Paixão
Quero teu sorriso pra poder viver.
Quero teu sorriso de manhã ao acordar,
ainda com preguiça de acordar.
Quero um sorriso teu a tarde,quando
chega cansado de trabalhar.
Quero um sorriso teu a noite,quando
inventa mil maneiras de me agradar.
Quero um sorriso teu agora,pra acabar com essa saudade.
Tudo que eu quero é outra chance, pra dessa vez fazer as coisas do jeito errado, assim, elas darão certo.
Será que hoje eu consigo? É. Será que hoje eu consigo te ganhar de vez? É que às vezes me bate um desespero insano de correr atrás de você e falar bem alto o quanto eu te quero e te desejo. Será que consigo te atingir desse jeito? Já estou sem ideias de como mudar nossa situação.
A verdade é que hoje eu percebo que não nos conhecemos direito, e que eu quase nada sei de você, e que você quase nada sabe sobre mim. Não sabe que sou capaz de correr dezenas de luas só pra te alcançar, não sabe que passo as madrugadas acordadas pensando em como te provar, de uma forma que não te deixe duvidas, tudo que seria capaz de fazer pra te ter ao meu lado. Até mesmo dispensar todos os amores que tenho pra ficar só com você. Dispensar todos os beijos, carinhos e promessas, para apenas a você servir, feito meu dono. Será que ainda há tempo de eu ser a donzela dos filmes em que você se apaixona loucamente? Será que posso mudar tudo isso ainda e, no final, escrevermos um lindo livro sobre nossa historia imprevisível e sermos capa de revista de casais apaixonados ensinando a como amar assim?
Queria poder escrever uma carta de amor, mas quem disse que consigo? Sou péssima com palavras, péssima com sentimentos, péssima com romantismo. Será que você vai entender quando, no final desse texto, nada fizer sentido e eu terminar apenas com um "Eu te amo"?? Será a frase mais sincera de todas das que aqui escrevo sem nem me dar conta do que significam. De que me importa tantas aulas de português ou o 10 em redação se o sentimento é indescritível? De que vale meu amor por gramática se o sentimento é simplesmente inconjugável? De que adianta minha paixão por livros se nenhum deles me ensinou a te querer menos durante todo esse tempo que nos conhecemos?
Pensei por um instante em escrever um soneto. Mas de que me servem quatro parágrafos decassílabos? Não sei fazer resumo. Rimar muito menos. Precisaria nascer de novo para conseguir escrever algo tão curto com tamanha intensidade. Se eu nem ao menos consigo encontrar a descrição correta do que sinto quando sinto teu cheiro e, com pretexto, me enrosco em seu pescoço feito cachorro sem dono, não seria capaz de encaixar um quarteto.
Pensei em te deixar um bilhete com algo chocante. Mas o que resumiria melhor minha intenção senão a frase "Te desejo"??? E como colocar romantismo em uma frase como esta?
Acho que não tem jeito. Se depender das minhas palavras pra você ficar comigo de vez, sem medo de se entregar e se apaixonar, acho que ainda vou ter que esperar pra finalmente te abraçar e não precisar mais de desculpas para me aproximar de você e te cantar ao pé do ouvido.
Eu te amo!!!
Será que convenci??
Tudo que fiz foi te amar.
Amei você tanto, mas tanto que não consigo expressar.
Você pode ter me magoado, mas meu sentimento ainda continua e nunca vai mudar. Pra sempre vou te amar. Ate o fim ou mesmo depois. Te amo.
"No dia que você conhecer alguém que te faça pensar nela a ponto de rejeitar qualquer proposta que não à inclua, pode ter certeza de que você à estará amando."
DEVANEIOS...
Desde de que nossos olhares se cruzaram eu sabia que seriamos um do outro. A primeira vez que teu sorriso foi direcionado para mim, foi como a aurora depois de uma noite tempestuosa. No dia em que nossos lábios se tocaram, por um breve momento,
tudo mudou de cor. Quando me tomastes em teus braços, senti como se todo o mundo não existisse mais.
É realmente lamentável que tudo tenha acontecido apenas em meus devaneios, mas não tenho pressa, sei que nosso dia vai chegar. Enquanto o mundo girar e o tempo passar velozmente, meu sentimento por ti permanecerá intacto e imaculado.
SENTIMENTO SEM SENTIDO....
Trajetória de trágica magia!
Vida...
Padecimentos em carinhos d'espinhos...
Infame arrogância!
Paixão sem pudor...
Além de religiões, raças e impérios!
Clemência!!!
Fogo em brasa ardente...
Batalha entre bem e o mal...
Imortal força!
Além de lendas e da escrita...
Além da carne, ossos e da visão...
Da palpável matéria e da ilusão!
Da pálpebra que esconde o índigo dos teus olhos...
Das forças do ar, do mar e do irreal firmamento...
Além da pureza, luz e ternura...
Da alegria, do sabor, do frescor do jasmim!
Além de credos e doutrinas...
Além disso tudo!
Tal sensação de doce prazer...
De dor e sofrer...
Que me faz sentir mais perto do sol...
Que me leva ao solo e aos poucos me envenena...
Me cobre de carícias...
E me esmaga!
O que é você ?!
Mãe dos meus mais levianos prazeres...
De meus mais puritanos pensamentos...
Mãe de minhas ansiedades e desequilíbrios...
Que me penetra o coração...
Me invade a mente e ecoa aos quatro cantos da imensidão...
Que me chama e em segundos me aquebranta!
Incompreensível, totalmente indecifrável!
Como o furacão que varre a terra e leva embora as ervas...
Que estático carrega consigo a força oculta dos deuses...
Mas te peço, não me deixes um só instante!
Não me deixes morrer...
Antes de provar tal plenitude do vivir!!!
...
Indique o melhor caminho a se andar, no entanto, deixe as pessoas seguirem o que elas acharem melhor.
MEDO DE ABELHA
Tenho medo de abelha,
é um segredo de orelha.
Não, só por conta da dolorosa ferroada,
mas, pelo tamanho que fico diante da danada.
O inseto, que naquele instante é maior do que eu;
Tentando fugir, me escondo dentro de mim, no grande breu.
Fico apavorado e saio correndo,
quando vejo o que aqui está vivendo...
Parece coisa de criança,
aflita sem segurança.
Mas, é sério mesmo seu doutor,
nem fantasma me dá tanto temor.
Prefiro enfrentar um leão,
que já saio na mão.
A maldita me joga na sarjeta.
É a filha mesmo do capeta.
Um demônio disfarçado
Perseguindo-me amedrontando
Remoendo minha alma
No inferno não tem calma
O zumbindo, em meu ouvido, diz:
_Não fuja do que é, pois eu lhe fiz;
Venenosa amarela.
Revela-me que sou ela.
É conhecendo-se que vai se encontrar.
Futucando nos medos que carregar.
Saber se é um homem que tem medo de abelha,
ou se é abelha que tem medo de cochichar, na própria orelha.
CASA DO SABER
Dentro da cabeça tem um mundo inteiro,
que vai crescendo a cada dia.
Neste mundo não tem porteiro,
que esconda a chave da sabedoria.
PORQUÊ LER POESIA?
Poesia só serve pra isso:
Tirar a gente
da gente e jogar
no mundo.
Depois…
Tirar a gente do mundo,
e guarda a gente
bem mais
F
U
N
D
O
na gente de novo.
Assim, os olhos dos
poetas são distantes
de tanto ir pro mundo e descer
mais profundo…
Que um dia de tanto
D
E
S
C
E
R
rasgará a alma
para fazer
poesia com
Deus.
POETA É CRIANÇA
Poeta é gente pra se esquecida.
De toda memória apagado.
Da face da terra riscado.
Para que viva à poesia FAZIDA
Assim mesmo, feito crianças
Que trazem, doces lembranças
Da livre inocência
Sem gramática, só crença…
ESPELHO
Vivia num mundo trocado
Tudo bem do avesso
O que falavam.
Em mim, não
Encontrava
Virei o mundo para mim
Tudo no mesmo avesso
O que sempre falei
Nos outros só
Encontrei
Quando em mim
Já estava
FRANGO DE PADARIA
Morei uma vida toda por um segundo
No olhar pidão de um cachorro zoíudo
O taco de frango, engordurado confundo:
Se como, ou saio daquele mundo?
QUARTO DE CRIANÇA
Uma girafa voando,
Um cavalo voando,
Um cachorro também,
Não sabia, nem falar direito
E eles voavam lé em cima.
Um dia cresci
E me contaram que estava
ERRADO
Se eu soubesse NUNCA
iria crescer
Para ter olhos
E ficar cego
Sem ver.
GÊMEOS DE BARRIGA
Casamento é gravidez
Da mulher buchuda
O homem também
Duas bolinhas esperando
Outra que vem.
CONHECE-TE À TI MESMO
Certo dia fiquei estacado
Olhando dentro do espelho
Os meus, OUTROS olhos me engolindo
tentando sai do espelho e
ver o que nos MEUS olhos
estava refletido.
CAMA MACIA
Cama macia para sono pesado
Por um instante tornou-se retardo
Descansando, acordar para quê?
_Se nesse sonho lucido tudo vê
O frio da noite, o breu do dia
Estancada de joelhos em fé pia
Lágrimas banhavam a fria cova
A mãe rezava segurando a rosa
Carnaval apoteótico de vermes com fome
Cavucando carne gelada, a forma se some
Sem pressa, agonia vagarosa a alma consome
Uma chorrava em prantos, enquanto outra ria
A última trouxe a morte; Daquela, a sua luz sumia
Sonhando acordado em cama macia
