Pedra

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O que está escondido não deseja ser revelado.
Revirar a pedra adormecida em seu repouso
pode despertar surpresas indesejadas.
Nem tudo que existe deve ser visto,
pois há mistérios que pertencem ao silêncio.

Tudo se renova: a pedra, o metal.
O mistério não explica, mas a mudança acontece.
Da transformação nasce a edificação — para a evolução,
seja espiritual ou material, que sempre segue adiante.


O livro sagrado revela em metáforas e parábolas,
para que ninguém detenha todo o saber.
O universo não conhece fronteiras,
e, assim como ele, há coisas enterradas
para não serem vistas, mas guardadas no silêncio.

A mão que agora te agride, um dia conhecerá o golpe;
a pedra que arremessas retorna com força — cuidado.
E quem se perde no mundo faz de qualquer vereda um destino.

O Criador não reside em templos erigidos por mãos humanas,
pois nenhuma obra de pedra ou madeira pode conter a infinitude de sua presença.
Se o homem constrói, ali não está a verdadeira morada de Deus,
porque ele não se limita a paredes, altares ou ornamentos.
Deus habita o templo que a si mesmo edificou,
um santuário vivo, feito de espírito e consciência,
onde cada batida do coração é um cântico,
e cada respiração é uma oração silenciosa.
Sua morada eterna é o interior do ser,
na pureza da alma que o reconhece,
na mente que busca a verdade,
e nas mãos que praticam o amor.
Não é nas alturas das torres que o encontramos,
mas na profundidade da fé que nos sustenta.
Não é no ouro dos altares que ele se revela,
mas na simplicidade de um gesto de compaixão.

Crente velho sem quebrantamento virou pedra — e pedra não sente presença.

"Se você é do grupo que lança pedra, leve as suas pedras com você..."

Senhor Jesus, que viste além das pedras, ensina-nos a largá-las.
Transforma coração de pedra em coração dócil;
que nossos olhos enxerguem irmãos antes de faltas,
nossas mãos estendam mais que apontem,
e nossa boca leve bênção, não pedra.
Que a Tua graça nos faça especialistas em ajudar, perdoar e restaurar.
Em nome de Jesus, amém.

Quando a água fria vem do vulcão mais próximo do coração, uma lágrima de pedra desliza suave a dor no rosto sombrio.

O musgo e o polvo


Ah! como adora
o seu leito de pedra à sombra da mata,
o musgo verdinho.


Já o polvo no pote de barro, engana-se.
Sua morada é curta
assim como a sua vida!


<>


A pesca artesanal do polvo, ainda é feita, utilizando-se potes de barro
que são lançados no fundo do mar.




Um haicai de Matsuo Bashô:


Jarros de polvo-
Um sonho efêmero,
luar de verão.




Poema de J.A.Lopes

Há costumes humanos arcaicos como a Idade da Pedra Lascada: só muda se experimentarem a Idade da Pedra Polida.

Ode a Xangô Agodô


Xangô, Senhor do Trovão,
pedra que ressoa justiça,
voz que ruge no coração das montanhas,
equilíbrio das balanças eternas...


Teu machado de dois gumes
corta as correntes da mentira,
derruba tronos injustos,
ergue os que vivem na verdade...


Agodô!
O fogo dos céus te saúda,
a pedra sagrada te reconhece,
e o som dos atabaques anuncia
a tua presença firme e reta...


Rei de Oyó,
Senhor das tempestades e dos raios,
teus olhos são relâmpagos
que iluminam os caminhos escuros,
teu coração é tribunal
onde só a verdade se assenta...


Xangô Agodô,
força que equilibra,
justiça que não falha,
pedra que sustenta,
voz que ecoa no vento,
e guia os filhos de fé...


Kaô Kabecilê!
Kaô Kabecilê, Xangô!
Que tua justiça nos ampare,
que tua força nos guie,
que tua luz nos proteja
neste mundo e além dele...


Kaô Kabecilê!
Eis que a terra estremece ao teu brado,
e o céu se rasga em trovões,
quando teu machado flamejante
desce sobre a mentira...


Xangô, Senhor dos relâmpagos,
juiz supremo dos vivos e mortos,
tuas mãos são rochedos incandescentes
que esmagam os falsos,
que sustentam os justos...


Agodô!
Teu fogo não perdoa,
teu raio não hesita,
tua pedra é sentença
que ninguém ousa contestar...


Rei que governa com justiça,
tua ira é purificação,
tua força é espada de luz,
teu nome é eco que dilacera o silêncio
nas gargantas do tempo...


Kaô Kabecilê!
Kaô, Xangô Agodô!
No teu tribunal de trovões,
as lágrimas viram rios de libertação
e o grito do oprimido
se ergue em vitória...


Xangô,
quando a chuva cai serena
e o trovão murmura no horizonte,
sinto tua presença
como um abraço de pedra e vento...


Teu machado não me assusta,
ele me consola:
sei que corta apenas
o que não é verdadeiro...


Agodô,
és justiça que acaricia,
és força que embala,
és rocha onde posso repousar
meu coração cansado...


Kaô Kabecilê, meu Pai,
teu raio me guia,
teu trovão me embala,
teu silêncio é o templo
onde descanso minha fé...


No altar das pedras,
acendo minha gratidão:
por tua retidão que me ensina,
por tua firmeza que me sustenta,
por tua luz que me ampara...


Kaô Kabecilê!
Kaô Kabecilê, Xangô!
✍©️@MiriamDaCosta




*Xangô Agodô é uma qualidade antiga e elevada de Xangô, o Orixá da justiça, do trovão e do fogo, sendo considerado o "Xangô velho" e o mais antigo e sábio rei. Ele representa a justiça divina e ancestral, governando com equilíbrio e firmeza, e é frequentemente associado a pedras, pedreiras e ao poder da escrita e das leis.

No silêncio antigo daquele mosteiro, onde o tempo parecia rezar junto com as paredes de pedra, nossos olhos se encontravam mais do que deveriam. Não era toque, não era palavra — era desejo contido, um incêndio discreto aceso apenas pelo olhar. A gente se olhava o tempo inteiro, como se cada segundo fosse uma confissão muda, um segredo dividido sem absolvição.
Entre cânticos e passos contidos, o desejo caminhava conosco pelos corredores frios. Era estranho e intenso: amar sem poder, querer sem permitir. O mosteiro, feito de regras e silêncio, tornava-se palco de uma ficção viva — como se estivéssemos presos dentro de uma cena projetada na tela da própria alma.
Às vezes, eu pensava que aquilo não podia ser real. Parecia cinema: dois corpos imóveis, duas almas em tumulto, e um amor que não pedia permissão para existir. Nossa visão se cruzava como quem escreve uma história proibida sem usar palavras, como quem desafia o sagrado não por rebeldia, mas por humanidade.
E assim seguimos, desejando em silêncio, vivendo na fronteira entre o que é permitido e o que é verdadeiro. Se aquilo era ficção, então a realidade tinha aprendido a sonhar. Se era pecado, era também a forma mais pura de sentir. Porque naquele mosteiro, onde tudo deveria ser ausência, nasceu um amor inteiro — visível apenas no encontro dos nossos olhos.

Se a mulher fosse uma pedra ela seria um diamante, brilho e luz.


Se a mulher fosse uma flor ela seria um girassol, sempre em busca de algo.

Se a mulher fosse um mês ela seria abril, com todos os seus recomeços e sua impulsividade.


Se a mulher fosse um ano ela seria 1970, ousadia e luta pela liberdade.


Se a mulher fosse uma estação, ela seria todas de uma vez só.


Se a mulher fosse uma árvore ela seria uma carnaubeira, a namorada do grandalhão jatobá.


E se a mulher fosse uma música ela seria com certeza, a quinta sinfonia de Bethovem, complexa e intensa!
ta-ta-ta-tã....
Haredita Angel
21.09.25

🖤 A Ponte e o Rio


O cais que se curva, sombra côncava de pedra e sonho,
Onde o Tágide vasto espelha o céu de chumbo,
E a arquitetura, curva abstrata, forma-me um antro
Para a solidão que me é de berço e de túmulo.


Pedalamos por um limite, entre a terra e a água,
Dois vultos na margem, eu em cada um e em nenhum,
Busco o sentido na travessia da ponte longa e vaga,
Mas o Sentir é o único destino que me é comum.


O vento é a saudade que nunca se soube porquê,
A nuvem é o peso de todos os mundos que não vi,
E o eu que vive é o rascunho imperfeito do eu que devia ser,
Pois toda a realidade é a margem de um rio que não está aqui.


Marco Silva

Não se atira pedra em macieira esperando que caia figo⁠

Crescer é tropeçar até que a pedra vire degrau.

Pés despidos na pedra fria, olhos que sabem de dor. Mas há no rosto cansado a chama viva do amor. Quem carrega o que é amado não sente o peso que levou.

Teu caminho até mim foi traçado com sangue na terra. Cada pedra feriu Teus pés, não porque eu merecesse, mas porque Tu escolheste me amar.

O homem é o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra por saudade.

Quando a pessoa que você ama, é pedra dura. Transforme -se em água mole.