Pedras
... A saudade ...
Saudade bate feito ondas nas pedras do litoral
Dói, como feridas abertas banhando no sal
Saudade feri como agulhas por debaixo das unhas
Faz sangrar aos poucos
Faz o pensamento vizualizar dentre todos somente um rosto
Faz se sentir sozinho mesmo rodiado de outros
Saudade é a distância entre você e uma parta sua
Mesmo que não te falte nada
Saudade martela até que sua morada se destrua
Saudade deixa sua vida na melhor fase estagnada
Saudade dói, dói de verdade
Saudade quando é morta é raridade.
VOU POR AÍ...
Enfrentando a maré
Pisando em pedras
Sem nunca cair
Ah! Se tivesse café!
Vou por aí..
Buscando inspiração
Máscara em companhia.
Falando sozinho
Sai pra lá melancolia.
Vou por aí..
Vejo árvores ao longe
Um rio , uau! Que lindo!
Aqui o belo se esconde
Eu feliz, todo sorrindo..
Aqui me encontro , me inspiro
Que tal voltar a escrever ?
Deixar de lado o infortúnio
A arte maior é viver.
Ando em caminhos construídos por pedras, luz e arco-íris.
Sou muito das estradas que passei.
Sou rainha filha do Rei.
Nildinha Freitas
As pedras que são jogadas a um mensageiro da luz são simplesmente trabalhos e adubos para o seu nascimento interno.
Pedras me arruínam,
pontes me elevam.
Destinos me inflamam,
caminhos me curam.
Fujo das agruras,
das ideias descontínuas;
deleito-me na reconstrução
deste meu sonho solitário.
As margens do Riacho do cacau que passam as águas,
Que lavam as pedras,
Atravessam os rios,
Se espalham nas garras do meu
Coração.
Na noite de luar,
Entrei no rio
Para lavar meu coração.
Deus tem pedras preciosas em todas as igrejas, e não devemos fazer denúncias impetuosas do professo mundo religioso.
ETERNO
Mergulhei nas duras pedras
E afoguei-me na escuridão
Todo o meu ser fez-se em guerra
Lutando contra minha razão
Desfrutei doçuras, esferas
A alegria era o motor
Libertei todas as feras
De uma paixão em ardor
Mas, o tempo sombreou a soleira
Amarelaram-se as verdes folhas
E a caminhada antes ligeira
Desacelerou todas as coisas
Vi as horas estampadas no rosto
E a minha força fraquejar
Senti o cansaço chegar a coice
E me lançar contra o mar
E na imensidão mergulhei
Perdi-me sem poder voltar
E tudo o que eu deixei
Foi o amor que puder
SOFRIDO
Não posso nomear as pedras
Que no meu caminho achei
Pois se encerra o alfabeto
E o caminho que trilhe
Chorei um mar, tanto
Mas não aprendi
Que quanto mais se cala
Mais você é feliz
E se falo ou grito assim
Fazendo tanto barulho
E porque já vi sobre mim
O silêncio de todo mundo
Já me calei demais
Já concordei demais
E ainda não fui capaz
De ouvir somente a mim
Ainda sofro com suas palavras
Ainda sofro com a solidão
Ainda vivo entrelaçada
Em quem nunca me deu a mão
Foi você que impediu tudo de acontecer, foi você quem colocou um muro de pedras em nossa frente.
Eu não te pressionei, não te iludi, tentei apenas ser eu mesmo e ao mesmo tempo ser o melhor por você, mas se não foi o suficiente, não há nada o que fazer, é você quem escolhe quem deve ficar em sua vida, e se essa foi sua escolha, me cabe respeitá-la, por mais que doa em mim.
Não devo me sentir culpado ou ridículo por ter me entregado, ao menos fui de verdade, e isso não deveria ser algo humilhante.
Gratidão pelas flores no caminho,
pelas pedras e os espinhos;
pelas canções que me fizeram dançar
sorrir e cantar
gratidão pelos abraços
recebidos os contidos e os não sentidos,
gratidão apenas
para um resumo, fim ou começo.
Mesmo diante da pressão das pedras, ainda sim nasce flor. E floresce com toda exuberância e perfume, mostrando toda delicadeza diante das pedras. Devemos ser assim, florescer nas adversidades, exalar doçura e delicadeza diante da dureza dos dias. É seguindo com doçura que se atraí levezas.
Liddy Viana.✍🌻