Paradoxo
Aquilo que o calvinista chama "tensão", "paradoxo", ou quando diz: "vocês não entendem o calvinismo"... nada mais é que pura CONTRADIÇÃO!!!
Aquilo que o calvinista chama "tensão", "paradoxo", ou quando diz: "vocês não entendem o calvinismo"... nada mais é que pura CONTRADIÇÃO!!!
Escutem Calvino se contradizendo:
"Paulo torna a GRAÇA comum a TODOS OS HOMENS, não porque de fato e em VERDADE ela se estenda a TODOS, se não porque ELA É OFERECIDA A TODOS. Embora Cristo sofreu pelos pecados DO MUNDO, e é oferecido pela munificência divina, SEM DISTINÇÃO, A TODOS OS HOMENS, TODAVIA NEM TODOS O RECEBEM." João Calvino - Romanos, Edições Parakletos, pág.203
"É a vontade de Deus que busquemos a SALVAÇÃO DE TODOS OS HOMENS, SEM EXCEÇÃO, porque Cristo sofreu pelos pecados DO MUNDO INTEIRO." João Calvino - Gálatas, Fiel, pág.145
Viver e digerir
o paradoxo da existência humana:
a alma (eterna) é apenas inquilina do corpo (efêmero)
Ah, viver bem nas grandes cidades, esse eterno paradoxo que nos seduz com a promessa de felicidade embalada em concreto e Wi-Fi grátis. Afinal, quem não deseja mergulhar de cabeça na corrida dos ratos, essa nobre disputa por um pedaço de queijo gourmetizado no fim do labirinto urbano?
Eis o cenário perfeito: acordar antes mesmo do sol ter a decência de aparecer, engatar uma maratona diária que mistura trabalho, compromissos sociais em lugares "instagramáveis" e, claro, a sagrada prática de documentar cada segundo dessa frenética existência para que todos saibam que sim, você está vencendo na vida.
Mas, por favor, não se iluda pensando que está no controle. Não, você está apenas seguindo a manada, trocando seus sonhos por pontos de fidelidade no cartão de crédito e likes nas redes sociais. A grande ironia é que, no fundo, todos correm em círculos, com medo de olhar para o centro do labirinto e encontrar o vazio que tentam desesperadamente preencher com barulho, movimento e, claro, um sem-número de coquetéis artesanais.
Viver bem, nesse contexto, é uma arte perdida, substituída pela habilidade de ostentar um verniz de sucesso enquanto se navega no caos urbano. Esqueça a busca por significado ou conexões genuínas; o novo nirvana é ter um perfil invejável no LinkedIn e uma agenda tão cheia que mal sobra tempo para respirar.
Ah, e não esqueçamos a corrida dos ratos, essa metáfora adorável para a nossa existência. Porque, no fim das contas, o que realmente importa é quem consegue correr mais rápido nessa esteira que nos leva a lugar nenhum, certo? Afinal, nada diz "eu venci na vida" como ser o rato mais rápido, o primeiro a alcançar o queijo — mesmo que, ao chegar lá, você perceba que o queijo é, na verdade, apenas uma miragem no deserto da modernidade.
Então, por que não abraçar essa loucura? Seja o rato mais elegante da corrida, corra com estilo, mesmo que no fundo todos saibamos que não há saída do labirinto. Afinal, como diria o filósofo cínico que mora em cada um de nós: melhor correr na esteira da ilusão do que admitir que, talvez, não saibamos mais o que significa viver bem de verdade.
PARADOXO
Minha poesia é abatida e intensa
Sempre a trovar o choro e alegria
Vazia, mas também há presença
Uma redação tão cheia de magia
Tu quem és? Nesta tal sentença?
Chegada, partida, amor ou arrelia
Versos de aceitação e despensa
Quanta contradição, triste ironia
Clara, obscura, não sabe decidir
Qual tom de mistério a versejar
Se poética da dor ou do prazer
Ah! poesia inquieta... sabe sentir
Fartamente. E se põe a devanear
No paradoxo que é o nosso viver!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 março, 2024, 07’00” – Araguari, MG
Viver é um paradoxo, onde existem coisas que temos que esperar o tempo!
E tem coisas que o tempo não espera.
Ser frágil-fortaleza é um paradoxo que só eu compreendo, uma dualidade que me define e me faz humano...
Paradoxo da Finitude
Se comigo estava, comigo ficou, de uma forma clara que então se clareou, de modo que ampara onde antes amparou, findando o finito que se findou.
The Vincit ( Klaus)
paradoxo do simples;
as coisas mais simples da vida
são, de fato, as mais bonitas,
as extraordinárias, as mais desejadas:
um beijo, um abraço, uma gentileza,
saudade, vontade, lembrança.
e na ironia do cotidiano,
em cada ato, uma complexidade infinita:
um beijo, onde dançam duas mentes,
extremamente complexas e às vezes bagunçadas,
atraídas, unidas pelos lábios.
num suave abraço,
um universo se revela:
o conforto que cria a música,
um cenário onde tudo se encaixa.
e a saudade?
ela exige a angústia de um tempo ruim,
para que possamos valorizar
o brilho dos momentos bons,
e assim, sua ausência ecoa em nós.
que possamos dar valor
às coisas simples da vida,
sem ignorar sua absurda complexidade,
pois é nela que reside a beleza,
na dança sutil entre o simples e o profundo.
Paradoxo da Consciência
Existem duas singularidades no universo: uma habita o centro de cada buraco negro, e a outra, o interior do ser humano. Esta, que chamamos de consciência, nos fez despertar apenas para percebermos a dimensão da pequenez humana diante do cosmo.
A vida é um paradoxo de encontros e desencontros.
Enquanto um reclama que não tem sapatos, passa diante dele alguém que não tem perna.
O paradoxo do barco de Teseu é um conceito filosófico que levanta uma questão intrigante sobre identidade e mudança. Imagine que o barco de Teseu, um herói mitológico grego, tenha todas as suas partes substituídas gradualmente ao longo do tempo. No final, não há mais uma única peça original no barco. A pergunta então é: o barco ainda é o mesmo?
Esse paradoxo levanta questões profundas sobre a continuidade e a essência das coisas – incluindo nós mesmos. Se tudo que nos compõe pode mudar com o tempo (físico, psicológico, emocional), somos ainda as mesmas pessoas? Isso se encaixa na vida porque estamos em constante transformação. Desde nossos pensamentos, valores, experiências, até o nosso corpo – tudo passa por mudanças.
À medida que amadurecemos, vamos deixando de ser "o antigo eu" e nos tornando uma nova versão. Assim como o barco de Teseu, mantemos uma "essência", uma linha de continuidade, mas será que somos os mesmos? Esse paradoxo nos faz refletir sobre identidade, e sobre como a soma das nossas experiências, relações e memórias formam quem somos.
O paradoxo do barco de Teseu nos convida a ver nossas vidas como um processo de reconstrução contínua, e talvez aceitar que é essa mudança, e não uma fixação rígida, que define nossa verdadeira essência.
Paradoxo do Cansaço ao Despertar:
Acordar cedo aumenta o cansaço inicial, mas faz com que ele dure menos tempo. Acordar tarde reduz o cansaço imediato, mas o prolonga ao longo do dia.
Paradoxo Sem Nome
Sigo por caminhos errados, complexos, no paradoxo inverso,
talvez errado, quem sabe no multiverso. Nos giros incontáveis,
me vejo impresso, sem saber se este verso
faz algum sentido. Não estou errado, continuo,
retornando, temeroso do paradoxo do avô.
Ainda que eu vá e volte, em tropeços e galopes,
sinto-me errado, já fui e já voltei, mas não me deparei
com o Paradoxo dos loops de Informação.
Será hoje? Não sei. Se foi, sequer reparei.
Encontro-me em extrema confusão,
um paradoxo da acumulação.
Se volto, torno-me dois;
se avanço, torno-me três. Já não sei mais,
e retorno ao Paradoxo da Causa e Efeito,
onde tento corrigir o que foi feito,
apenas para cair direto no paradoxo final.
Destruo o criador da criação,
e nem paradoxo, nem erro, nem continuidade,
restam. Nesse beco estreito, encontro-me sem casa,
sem teto, sem chão,
meu próprio paradoxo sem nome,
sem significado, sem descrição.
Michel Elias Dias Leite editado versão 2024
Caminhar é apreciar o paradoxo: perder-se no que já é conhecido e redescobrir que a beleza e a perfeição se revelam no já visto, mas só para quem olha com novos olhos.
O paradoxo da sensibilidade: quanto mais sensível você fica, mais sensível você se torna. Isso não tem relação com fragilidade, mas com potência e expansão, pois a verdadeira força está em perceber o que poucos conseguem sentir.
