Ontem à noite
25/04/2015 - diário da mamãe
"Ontem minha mãe ficou alucinando a tarde e a noite toda. Eu percebi que existem diversos tipos de alucinação, já identifiquei 3 - a primeira ela fala alto, fica se divertindo com pessoas, crianças, familiares e quando eu me aproximo ela me coloca no seu mundo e pede para eu alimentar e cuidar dessas pessoas; a segunda ela fica agressiva e diz que eu estou tentando mata-la que existe um complô e muitas pessoas estão perseguindo e tentando judiar ou roubar; a última é a mais assustadora, foi essa que teve ontem, começa a falar palavras que não existem, com voz muito fraca, olhar parado e não faz contato comigo, me olha e não me vê. Ontem dei janta para ela sem que me visse ou percebesse quem eu sou. A noite ficou silenciosa olhando para o teto, esse mundo que ela entra e não me convida é o que mais me assusta.
Agora está sentada ao meu lado, pela manhã me disse animada - "Bom dia Miloca!" eu fiquei animada e fui buscar o café, quando voltei já era outra pessoa. Perguntou-me que mão era aquela que segurava a sua mão, eu disse que era a dela mesmo; me perguntou que doença ela tem, quem está na ponta da mesa... então ela canta e fala de sonhos para depois silenciar e entrar nesse mundo paralelo.
Enlouquecedor? Até que não, acho que estou aprendendo a lidar com isso, mais uma lição que a vida está me dando. Para que? Não sei e já nem quero saber, os místicos dirão que isso é para me iluminar, ok. E depois que eu me iluminar, o que eu faço com essa Luz? E depois que eu fizer algo com essa Luz, acho que me ilumino mais um pouco, então... o que eu faço com o resultado do que fiz com essa Luz? Mais Luz? Acho que não quero tanta Luz, prefiro minha parte em gargalhada."
Amor Sincero...
Nas horas serenas de ontem à noite, entreguei-me ao sono e minha alma te buscou, ansiando pelo toque do seu ser para encontrar a plenitude e o calor do amor. Em cada batida do meu coração, a certeza floresce de que nossos sonhos entrelaçados são mais reais do que a própria realidade.
Tu és a constelação que guia meus sentimentos, a razão pela qual meu coração bate em compasso de paixão. No suave amanhecer, a luz do dia é emoldurada pela tua presença ao meu lado. É nos teus lábios que encontro o néctar da vida, após cada banho, renovando meu desejo de ti.
A cada aurora que compartilhamos, a imensidão do meu amor por ti se revela como as cores do céu em constante mutação. E ao olhar nos teus olhos, percebo que és o sonho que se eterniza, o amor que transcende todas as dimensões do tempo.
Eu te amo muito, és o fulgor que ilumina cada passo da minha jornada. Adormecer e despertar ao teu lado é viver em um poema do coração, onde cada palavra é entoada pelo amor que nos une. E assim, meu amor, eu te confesso com toda a minha alma: Eu te amo muitão.
PEREGRINAÇÃO
Ele...
Ontem, ao cair da noite
Saiu do mundo sem destino
Nem lua, só ele num afoite
Para beber tempos de menino.
Saltou caminhos, subiu montes
E relembrou visões fantasmagóricas
E sons de corujas a beber nas fontes
Das suas memórias pitagóricas.
Cansado, sentou-se numa pedra
Que teimosamente ali estava
Desde os tempos da sua medra
Como marco da sua vida brava.
Viu e chorou o casebre onde nasceu
E o espetro das casas das avós eternas
No vazio de já não ver o céu
Dos tempos de um ontem que morreu.
Meteu pernas de volta, mas não sozinho
Levava então com ele para casa
Naquele breve e longo caminho
Os lugares e rostos dos idos em brasa.
(Carlos de Castro, in Argoncilhe, 21-06-2022)
Ontem à noite, sob o céu estrelado,
Conheci um homem, num encontro encantado.
Pelo Tinder nos falamos e, enfim, nos vimos,
Foi um sonho realizado, um momento divino.
Seus cabelos castanhos com toques dourados,
Pele branca, sorriso suave, tão adorados.
Seu abraço foi caloroso, seu beijo, um desejo,
Olhar nos seus olhos, um sonho que revejo.
Ele é diferente, único e especial,
Nossas almas em sintonia, de forma natural.
Intenso e gentil, engraçado e inteligente,
Quero mais momentos, nosso amor está presente.
A noite passou, mas o desejo ficou,
Sonho com o próximo encontro, onde o amor continuou.
Na madrugada de ontem, despi-me e abri a porta de casa, seguido pelo portão. No silêncio da noite, caminhei pelas ruas e esquinas, sentindo o gosto da liberdade percorrer meu corpo, despido de qualquer vaidade ou sentimento que não fosse o puro prazer de sentir-me solto.
A brisa noturna tocava minha pele, e a escuridão acolhedora envolvia-me como um manto, proporcionando uma sensação de renovação e conexão profunda com o momento presente. Depois de vagar por algum tempo, voltei para casa, entrei, fui até o quarto, deitei-me na cama e adormeci.
Quando acordei, percebi que tudo não passara de um sonho, um sonho, um sonho.
Nereu Alves
Ontem a noite me peguei pensando em nós , subitamente suspirei " desespero ", já não consigo controlar e isso me sufoca ,são dias onde minha ansiedade me consome ,não consigo entender por que mergulhei tão fundo em águas rasas .
Meu coração padece por escolhas incertas , talvez não seja amor ,seja apenas desespero.
Por favor te suplico para me dar notícias , se não for pedir muito ,apenas diga que é insignificante o meu desejo de te desejar. (...)
Ontem de noite se ouviu
O estrondo do trovão
Anunciando ao sertão
Que o céu todo se abriu
Bastante chuva caiu
Adentrando a madrugada
E ao sinal da trovoada
O sertanejo agradece
O CARIRI AMANHECE
PISANDO EM TERRA MOLHADA
O céu está pálido, nem nublado, nem limpo, o ar está parado, nem frio, nem calor, ontem à noite choveu um pouco, o dia amanheceu estranho, triste, esquisito, a vida amanheceu de luto.
Houve um tempo em que as cadeiras enchiam as calçadas ao entardecer, e as pessoas donas dessas cadeiras ali se sentavam, não havia celular, a vida tinha outro ritmo.
Era ali, naquelas calçadas, naquelas rodinhas de amigos, que a vida se atualizava, ali se falava sobre tudo, quando o tudo valia alguma coisa, ali se lembrava de um tempo que todos tinham vivido no verdadeiro sentido da palavra viver.
Viver era se emocionar, lembrar os que se foram, os que estavam chegando, dos problemas que todos tínhamos, que todos temos; Bicho humano gosta de sentir saudades apesar de ela machucar, doer, e então as calçadas amanheceram vazias, tristes pela falta de alguém.
E agora? Aonde vamos com nossas cadeiras? Matar as saudades de um tempo que nunca mais vai voltar?
Sou saudosista, gosto de lágrima que brota e foge do olho, do nariz escorrendo, do nó na garganta, de ouvir histórias, de um tempo que não vivi e nunca viverei, a não ser pelas histórias.
Estou triste, Cidinha se foi, sem se despedir, foi mansa, em paz, vai deixar saudades, deixou saudades, Maria Aparecida Gomes Rodrigues, a Cidinha do "Zé Luiz"; Não sou um cara de rodinhas, de calçadas, de cadeiras, mas gosto e muito de falar, conversar, e com ela era bom, sempre tinha algo de bom pra dizer, sabia ouvir, sábia quando o assunto era vida, quando tinha um história para ser contada.
Conhecia o bairro, todos que por ali passaram, aprendi muito com ela; A vida foi fanfarrona com a gente, egoísta, levou Cidinha sem aviso prévio, de sopetão, e tudo ficou triste, ficamos tristes, o passado visitava constantemente a esquina da Saldanha Marinho com a Primeiro de Março, e agora naquela esquina tá faltando ela e a saudade dela está doendo em mim.
Como a vida leva à morte, a única certeza da vida, que sempre tentamos adiar e evitar, mas nunca conseguimos fugir, é fato, mas e se lá do outro lado existir vida?o outro lado está em festa, vão ter muito o que comemorar, relembrar, certamente desde ontem as nuvens estão cheias de cadeiras, e todos que antes sentavam aqui estão reunidos lá, e dentre eles Cidinha e terão muito o que falar, relembrar, e aqui a calçada ficou vazia.
Todo caminho leva a Roma, todo caminho levava até aquela esquina quando se precisava pôr o assunto em dia, dirão as más línguas que tá falando? Você nem ia lá!
E te respondo: É verdade, mas isso não torna aquela esquina menos importante, aquela amizade menos marcante.
Caraca! É foda envelhecer, ver todos indo embora e saber que nunca mais os verá, infelizmente é assim, todos um dia partiremos.
E o dia amanheceu estranho, parece que falta algo, creio que esta sensação seja sintoma do luto, da perda de alguém, e de repente as palavras começam fugir, saudades de algo, não sei o que, possivelmente a certeza de não ter mais ninguém para tirar aquela dúvida de como era tal coisa, ou onde alguém morava.
Cidinha se foi, vai em paz minha amiga,todos aqueles que você sentia falta estarão lá do outro lado de esperando, felizes, de braços abertos, te esperando.
Tomara que lá não tenha celular, mas tenha cadeira, morro de saudades do tempo das cadeiras nas calçadas, das crianças correndo nas ruas, das bolas furadas cheias de jornal, dos bons tempos idos que não voltam nunca mais.
Toda vez que sentir saudades do passado lembrarei, a partir de agora, das cadeiras nas calçadas e de todos que ali habitavam, lamento os celulares, se por um lado abriram as janelas para o mundo, por outro fecharam - nos cada qual no seu mundo.
As pessoas não se falam mais, se fecharam em seu mundinho,em sua telinha, ali o tempo passa mais rápido e quando vemos tudo acabou.
Continuamos nas cadeiras, mas elas saíram das calçadas, nos isolamos, ficamos mais tristes, mais ansiosos, menos solidários, menos próximos, não falamos mais do passado,nosso bom dia é robótico, automático, em grupo, com figurinha, florzinha, desejamos que seja um bom dia simplesmente por conveniência, por ser necessário dizer "bom dia".
Aquela cadeira, naquela esquina, agora vazias, vão deixar muitas saudades, não tem mais pra onde ir quando quiser jogar conversa fora, fofocar, tricotar, matar as saudades, ali a vida passava e parava, era impossível passar sem parar, era um pote de doce grátis que quem quisesse poderia se servir.
E amanhã doerá menos, mas não fará menos falta, e a vida seguirá, agora sem cadeiras nas calçadas, ou rodinha de bate-papo, pena, tudo se acomoda, gostando ou não, querendo ou não, é a vida, um Adeus infinito, onde a vida é hoje, agora, e o agora só dura um segundo.
Ontem
Um dia... A noite
Com fortes emoções
Coração em chamas
Destruído, literalmente
Porém,
De amor, gratidão
Pela beleza da vida
Relações
Lavou minha alma
Nutriu o meu ser
Conforto, mansidão
Paz profunda, no coração
São presentes vivos
Passados presentes
Que habitam, fazem morada
Em nossas células
E todas elas, ontem
Estavam em festa
E os olhos meus
De prontidão
Lhes deu um banho
Com o bálsamo
Da luz que contém
Em meu ser
G R A T I D Ã O
Temos que sentir
O nosso dom
Domdom
Oh, Glória
De novo, gratidão
Com.muita paz no coração
Amém!!!...
"Não Deixe Para Amanhã"
Ontem à noite, adormeci com a notícia da presença do Papa no Vaticano, abençoando milhares de fiéis durante o domingo de Páscoa. Um momento de fé, de esperança, de vida. Hoje, acordei com a notícia da sua morte. Assim, do dia para a noite, a vida me ensinou mais uma vez que o tempo não espera.
É fácil acreditar que temos sempre mais um dia. Que o amanhã será uma nova chance para dizer o que sentimos, abraçar quem amamos, pedir perdão, elogiar alguém, fazer aquela visita, dar um beijo, ou simplesmente dizer “eu te amo”. Mas a verdade é que o amanhã é só uma possibilidade. O agora é a única certeza.
Quantas palavras ficam guardadas, por orgulho ou distração? Quantas ações deixamos para depois, achando que sempre haverá tempo? A vida, em sua beleza e fragilidade, nos lembra que cada instante é um presente que precisa ser vivido com presença e intenção.
Não espere. Não adie o carinho, o gesto, o afeto. Diga o que sente, abrace com vontade, sorria com verdade. A vida pode mudar de um dia para o outro — e só o que permanece são as atitudes que tivemos coragem de tomar.
Porque o que deixamos para amanhã, pode nunca chegar. A hora é agora.
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