Passado e Pagina Virada na minha Vida
Você destruiu um sentimento, conseguiu acabar com o resto da minha admiração. Agora nao venha com meia hora, meia palavra ou metade de um carinho, pois com você eu não quero nem mesmo uma despedida. A chave, o caminho, eu te mostrei. Você só soube andar, só uma vez e agora eu desisto de você Não foi falta de aviso pode crer. Mas com, com uma mão te dei o melhor de mim. Você deixou escapar por entre os dedos e agora quer escrever a história mais uma vez. Já chega eu desisto de você. Não soube cuidar do que eu te dei. E agora eu não quero de você nem mesmo uma despedida. Uma despedida.
Aprecio o silêncio da noite e sua magia. Abro minha janela e sinto uma suave brisa beijar-me a face. A sensibilidade aflora, ouço o uivo do vento a tocar suavemente as folhas, onde balançam freneticamente como se estivessem se amando...
Desfoque
Ele me faz perder o fôlego e o foco.
Minha visão nunca esteve tão danificada
nem meus lábios tão felizes.
Ele é o meu pecado mais perigoso
e o meu erro mais gostoso.
Ele me deixa com a melancolia profunda
de uma noite inteira aguando
vontade e saudade.
Ele juntou todos os meus cacos
e reconstruiu só a metade
para que enfim, de mim, o que sobrasse,
ele completasse.
Revejo
Sentado em minha poltrona, posta bem
perto do lume, revejo os escritos teus
que ainda guardam teu perfume.
Coisas lindas me dizias, e eu com muito
amor as guardava.
Eram o alento que eu tinha quando o teu
amor me faltava.
Um dia, sem palavras partistes.
Com a esperança da volta, fiquei.
Os dias longos de espera, as noites tristes,
vivi.
Ainda hoje olho o que ficou, seguro
contra o peito estas folhas, que sustentam
o pouco de ti, que me restou.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acho que minha sociopatia escolheu você para se obsecar, então terá o meu melhor mas o pior pode chegar a qualquer hora
Suco de maracujá
A década era de 1980, o ano não lembro ao certo, eu era acordado por minha mãe todas as manhãs com o intuito de ir à escola, época de prova acordava mais cedo pra estudar. Meio que no automático eu levantava e ia para a mesa tomar meu café, me servia de café com leite e pão caseiro com margarina, na época chamava de manteiga, não tinha noção que a verdadeira manteiga era mais cara. Dificilmente aguentava tomar um banho que preste, quando somos crianças sentimos tanto frio, meio que só molhava o cabelo e vestia a farda azul da escola Instituto José de Anchieta de Bragança, pegava a merendeira e nunca sabia ao certo qual seria o lanche daquela manhã.
Junto com meus irmãos, já prontos, também seguíamos em caminhada com destino à escola, eu nunca fui só para a escola, já que fui o segundo filho a nascer, sempre tive a companhia do meu irmão mais velho nessa caminhada. Os demais irmãos se juntavam assim que alcançavam a idade de estudar.
O caminho pra escola era seguido de algumas brigas e brincadeiras. Cada parte do caminho tinha para a gente uma conotação especial. Chegado à escola nos dirigíamos as nossas respectivas salas. Ainda lembro das primeiras letras que consegui fazer e sempre ficava muito feliz com cada coisa nova que aprendia. Na hora do intervalo, todos as crianças tiravam de sua lancheira os lanches e faziam sua refeição, ali mesmo sentados na mesma mesa a qual estavam estudando. Naquele dia minha mãe colocara alguns biscoitos e suco de maracujá, após o termino do intervalo recomeçava a aula, o pensamento as vezes voava longe, dando asas à imaginação e dando continuidade àquilo que a professora acabara de falar. O término das aulas era anunciado, me juntava aos meus irmãos e fazíamos o caminho de volta, com as mesma estórias, as mesmas brigas, com o pensamento longe e a imaginação fértil, imaginação que apenas as crianças podem ter...
“Preciso alinhar minha órbita que está em constante movimento pra me acalmar internamente com uma briga que só eu sei o quanto me mata.”
Sou louco pois o pouco da minha lucidez não pode me dominar. Sou louco pois é pouco meus dias aqui nesse lugar. Sou louco pois vivo num mundo de ilusão. Sou louco pois aos os poucos ela dominou meu coração.
Desde pequena aprendi a generosidade e a bondade com exemplos na minha família. E basta sermos humanos para saber que para construírmos uma sociedade saudável, devemos carregar em nós (e ensinar aos que chegam depois), as virtudes humanas e seus benefícios.
O nada da minha mente parecia ser tudo
Me vi um dia com alguns amigos, conversávamos na arquibancada enquanto observávamos os outros jogarem. Falávamos sobre a vida, poesia, talvez liberdade, não consigo me recordar. Mas me lembro de um pequeno colapso de atenção que tive, de repente o tempo parou para mim, era só eu e o mundo, meus amigos se perguntavam para onde eu estaria olhando, talvez para o nada, eles falavam. Não, eu não olhava para o nada, naquele momento eu olhava para o tudo. Olhava para o meu interior, olhava para a árvore dançando ao lado de fora da janela, olhava para a bola indo de mãos em mãos naquela quadra, olhava para todas as músicas que um dia ouvi, tudo o que já senti. Olhava as estrelas, as esperanças, olhava o passado, presente e futuro. Naquele momento eu olhava o infinito.
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