Paisagem poema
Do teu olhar fiz poesia
Do teu sorriso paisagem
Do teu andar fiz meu caminho
Da tua presença a ausência de mim mesma
Da tua ausência a falta da minh'alma
Dos nossos momentos fiz minha vida
Da minha liberdade me prendi a você
Do meu amor tu tens a chave
Que só a ti pode pertencer
A PROSPECÇÃO DA PAISAGEM
Quando deixamos de ser etérea manhã,
Ainda no átrio da estrada,
Tornamo-nos presa
Da fome precoce do inexorável ocaso:
A latitude do céu,
Que pensávamos infinita,
Revela-se cria de um universo volátil.
Ah, e o nosso mar nos mostra
A sua lídima índole:
A ferocidade do vórtice do ódio
Aflora-lhe do bojo,
Domando progressiva
E plenamente
Todo o seu aqualino corpo.
A terra,
Que compõe a nossa pele,
Liquefaz-se em córregos do pus
Incarcomível:
A chaga se transforma
Em um novo tegumento,
Agora, irremovível!
Então o que reina
É uma paisagem de água:
Empedernida, rocha insoçobrável,
Mármore entalhado no oceano da passional sáfara.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
MODORRA
Sucessivos dias modorrentos que se arrastam em uma linda, mas inútil paisagem!
Um nada acontece que dá a impressão de se estar parado no tempo ou é um desses sonhos neutros que nem a mais experiente cigana saberia revelar! Onde fui colocado, para ter essa impressão, de que estou fora, a parte de tudo que vejo? Quem sabe seja um ensaio para o final dos meus dias ou um convite para que eu continue a crer sem ver numa gestação para o parto de algo bom que virá? A mulher, sorrindo da janela, me chama a atenção para uma ave marinha que risca o mar com as pontas das asas! Eu olho e vejo apenas um ponto branco perdendo-se no horizonte, assim como eu, perdido em pensamentos anulo os horizontes que talvez hajam à minha frente não os vendo mais...
EPOPÉIA DA QUEBRADA
ÀS MARGENS DO CÉU
HÁ UM CANTINHO,
NA REGIÃO SUL.
NA LARGA PAISAGEM
AS ÁGUAS NÃO SE MESCLAM
AO HORIZONTE AZUL.
SÃO PAULO, SÃO MARIAS,
SÃO JOSÉS, SÃO FRANCISCAS,
GUERREIR@S DO GRAJAÚ.
ALI JÁ VIVENCIARAM
HISTÓRIAS DE MEL E FEL,
AS QUAIS NÃO CONSIGO DISCORRER
NAS POUCAS LINHAS DESTE PAPEL.
MAS QUANDO, UM DIA,
EU ME TORNAR UM POETA
DE MUITAS PALAVRAS,
ESCREVEREI UMA EPOPÉIA
SOBRE TAIS LUTAS TRAVADAS.
O sucesso não é como uma montanha
a qual você escala e fica admirando a paisagem do topo.
O sucesso, na verdade, é uma estrada
na qual você chega para caminhar,
e se você parar, você será ultrapassado pelos demais.
Para poder olhar a paisagem
Acima das nuvens
E imaginar como agem os anjos
Descobrir como é feita
A chuva
Contemplar as imagens perfeitas
das coisas que acontecem
de maneira natural
Desvendar
Se existe ou não
Receita
Pra criar as coisas que aparecem
como se ninguém mandasse
Assim como nascem as paixões
Ilusões e amizades
Que põe nos nossos corações
Saudades tão doídas
Quando, de repente
O dia nasce
E renascem recordações
Das ruas
onde nunca mais passei
Sonhos nos quais acreditei
Histórias que parecem
Sempre
Ter chegado ao fim
e mesmo assim
Sobrevivem nas paisagens
Aonde
Há desenhos singulares
Criados em momentos
de ímpar inspiração
Que a gente somente percebe
Quando finalmente
Elas simplesmente desistem
de chamar a nossa atenção.
ERRO
Estava pensando que fosse encontrar a juventude
O frescor na pele e no cheiro
A paisagem nas cores claras
A visão do futuro
Ledo engano
Tava tudo em mim
O frescor
O sabor
O calor
O amor não é de ninguém!
'TEMPO...'
No alto, casa de taipa, coberta de palha e uma paisagem deslumbrante à frente. O rio era enorme e provocava admiração. As casas eram próximas uma das outras. O acesso dava-se por uma trilha, onde, na escuridão, dificilmente se saía dele. Nas noites de lua cheia, sempre nos reuníamos, sentados à frente da casa para ovacionar àquele retrato real. Sentados em 'banquinhos', ficávamos a cantar em coro com a ajuda de um velho violão empoeirado. Nas tardes frias e cinzentas, gostávamos do frescor dos ventos. Eles falavam uma língua que só agora, depois de muitos anos, entendemos.
A vida simples do interior, marcaram nossas vidas. Muitos tiveram sua primeira paixão. O primeiro beijo no escuro. A primeira namoradinha. Eu sempre ficara vislumbrado quando via a mulher dos meus sonhos passando. Divina como sempre, esbanjava sensualidade no andar e sorriso. O amor sempre chega prematuro. Eu a amava. Era a dona das minhas direções e dos meus sonhos. Sempre escrevera poemas líricos em pedaços de papéis e imaginava filhos, muitos filhos.
Por essas e outras muitas razões, sempre digo que sou inimigo do tempo. Ele enterra tantas lembranças. Ora por vezes atormenta. Cura uma ferida e deixa tantas abertas. A vida se vai com ele e quando percebemos, ele nos diz que já estamos caído, trancafiados. Ele escreve ferozmente sua própria linha. E nos leva, não importa para onde, seja para as mais altas nuvens ou para a lama que atormenta. Quem somos? Para onde vamos? O tempo, rodeado de desamparo, nos falará ao ouvido.
Meu sertão em seca
Em meados de outubro rosa
A seca "agunia" o sertão
A paisagem cinzenta domina
Os pássaros cantam, mas é um canto triste
O coaxar dos sapos não existe
Falta água, falta vida, falta alegria
...se o vento sopra e esfarela as nuvens...
a chuva não vem, não florescemos...
em que paisagem estamos craquelando...
Meu amor...
[Ventos do litoral em poesias secretas out/2014]
GENTE
Gosto dessa gente
Que faz de uma pequena paisagem
A certeza de um grande momento
Num abrigo a poesia
FÁBULA
Ao levantar abro a janela
e presencio o nascer do sol
uma paisagem tão bela!
Os passarinhos logo vêm a cantar
agradecer a mãe natureza
que faz um espetáculo de arrasar
As cigarras começam a chiar
os sapos ficam pulando
e as formigas trabalhando
E durante alguns minutos o galo fica cantando
o cachorro começa a latir
e o gato fica miando
Forma - se um coral divino
uma energia que fortalece a alma
E ao fechar a janela
vejo os galhos das árvores gesticulando em sinal de tchau
e antes de ir trabalhar, reflito:
“que pena que tudo isto está se acabando”.
Para Ítalo Calvino.
Uma cidade invisível
Numa paisagem irreal,
Um mundo onírico
Criado por um escritor genial.
Estou em busca de vida simples, de contemplar o por do sol, de contemplar o rio, a paisagem, os botos. De contemplar a natureza, de receber de presente o que a vida me dá e ser feliz.
Não quero ser reconhecida pelos outros, não quero me ofender com os outros e principalmente comigo mesma.
Não quero exigir de mim mas do que posso dar. Quero ser eu, quero ser tranquila, quero ser e me sentir feliz.
Eu ando em busca da felicidade e não estou percebendo que ela está diante dos meus olhos, pertinho de mim. Sou feliz por ter pai e mãe, feliz por ter irmãos, feliz por ter amigos, feliz por ter emprego, feliz por ter um lar, feliz por tanta coisa boa que Deus me proporciona a cada dia.
Paisagem poluída, corrompida, destrutiva da
imagem visual; Minha terra tem fumaças
que envenenam nosso ar. O oxigênio que
se respira é uma poluição Pulmonar.
Nesse céu não há estrelas, nossas
Várzeas não tem flores, nossos bosques são
Sem vidas, nessas vidas sem amores...
Minha terra tem fumaças, que envenenam
Nosso ar; irritam os meus olhos, enfisema
Pulmonar. Vendo tudo se acabando, e o
Mundo se calar. Paisagem poluída, holocausto
Nuclear.
Aqui as aves não gorjeiam, arrepia no estampido
Da pólvora. Sim, é triste, mas não há outro
Desfecho pra essa estória. Lamento falar
Sobre essa modernidade sórdida, que se
Vende ao consumismo, e consome a vida
Própria.
Poluição industrializada, monopólio que
Polui. Imagem visual comprometida, das
Águas deste rio insalubre.
Poluição governamental, desvalorização
Do ser humano. Poluição do capital...
Paisagem poluída, corrompida, destrutiva da imagem
Visual!
(Paisagem poluída, 23 de março de 2008)
Paisagem ...
Na paisagem da janela ,
tela pintada por Deus,
que encerra terra e céu,
me insiro pequenina
carregando os sonhos meus...
Nuvens brancas, céu azul,
terra marrom, verde, amarela...
Fecho os olhos, me transporto,
deixo o chão, ganho a amplidão !
Ando sobre nuvens, brinco com o vento,
danço com as estrelas, converso com Deus,
Volto a ser menina ...
Me visto de luar, irradio luz divina...
Qual um arco íris ...
faço um caminho entre a terra e o céu...
e por ele sigo, colorindo o mundo
espalhando cores, abençoando amores !
Então mais uma vez,
Rodeou por toda a cidade,
Se perdeu pelas ruas,
E viu uma bela paisagem,
Admirou o grande muro cinza,
Imaginando o que se encondia,
Pensou em milhares de teorias,
Mas não enxergou a maldade,
Pensou em pular,
Teve outra ideia geniosa,
E correu ao bar que havia na esquina,
Serviu-se com doses de bebedeira,
Mentiras ditas e verdades omitida,
São os assunstos que os bares oferecem
Notou estar rodeado por miseráveis,
Se sentindo igual,
Pagou uma cerveja,
Permitindo assim que o papo continuasse,
Contou aos sugas suas dores,
Mas ele estavam interessados em outra parte,
Decepcionado e extasiado,
Falou sobre o tal muro que havia na cidade,
Disseram-lhe que como o tal muro,
Existem milhares.
Mas não há.
Levantou-se da cadeira em que se assentava,
Deu um soco na mesa derrubando a cerveja,
Todos se assustaram e se afastaram,
O homem agora estivera como começará,
E como deveria continuar,
Só.
Seguiu em direção da sua peça de arte,
Encarou o muro,
Talvez por instinto,
Ou por efeito do que se bebe,
Abriu o zíper e empoçou o dito muro,
Agora todos que por ali passam,
Sentem seu odor,
Até que o lavem.
No ciclo dos passos não se vê efemeridade.
Os pontos permanecem, refletem um estado;
A paisagem se converte, simula a novidade;
Mas o ciclo ainda é ciclo, e não há efemeridade.
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