Periferia

Cerca de 254 frases e pensamentos: Periferia

Em busca de Um pensamento vasculhava minha mente,
Passei por muitos cantos e alguns me fez contente,
O sorriso se abriu da tristeza que embargava a garganta que prendia as vezes nem respirava.
Dia dia vai passando e pensando continuo, quando chaga minha hora de sair desse absurdo,
Desde cedo comecei indo atrás do que queria, oportunidade eu pegava quando a porta se abria sempre visei a honestidade vindo da periferia.
Meu caminho fui traçando e as lutas fui vencendo,
Nada fácil me chegava mas com isso fui crescendo,
Vi amigos se perdendo nas vielas deste mundo
Eu segui o meu caminho e Hoje eu digo com orgulho,
Sigo a vida vou em frente vou vencendo essa batalha
Desafios eu aceito mas não pode deixar marcas,
Descobri a alegria de uma vida sem abismo
Deus a frente me guiando hoje eu vivo no aprisco.

Inserida por JhonyOliver

Copacabana, quem te viu quem te vê


Gosto é das pessoas simples,
por mais complexas que elas sejam.
Encanta-me nelas a inediticidade em seu agir,
o brilho sincero no olhar e a deferência para com o outro.

Gosto de gente de outra época,
gente que viveu de verdade, calejada pela vida,
marcada pelo trabalho duro nas roças do campo.
Gente que desbravou os bairros urbanos ainda in-natura.

Eu me identifico é com o meu povo, esse povo guerreiro
que fez do limão azedo uma limonada saborosa
desbravando as matas, abriu estradas, ergueu pontes
e alicerçou casas. Hoje tem água, luz, asfalto...

E quem se lembra dessa gente? Desses homens e mulheres resolutos.
Que do barro e da argila da paupérrima vila, ergueram um império,
comunidade que cresceu na unidade coletiva da colaboração.
E hoje, impermeável e hesitante, se perde na individualidade e na autointrospecção.

Meu Deus!
Nossa Senhora...
Acabaram com tudo.
Nem a fé de antes restou.

Inserida por JotaW

<<A Lenda do Chapelão>>

Pelas duras estradas de terra do bairro Copacabana do passado, tocando sua boiada em meio à solidão de tais caminhos seguia firme o arauto, desbravando a mata virgem para dar de comer ao seu gado, pisando o barro da estrada encharcada para por o que de comer sobre a mesa de sua própria casa, enquanto caminhava descobrindo e ou construindo novos caminhos por onde seguir... “Ôh Marruh”! “Bora Sergipe”! “Boi bandido”.

Seguia pelos caminhos, sozinho, com a força típica dos homens valentes do campo, que tocam as boiadas no comando firme de suas vozes imperativas, e que apesar da doçura e mansidão de gente que de tão sofrida tem a paz estampada no olhar, seguia em frente fazendo a sua própria história fazendo a infância da gente ser grande, gostosa de ser vivida de ser lembrada. Fazendo a infância das gentes, todas, terem aquele gostinho de terra pequena, fazendo-nos todos, nostalgicamente, lembrarmo-nos da roça ou vivenciar uma experiência aproximada com o que há de ser de fato a vida no campo, mesmo para aqueles que nasceram e cresceram nas cidades já imensas e cheias de todo tipo de confusão e que jamais pisou o pé no mato de uma roça qualquer. Lembrança de quando tudo o que se tinha por aqui era ainda o que estava por ser conquistado e do mato rude que perfazia todos os caminhos fazendo capoeira para as brincadeiras das crianças à época.

Quando passava a boiada assombrada pela ligeireza do chicote do vaqueiro hábil torneando o seguir dos bois, ditando o ritmo do caminhar (tanto do gado quanto das pessoas a observar o movimento) agitava-se toda a molecada pelos caminhos de terra vermelha, de barro preto dos brejos encharcados pelas inúmeras minas d’água existentes (hoje extintas), e ou pela argila cintilante das encostas de barrancos que serviam de arquibancada pra fugir das possíveis chifradas dos bois desembestados às vezes. Ao ver aquele mundaréu de boi seguindo no rumo comandado pelo vaqueiro de chapelão de palha ou de feltro marrom na cabeça e estaca de madeira e chicote de couro às mãos e berrante uivando repertório vasto e requintado o mundo pequeno que era o de quem observava, agigantava-se, tornando-os expectadores do evento: - “Bois passando, cuidado”! E por fim, quando já lá longe ia o último boi gritava de cá a criançada animada: Vai com Deus Chapelão! Vai com Deus. E todo mundo tinha um boi preferido dentre os bois do rebanho, só que de tanto medo de ser chifrado, ninguém ousava chegar perto.

Particularmente, lembro-me com muito carinho das “benzeções” e das “rezas” carregadas de fé, que curavam mesmo, qualquer tipo de problema. Certa vez, minha mãe achando-me aguado, levou-me e deixou-me aos cuidados dele. Depois de colher alguns ramos de uma planta qualquer no mato e embeber-lhe em água benzida (benta) saraivaram sobre mim umas duas ou três ramadas, na hora ri, mas doeu de verdade. Depois lavou meu corpo todo na bica que escorria ao pé da mina d’água que corria perto de sua casa, nos arredores da Rua Argentina, com um incômodo banho de leite de cabra, ordenhado naquele exato momento, para tal finalidade. Enquanto minha mãe me espreitava com uma galha lavrada de goiabeira na mão, por medo de eu reagir negativamente me recusando ao tratamento ou por medo de eu tentar fugir por vergonha da azaração dos meus amigos e desconhecidos da mesma idade que aguardavam por ali. No auge da minha ingenuidade infantil achei fantástico tão espetáculo de alegoria irreparável. Apenas fiquei com medo das rezas estranhas e com vergonha das risadas das outras crianças na fila para serem benzidas (bentas) também. Não há de minha época uma criança sequer, fosse da religião que fosse que não tenha vivenciado experiência parecida. Lembro-me até hoje, com nostalgia, de tal procedimento e sinto-me honrado todos os dias por isso. Hoje, me sinto um pouco órfão dessa época e desse tipo de ser humano que aos poucos vai deixando de existir no bairro Copacabana.


>>> OBS: Homenagem ao grande Srº Chapelão, morador do bairro Copacabana, BH, MG. Com toda a minha deferência.

Inserida por JotaW

Outro dia, chamei alguns meninos e meninas do bairro, para uma tarde de recorte e colagem em fanzines. Queria saber o que é ser criança no contexto onde moramos. Como é soltar pipa na rua ou brincar na beira do córrego já que as quadras e pracinhas da vila ficam a mercê da juventude que bebem e fumam seus baseados. Em vielas, becos e escadões também não é possível brincar, pois correm o risco de atrapalhar o comércio local das drogas ilícitas. E as motocas barulhentas que sobem e descem o morro? Ora com perseguições e aborgadens mal sucedidas da Polícia que rodam a favela de noite e de dia. Este é o olhar dos meninos, porque as meninas não podem sair de casa. Suas mamães não deixam e dizem que menina têm que aprender os afazeres de casa para se tornar uma mocinha. O dia-a-dia da criança na periferia é assim: De manhã, trancada em casa sendo cuidada pela avó e a televisão, e a tarde, na escola pública cercada de grade. Mas tem aqueles que não estudam, pois não vêem graça no ensino educacional. Estes, preferem a rua. E aprendem o quê ela têm a oferecer.

Inserida por RogerBeatJesus

<O menino quase invisível>

De tão leve naquela noite, parecia voar por entre os carros...
Bailava pelo asfalto feliz, como se estivesse no teatro municipal.
Seu corpo parecia flutuar pelas calçadas manchadas de dores e silêncios enormes.

Marchando solene pela madrugada seguia calado, silenciado, parecendo cansado de estar sempre em modo repetição... Exausto! Era como se sentia quando se deitou na porta da padaria naquela noite.

Assim como fez praticamente todos os dias de sua vida até ali, (treze insólitos dias),
com as mãos trêmulas e sujas do pó do asfalto,
arrastou-se lentamente, e rastejando puxou para o seu lado uma latinha de metal encardida (dessas de refrigerante)
que qualquer criança compra na vendinha da porta da escola.

Acendeu com dificuldade o isqueiro,
que por diversas vezes naquela noite o aqueceu.
Rodou a carretilha do isqueiro como quem brinca de roleta russa.
Riscou a pedra do isqueiro como quem puxa o gatilho de uma arma na direção da própria cabeça.
Aquele projétil foi o último. Aquela pedra foi a última.

Quando voltou do transe o trânsito já estava complicado...
Buzinas, carros por todos os lados, pessoas caminhando apressadas e o olhando atravessado como se ele fosse um bicho e prestes a atacá-las.
Ainda meio sem saber aonde estava, espreguiçou-se lentamente, por duas vezes seguidas. Logo após isso, deitou-se novamente sob a marquise. E apesar de ser ainda uma segunda-feira nem se importou! Não teria mesmo de ir para a escola.

E antes que pudesse voltar a sonhar novamente, foi enxotado às turras e a vassouradas pelo dono da padaria, que além de uma caneca de água fria, atirou-lhe também dois ou três pães dormidos.

A sua sorte era tudo o que lhe restava. Tomara que só lhe atirassem pão e água; paz, cama e teto ele já tinha desde a inauguração daquela padaria, há uns três ou quatro anos atrás.
E só pra constar... as vassouradas diárias do dono da padaria era a sua

Inserida por JotaW

<Evolui dai e voa! Voa daí e evolui! Voa, evolui daí>

A vida moldou-me na pancada,
tornei-me plástico, maleável, flexível!
- Não manipulável. Adaptei-me e evolui,
na medida em que a vida me sovava feito pão.
Depois de um tempo nesse estado, parecia falar outra língua.

Algumas coisas pareciam tão distantes
para os que não podiam ver o mundo de onde o via,
tudo parecia distante daquele mundo ínfimo que fui um dia
tudo era tão iminente, que parecia uma catarse
uma inevitável catarse, mais dia ou menos dia.

Nadava na lama e era tão feliz, que podia enxergar além dali
além daquele pequeno mundo, fechado e sem mobilidade
àquela altura, já era alguém além dali, livre de ser igual a todos
nem melhor nem pior, mas podia ver antes de todos
muito além da superficialidade que corrompia o intelecto de todos ali.

Em meio a toda aquela lama,
a voz na consciência que gritava todos os dias:
- Evolui dai e voa!
Voa daí e evolui.
Voa, evolui daí.

Aprendi a ser tolerante, sendo tolerante
e a respeitar, respeitando
não haviam outras opções na ocasião,
desde muito cedo,
ou era assim ou era assim.

E se hoje sou capaz de enxergar
a alma das pessoas
e ver nelas o que nelas há de melhor,
mesmo que isso não pareça tão evidente num primeiro olhar
é porque a vida evoluiu-me a ponto de tal.

Depois de estar tanto tempo fechado em si mesmo,
não é tão difícil sair, na verdade é um grande prazer sair
e encontrar o mundo escancarado,
ofertando tantas possibilidades de ser o que se quiser ser.
E apesar de ser bom estar dentro, é ainda muito melhor do lado de fora.

Evolui dai e voa! Voa daí e evolui! Voa, evolui daí.

Inserida por JotaW

A violência desempenhada pelo estado, através de suas estruturas de guerra contra seus cidadãos pobres, alimenta uma cadeia de ódio e revanche social.

Inserida por andrelsguimaraes

"Ó São Paulo garoento,
Meu Grande ABC, Serra do Mar.
No planalto, selva de cimento
O trânsito é de amargar.
Na periferia um tormento
De carro poder rodar.
Vivemos todo momento
Aos trancos, a lamentar.
Mas Deus, no firmamento
Ensina-nos a te amar.
(J.M.Jardim - Set/2013)

Inserida por Superjujar

⁠Sei que o capital comanda
e que quer dizer que preciso da comanda
pra provar o que tenho feito
desisti de receber dinheiro
tô ligada que o que faço
não vale qualquer trocado
vou trocar por tempo!
Expandi as possibilidades
vou usar sagacidade
o que eu tenho dentro
vou buscar quem tá por perto
o que eu sempre por certo
é partilhar conhecimento!
Quero ser que nem criança
to cansada da cobrança
não vou mais ter medo de crescer
a autoconfiança vai além de superar inseguranças
tem que confiar no próprio poder.

-
part. da faixa "Bolso Cheios de Sonhos" com Mestre Chapeleiro e Poeta Gabriela do álbum Chapelaria - Sorrisos,braços e histórias.

Inserida por renatacorrea

⁠Sempre foi difícil pra mim entender
pra que tanto sacrifício se é ser feliz
que a gente precisa querer

Inserida por renatacorrea

"⁠Em quanto me afogo no meu mundo covarde, o menino da esquina grita:
_Corre!
Dentro desta caixa estampada com flores,
Não vejo maior que minhas dores,
Nada, além do supérfluo que se faz real.
Enquanto brinco com o dicionário de palavras difíceis,
O menino na escrita chora,
Por não saber ler.
Mundos fechados, como os meus existem aos montes,
Tão rijos que deixam de ser engolidos pela massa
Mas jogam diariamente seus escretos pelas valas,
Onde o menino ainda grita:
- Ele não fez nada, só queria um pedaço de pão."

Inserida por daniele_helena

⁠O abominável homem das trevas

Sombrio e obscuro,
ele navegava pelo asfalto da avenida
como quem veleja pelo concreto frio, cinza e duro da cidade.
Caminhava altivo e inexorável
os caminhos possíveis de seu pensar,
em ruinas, via o seu mundo inexplorável ruir a cada esquina.

Sentia suas dores mais intangíveis explodirem na escuridão à sua frente
e como um mensageiro da escuridão ele explorava o mundo de forma inabalável.
Em meio às trevas de sua existência embebidas de silêncios enormes
que lhe afagavam a face
penetrava o seu abismo mais profundo.

Feito mãos que penetram insensíveis as teclas de um piano e afagam sombrias as cordas de uma guitarra,
seus pensamentos mais sordidos ressoavam temerosos e solitários pelos acordes mais crueis e malignos daquela noite.

Ao caminhar por seus medos mais horrendos, se aprazia da amizade sincera que lhe ofertava a solidão, oprimido pelas sombras da noite retorcendo-se pelo caminho e beliscando o seu calcanhar, via, sentia,
a brisa da noite lhe afagar serena a face segundos antes do breu intenso da madrugada explodir em sua retina,
já turva e meio estorvada.

Enquanto percorria sozinho e intrépido os caminhos sombrios de sua escuridão revia os rumos prescritos em seu destino.
Ao passar pela avenida vazia,
via as luzes dos postes de iluminação se apagarem feito presságios.

O abominável homem das trevas caminhava sonoro, todos os dias,
pelas vias mais improváveis de sua quase morte
e bem em meio a percepção de sua inexistência
era acometido de uma euforia absorta e imponderável,
acometido de um prazer inexplicável.
A adrenalina lhe aprazia.
As trevas lhe aprazia.
A solidão lhe aprazia.
Nem mesmo a morte lhe metia medo.

Na escuridão, os seus olhos brilhavam feito estrelas raivosas
deslizando pelo céu infindo,
refletindo o brilho sagaz de sua impenetrável coragem.
Seu hábitat era a escuridão.
O ecossistema ao qual pertencia subsistia no caos à beira do quase fim.

Inserida por JWPapa

A favela é a fábrica de talentos.

Inserida por GuiSoccerArt

Um logotipo criado com apenas traços simples e danificados, mostra a simplicidade e alto valor cultural da Periferia.

Inserida por obulgen

Muitas vezes nós somos a evidência do invisível.

Inserida por agenciapapagoiaba

Transtorno de domingo


Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.

De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!

Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.

Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.

Inserida por JotaW

A revelia


Sou o poeta que escreve seus versos nos muros
artista dos becos e das vilas que declama suas dores e amarguras
sou o filho do meio, de outros tantos, criados a revelia e sem recursos por uma dona Ana ou uma dona Maria...
Na rua sou ligeiro, nem bala perdida me acha
sou rima faceira que combina em seu corpo tempo e espaço, ódio e amor, paz e guerra
sou a linha de frente da guerra, a lâmina da faca, o cano do fuzil
sou o verbo inteiro, vez ou outra partido ao meio, transformado em refrão
sou o mundo inteiro e o meu bairro
e o desespero da mãe quando falta o pão
sou a minha esperança
a ponta aguda da lança - nunca se esqueçam!
Sou o pai de família que acorda todos os dias bem cedo
e segue firme sem pedir arrego, sem desejar vida fácil.
Sou o pretinho longe do tráfico, salvo pelo passinho e pelo futebol
sou a segunda parte do hino nacional que ninguém canta:
a liberdade
os campos verdes
o lábaro que ostentas estrelado.
Sou apenas mais um filho da pátria Brasil com nome de santo
feito outros tantos Silvas nos becos, nos morros, nas periferias
apenas mais um brancopretovermelhoamarelhoíndio e favelado
renegado pelo sistema, vestindo preto por fora e por dentro.

Inserida por JotaW

Leia, sonhe, viva, culturalize-se!

Inserida por Maisaurf

Máquina de moer jovens e afins#11;#11;


Tá! Eu me deixei levar. Mas o assédio era grande demais!#11;
Aqui na periferia é tudo meio assim, páh!
#11;Tá ligado? Difícil de segurar.#11;
E sem perceber, Tum! Seu mundo cai.
#11;Feito o mundo de tantos outros por aqui.#11;

Aqui na quebrada é foda, ninguém goza dos direitos plenos#11;
aqueles garantidos pela Constituição.#11;
Os políticos quando aparecem, agem como se fizessem favor pra geral#11;
parecem fingir que não existem problemas,
se pudessem, invisibilizariam-se. Mas não podem!#11;
De vez em quando têm de mostrar a cara.#11;

Aqui não tem praça, não tem quadra de futebol, não tem lazer pro jovem#11;
não tem quase nada. Tem muita coisa; ciladas e tal. #11;
E agora, é esse cada um por si de todos os dias#11;
essa agonia de caminhar pelo bairro observando 360 graus#11;
sendo observado, como se presa fosse. Aviso: - Fácil a caçada não será.

Posso garantir que haverá resistência, luta e sangue também terá.#11;
Talvez, amanhã, até corpos encontrem pelas sarjetas. Garanto: #11;
- Não terão pouco mais de uns verões e algumas primaveras.
#11;Dados estatísticos de uma realidade cruel, números#11;
que, infelizmente, incrementarão a próxima campanha de um político qualquer.

Inserida por JotaW

"Gostaria muito de ver as pessoas prestando atenção na ciência do Hip Hop. A parte dos conhecimentos, o aspecto político do que se pode fazer o Hip Hop. Eu sempre digo que será universal como nos convertemos em uma união galáctica."

Inserida por usuario516205