tenho vergonha de assumir meus erros e pedir desculpas;
Quero ser melhor a cada dia para agradar quem é perfeito, meu Deus, a quem amo acima de todas as coisas e isso me basta.
Cravo meus pés descalços...
Na fina areia branca...
Onde as águas o lavam...
No meu lento caminhar...
Num frio amanhecer...
Aonde o sol vem acordando...
E de mansinho vem clareando...
Um lindo dia de versos...
Um dia de suspiros...
De risos...
De amor...
Sento-me...
A admirar...
E a devanear melhores...
Pensamentos e fantasias...
Agradecendo as maravilhas...
Que me cercam...
Sentindo-me tão natural...
Quanto à natureza...
Como se ela fosse parte de mim...
E tomasse conta envolvendo-me...
Num abraço de carinho recíproco...
Ando de pés descalços, piso em pedregulhos..
E nos espinhos, pelo mato, em pequenas trilhas,
Arranho-me nos galhos, tropeço nos tocos.
Olha não gosto de almas que demonstram fraqueza.
Subo no topo das árvores, canto com os pássaros..
Fecho os olhos, abro as asas...
E sonho voar.
Gosto de gente guerreira, entusiasmada
E destemida
Prefiro as paixões os excessos.
Amo corações acelerados.
Sorrisos escancarados, e
Até altas horas de gargalhadas...
Sou uma mulher de abraços
De carne e beijos..!
..
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp