Ou Toca ou não Toca
O tempo já não me pede urgências, ele apenas dança, dissolvendo-se na brisa suave que toca minha pele. Sou um rio sem margens, fluindo sem destino, abraçando o infinito com cada pulsação do meu peito.
O silêncio, antes esquivo, agora é meu mais fiel companheiro. Ele sussurra verdades que sempre estiveram aqui, ocultas sob a pressa dos dias que já não contam. Sigo sem posse, sem medo, apenas sendo, leve, vasto, eterno.
O ar vem e vai, beijando-me como um amante que não deseja prender, apenas tocar. E em cada respiro, descubro que nunca estive fora daquilo que sempre foi casa. O coração pulsa, mas sem urgência. Ele conhece a melodia dos que já não buscam, apenas habitam o instante.
E nesse repouso, nesse abandono doce ao que é, encontro a maior das alegrias: ser.
Insólito
Vago por
um tudo
que é
amorfo
Gozo
viagens por
onde não
se toca
É ar
vento e brisa
que esbarra e
passa
Vida
Jorge B. Silva
O instrumento que o poeta toca não se vê aos olhos,
não faz acordes, nem pode ser escutado pelos ouvidos.
O poeta é o instrumento,
e, se vibra, vibra com a própria vida.
Mas, se cala, cala-se não pela ausência,
mas pela dúvida:
será o som que sai mais que um simples barulho?
O músico tenta tocar o mundo
como quem afina um piano quebrado.
Mas o poeta, ah, o poeta é o mundo,
em todas as suas notas desajustadas e desarranjadas.
O músico, com sua partitura,
tem os dedos certos,
mas o poeta, ah, o poeta,
não tem mais dedos que o próprio instante.
O músico se orgulha do som que cria.
O poeta, esse, se espanta
com o que não pode ser tocado,
e talvez,
no fim,
seja o poeta quem, por fim, toque.
Metades de Um Inteiro
Se tua pele não toca a minha, Sou pedra fria à mercê da noite. Se teus lábios não encontram os meus, O gosto do mundo dissolve-se em nada.
Se teus olhos não buscam os meus, O dia se apaga, e a sombra devora. Se teu corpo não envolve o meu, O calor morre, e o vazio se expande.
Se tua alma não se entrega à minha, O tempo estagna, o universo silencia. Porque só existo quando existimos, E no encontro, somos mais que amor.
Não se enganem: o joio é bem parecido com o trigo. Ele também canta, ele também toca, ele também prega, ele também visita, ele também ora, ele até tem cargo, mas no fim, o joio é estéril, e só o trigo gera frutos.
A raiz não se vê, mas sustenta; a palavra não se toca, mas transforma – tua presença em mim é semente que floresce eternamente.
O que te torna inesquecível
não é sua aparência,
mas a maneira como
sua presença toca
o coração dos outros.
Entrega pela metade não me toca. Não quero presença por obrigação, quero entrega que pulsa. Ou se joga, ou nem me encosta. Não suporto quem vem por carência e não por coragem. Prefiro o silêncio verdadeiro às promessas vazias. Se não for inteiro, vai embora. Minha paz não negocia.
Fé ativa é fé que se move, que toca, que serve. Não basta crer; devemos viver o que crêmos, sendo reflexos vivos dos ensinamentos de Deus no mundo.
Ele não liberta só por fora,
Mas sara o ontem, o agora e o que chora.
Toca as prisões invisíveis da alma,
E com voz de amor, traz cura e calma.
Casa de Versos
Escrevo pra poucos.
Poesia escolhe os seus.
Vem mansa, mas não mente,
toca onde o barulho não chega,
acende o canto dos olhos,
sussurra o que o peito calou.
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Não escrevo pra multidões,
nem pra mãos apressadas.
Escrevo pra quem cultiva silêncios,
pra quem sente o mundo em segredo
e se emociona com o que não se diz.
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Poesia não bate à porta —
chega como brisa de fim de tarde,
se aninha sem alarde,
faz morada sem pedir.
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Quem habita meus versos
ouve música como quem respira,
sente o vinho como memória,
dança com a própria sombra
e descansa na solitude,
como quem voltou pra casa.
Jonatas Evangelista
Os sentimentos são como vento,
Você não os vê,nem os toca,
Mas sente a presença devastadora
e constante deles.
É sempre clichê falar de amor,
Talvez porque ele não é um único
sentimento, é um vasto de emoções.
O amor é mais do que lindo,
Ele é arrogante, um vazio transbordante,
É alucinado,
Amar é machucar, ser amado é ser
machucado.
Amor é uma cotrovérsia,
É ridículo como amar dói, dói fisicamente,
Dói poeticamente, nos faz viciados
em algo que nem podemos tocar.
Precisamos do toque de quem amamos
quase tanto quanto de ar para viver.
Um toque corrosivo, que machuca,
corta e rasga em umaúnica carícia.
Alguns podem até nascer com o coração
blindado,
Mas aos seres com alma de amante,
Só resta se viciar na dor de um abraço,
No corte de um beijo.
Só resta amar.
Tuas orelhas
Ter você no digital
não me satisfaz
não é igual
quero tocá-lo
tê-lo em minhas mãos
embarcar
em suas histórias
em seus voos
em suas fantasias
sentir
seu cheiro único
inspirando emoções
manuseá-lo
antes de
repousá-lo
em minha cabeceira
nas expressões
das suas orelhas
reconhecê-lo belo
e inesgotável.
Moacir Luís Araldi
86
sentir o mundo
no abre e fecha
das suas páginas
quero-o
lido
liberto
livre
quero-o
Livro.
Berimbau-de-barriga
toca a fundo,
Comigo você não se cria,
Minha voz e Capoeira,
e também é poesia.
Cada um sabe onde está seu play, se a música não toca, troque a tomada, pois não existe mais pilha pra som, para de esperar alguém ti dar a luz
Não retroceda pra tocar seu ritmo!
DESÍGNIO DA PROVA
A mensagem é forte onde ela toca, não pela prova, mas pela razão de existir.
Amalgama estabelecida de larga abordagem para contemplar, amplidão da imagem concludente a se somatizar ao real imaginário que produz a lenda, nortear o concreto pela razão lógica do indefinido em sua dualidade, estabelecer precisa exatidão pela pluralidade do intangível, infindável e inefável e assim alcançar o filosófico. Vetor em tríade (Alma/Consciência/Amor) fundamentais, todos, somente pela consciência da tangibilidade do sentimento que pulsa, e assim, se faz percebível na profundidade do ser, encontramos a essência do real amor, pelo que toca a alma estaríamos então o mais próximo possível da materialização do invisível no êxtase existencial... "Pressuposto", essa é a letra da música, o norte do caminho, a crônica da vida, caminhar pela lógica da razão concreta seria o trajeto comum, a todos, sem desvios, opção reta para quem quiser, tortuosa para quem procura atalhos, simples na concepção como foi simples a vida Daquele que a ditou e tanto ensinou, mas difícil na aplicação pelo livre arbítrio, o "descabresto" mal usado pela humanidade, egoísta e presunçosa, em nós, a verdade margeia-se em torno daquilo em que queremos acreditar, e essa é a decisão que dá o real valor a ouvirmos a boa e valorosa música, a encontrarmos um norte no caminho e escrevermos em glória a crônica de nossa história, pela Fé na Palavra que enaltece e dignifica, e por não ouvir os sussurros da dúvida quando ela mais urra aos ouvidos... Ele, o Cristo, nos falou, não escreveu, e até em seu murmúrio final fez retumbar a verdade que encaminha a sua Lei maior, moral e imortal.
Se para quem entre grandes mentes e figura como um dos maiores filósofos contemporâneos, Kant, suposto ateu, em sua “Crítica da Razão Pura” postula à própria controvérsia a existência de Deus, a qual denomina “O Ser Necessário”, ainda assim, a necessidade em estabelecer “à matéria” a prova contrária a sua existência, se torna a razão de muitos, mesmo em lógica rasa de pensamento estreito diante do esplendor daquilo que não alcançamos, que é muito, inimaginável ainda, nem por isso baseada em irrelevâncias, apenas óbvias demais pelo prisma proposto dentre a nossa limitada ciência existencial, como dito, me é verdadeiro tudo aquilo em que quero acreditar, por necessidade ou teorização da prova aceita, mas, como por equação matemática desenvolver resultado de aceitabilidade concreta para Quem em conceito de essência transcende, é buscar resposta para a cor do ar em meio a escuridão onde não há emissão de luz, é tentar ouvir a propagação do som imerso ao vácuo, é pensar em reação antes da ação, onde, tudo é reação a partir do início da “primogênita ação” seja por estimulo, reflexo, consequência ou efeito, - Enquanto buscares em Mim a resposta para a razão do seu existir, esquecerás de encontrar em ti a verdadeira razão do meu existir; ou para a aplicação lógica desnecessária ao ininteligível, simplesmente o oposto!
Claudio Broliani
Milagres não são coisas; são percepções em que o impossível toca o possível e transforma o ordinário em extraordinário.
No rio corrente não se toca na mesma água duas vezes, na vida, há oportunidades que só chegam uma vez, capacite-se para quando a oportunidade cruzar, te encontrar preparado/a para o propósito.
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