Ouvi e Observar
Um Silêncio.
Ouça a voz do silêncio.
Ouvi o grito por socorro.
Chorando por dentro sorrio.
Sofrendo calado, vivendo por um milagre.
Sonhando com o inesperado, nasci refletindo.
Com um mundo melhor, com um ser que sabe viver.
Que não aja arrependimento das escolhas, que tudo se aqueça em alegria. Pois tudo que amamos profundamente se converte em parte de nós mesmo.
A solidão que prime à alma flua com perseverança, que as lamurias da mutua vida nos traga harmonia.
De viver vendo que nada passa, que tudo é uma experiência saudável.
Que o sofrimento venha por um instante, mas que seja passageiro.
Passageiro o olhar em prantos, a alma abatida, os sonhos não vivido.
Que o corpo possa está preparado para as feridas da vida, que a mente esteja em transição com o capricho de um Orgulho. Mas que a simplicidade não deixe a minha vaidade me ludibria.
Que as ditaduras do Silêncio pegue as suas almas e não deixe de usá-las.
Que as lembranças não venha eliminar nenhuma trama de esperança que me sustem.
Cônscio que o amanhã será melhor que hoje, e que todos os sentimentos que a em mim, suma por anos.
A um futuro, a um progresso, a uma luta que não acaba. Mas o Silêncio que hoje canto, não denuncie o meu encanto.
Guardarei o Coração em uma Caixa, onde somente uma chave será capaz de abrir.
Profissão poeta
Pensei em viver de poesia
mas nunca ouvi falar que ser poeta era profissão
e nem que escrever versos pudesse ser ofício de alguém.
E se ser poeta e escrever versos compusessem uma profissão
- a de ser poeta - quanto ganhariam?
Qual seria sua remuneração?
Ele teria os mesmos direitos trabalhistas que os outros trabalhadores?
Teriam direito a fundo de garantia por tempo de serviço,
vale transporte com seis por cento de desconto em folha,
vale refeição e alimentação,
plano de saúde e dentário,
participação nos lucros da empresa e festa para funcionários no natal?
A ele pra que serviriam esses benefícios?
E se tivesse direitos exclusivos devido ao estresse do exercício de seu ofício
quais seriam?
Subsídio lápis, subsídio papel com linhas e margens, auxílio borracha?
Já imagino até a cena:
O poeta na linha de produção de poesias
os milhares de versos se entrelaçando na esteira e ele pensativo,
tentando dar conta de todo aquele volume de ideias encaixotadas
seguindo em sua direção, uma a uma incessantemente.
Todas aquelas palavras desconexas, se acumulando no chão ao caírem da esteira
formando à revelia de sua vontade poesias sem sentido
em poemas disformes, sem métrica, sem rima.
Mas pra quê rima, métrica, forma, título...se a poesia pode ser livre?
Se você pode ser livre também!
Livre dos rótulos, das formas conformadas e das fôrmas sociais.
Arrumei um emprego informal!
Agora sou poeta, mas não em tempo integral, só quando quero.
É verdade que não tenho carteira assinada, nem INSS
mas ando feliz a beça com esse meu novo ofício.
Hoje cedo eu ouvi aquela musica “ estou com saudade” lembrei tantas coisas que eu sinto saudade, e muitas delas não voltam mais...
Eu ouvi palavras ditas com carinho
De que na vida ninguém é feliz sozinho
E você é um alguém que sempre me fez bem
Me protegeu e me tirou de todo perigo
E quando eu precisei você chorou comigo
Valeu por você existir, é tão bom te ter aqui
a amizade e un ouro entao nao perca esse ouro
"Quando você vive muito tempo em um lugar, você torna-se o lugar. "
Ouvi esta frase em um filme do Stallone, faz tempo e não esqueço...
Tenho percebido isso de uma forma mais atenta nas pessoas.
O meio e o convívio afetam de forma significativa o modo de ser de cada um.
E mesmo quando se afastam por algum tempo, seguem arrastando vestígios do que já viveram e nem percebem...
É preciso ter essa consciência ao escolher com quem convivemos diariamente, intimamente.
É preciso ensinar isso aos nossos filhos.
É preciso escolher quem nos faz sentir bem e nos aceita como somos.
É preciso sentir que nosso modo de ser faz bem para essas pessoas.
É preciso ter mais afinidades do que diferenças para relacionamentos bem próximos.
Existem pessoas para convívios rápidos, outras para conviver com intervalos... e as que podemos permitir compartilhar o tempo todo sem restrições.
Outrora ouvi alguém proferir que o amor não existe. Que é apenas ilusão, miragem, quimera ou alucinação de um único ser ... Naquele breve momento embraveci pela tamanha bobagem que ouvirá. Pois, sonhava com o Amor... com a utopia e, a alegria de dividir uma vida.
Não obstante, a assombradora narração que o amor era uma fantasia, uma fábula que existe tão-somente em uma alma, bem como pelo tirocínio e conhecimentos adquiridos nessa trajetória. Compreendi que aquele indivíduo tinha razão: O amor é um caminho abstruso e complicado, cujo risco não vale!!
Ouvi uma música ao longe. Pensei que era Amor. Mas era só Vivaldi, me iludindo com suas 4 estações.
Ao me aproximar de seus calves de sol. Seus acordes me falarão:- May be is this time Thaís, our another heart.
Bali.
Sempre ouvi falar de Bali, tenho algumas esculturas e dois ou três Budas oriundos, que segundo me contaram podem atrair fortuna. Sou fã das estampas bem coloridas nas tradicionais cangas, para usar como fundo para as fotos da nossa loja.
Nunca pensei em visitar a Indonésia porque é bem longe e há lugares mais próximos onde ainda quero ir e voltar a Sydney era um projeto remoto, mas confesso que sempre pensei nisso.
Foi preciso que a oportunidade juntasse muita coisa para que essa viagem me trouxesse a Bali como escala no Rhapsody of The Seas, nesse cruzeiro de quarenta e oito noites.
E que surpresa, ver coisas que eu nunca tinha visto e nem poderia imaginar, pois as fotos não fazem justiça a outras facetas do lugar, que não as praias paradisíacas.
Não saberia por onde começar, mas a ilha tem poucas ruas, uma dúzia de avenidas largas e milhões de habitantes que trafegam loucamente pela mão de direção inglesa o que deixa tudo ainda mais confuso. Os carros são de todos os tipos, mas essencialmente motos de pequena cilindrada, não raro com três passageiros. Existem no mínimo três ou mais motos para cada carro.
Por sorte pegamos um guia balinês que falava um inglês bem claro para turistas e pude entender tudo o que ele falou. E como falou esse senhor…. Foram quase cinco horas, com rápidas paradas para nos mostrar uma fábrica de roupas tradicionais de Bali, um mercado de “tudo quanto é coisa” e uma fábrica de joias.
Incrível a espiritualidade desse povo, onde em todas as casas existe um altar, com os deuses que recebem diariamente oferendas de frutas e outras comidas que não pude identificar,
Os altares, todos visíveis da rua, são construções muito bonitas, grandes e altas, com imagens enormes, talhadas em pedras de vários tons, sendo algumas negras em pedras vulcânicas.
A balburdia no trânsito parece não ser grande problema para o povo acostumado, mas o guia contou que o número de acidentes é muito grande e faz mais vítimas graves e fatais do que em qualquer parte do mundo, o que não duvido.
Milagrosamente o ônibus não atropelou dezenas de motos e incrivelmente, ninguém xinga nem reclama, cada um continua impassível seu caminho.
Nem sei porque comecei esse texto pois já sabia que seria impossível explicar Bali desse jeito, mas recomendo, pois é longe, mas eu garanto que você nunca viu nem consegue imaginar quando é legal e que sensação gostosa é estar aqui.
Como eu disse, foi apenas uma escala de um dia, mas quem sabe um dia eu volto.
Já ouvi muitas vezes quem partiu
e a aflição em que vivem
muitos deles como se sentem vivos
não entendem que já cá não estão
é bom a gente saber disto antes de partir,
para assim seguirmos o nosso caminho na Luz.
É bom sabermos que a morte não existe senão no corpo
assim não continuaremos perdidos também do outro lado da vida, ou atrapalhando quem cá anda.
E quantas vezes desejei sentir e ouvir esse que parece um amor verdadeiro, apenas ouvi o silencio, que me levou a loucura, de dizer o que disse! Agora resta apenas um a ouvir...
Enxergo ao longe
O infinito azul celestial
Definições perdidas
Nada de concreto
Ouvi dizer
Que depois do fim sempre há um recomeço
Será verdade?
O que importa?
Não existe fim, começo ou recomeço!
Sempre me apeguei a conceitos predeterminados!
Como fui tolo!
Sou meu próprio conceito, sem conceito.
Tempo perdido?
Que tempo?
Como perder o tempo?
Também nao existe tempo!
Conceitos, tempo, explicações existenciais..
Pretextos para preencher o vazio de um detalhe denominado: VIDA!
O que foi isso?
Isso o que?
Este barulhinho.
Barulhinho?
É!
Não ouvi nada.
Este...que vem do seu coração!
Ah, não é nada não!
Nada?
Nada...é que meu coração é assim mesmo: cheia de nhem nhem nhem, cheio de tum-tum-tum!
E a vontade de colocar uma mochila nas costas e sair viajando por ai me consome, sair sem rumo, ouvir histórias novas, conhecer o mundo...
Esse mundo está perdido!
Ouvi, ainda muito criança, meus avós dizendo que o mundo estava perdido.
Depois de alguns anos, na minha juventude, foi a vez de ouvir meus pais repetirem que se algo não fosse feito o mundo estaria perdido.
Eles se referiam ás drogas, à permissividade, à violência e à corrupção que corria solta já nos anos sessenta.
As coisas mudaram muito e para pior.
A frase talvez não seja tão repetida por todos, porque essas mazelas tomaram de tal forma o controle das nossas vidas que parece não adiantar o lamento.
O mundo se perdeu.
Nos países mais adiantados a gente talvez não veja a violência urbana tão disseminada mas em compensação os mísseis se encarregam de mostrar que o desrespeito pela vida está generalizado.
Não tenho esperanças de que a situação se reverta e pouco posso fazer além de descrever esse desencanto.
Esse mundo está perdido!
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