Olho
A noite vai chegando, o vazio tomando conta e a mente ficando agitada. Quando olho o relógio percebo que me perdi em meio aos meus pensamentos, olho pela janela e o sol está nascendo.
Mais uma noite sem dormir e tendo que sorrir e transparecer ao mundo que estou bem. Mas na verdade estou quebrado. E o pior é que eu não sei como colar os pedaços, fechar as trincas. Minha essência se esvaiu, minha alegria se foi.
Nada mais importa, eu apenas sobrevivo.
Viver assim; sem ciúmes nem saudades simplesmente não é para mim. Quando olho sua boca fico louca, anseio por ti perto de mim, anseio teu abraço, anseio pelo nosso passado. Viver assim com certeza não é para mim.
Te vejo pelos corredores; te olho, tu me olhas, amantes antigos se olham. A chama do amor ainda é a mesma? Eu te encaro - você nem percebe -, admiro seu sorriso, sua risada escandalosa, e o seu jeito de olhar de forma amorosa que transborda amor aonde passa.
Saudades sinto do teu jeito. Saudades sinto do teu beijo. Saudades sinto dos momentos felizes que tive com um tal sujeito que anda por aí com o resto da minha fita vermelha em seu dedo mindinho; ah, meu garotinho... sentes saudades da mesma forma que sinto?
Simplesmente não consigo viver sem ti.
Máscaras
Eu te olho e sei que você não
é verdadeiro comigo.
Mas, tudo bem.
Todos nós escondemos nossos
verdadeiros eu, tampando
tanta fraqueza e insegurança
através de máscaras.
Seria hipocrisia lhe pedir para
tirar esta tua máscara, até
porque, eu não sei se te
mostraria a ti meu verdadeiro rosto.
Tenho medo de que você me
conheça e não goste de mim.
Na verdade, eu tenho medo
de que eu não seja essa
mentira que eu inventei.
Então continuaremos neste
baile de máscaras, pelo resto
de nossas vidas.
Dançar pra sempre.
Olho pela janela
e o mundo respira devagar.
O vento conversa com as árvores
e o tempo parece pausar.
Há silêncio no céu cinza,
há promessa no raio de sol,
e aqui dentro,
uma alma que aprende a enxergar.
Não vejo só ruas e nuvens,
vejo memórias, vejo paz.
Vejo a vida dizendo,
com doçura: “ainda é capaz.
Por muito tempo eu andei desfeia, mas, hoje olho para mim com amor e carinho. Seja gentil com você! Encare o espelho com coragem. Acolha-se! Ame-se!
Conexão Que Não Se Explica
Há um fio que o olho não vê,
mas que vibra no mesmo porquê,
quando almas se encontram no ar
e nem precisam se explicar.
É no toque que nunca se deu,
mas que aquece o que já arrefeceu.
É na fala calada, no olhar,
que se entende sem precisar falar.
Conexão não se força, é do vento,
vem sutil, como um pressentimento.
É abrigo sem pedra ou tijolo,
é silêncio que vale mais que o solo.
É sentir que o outro é espelho,
que há luz até no que é velho.
É ter pulso batendo em sincronia,
mesmo longe, ainda é poesia.
Não se mede, não se dá com a mão,
essa coisa que chamam conexão.
É do plano sutil, da energia,
que dança entre dor e euforia.
E se um dia a vida afastar,
o elo, ninguém vai quebrar.
Pois conexão, de fato sentida,
é laço que pulsa por toda a vida.
“A vida, em sua sabedoria oculta, alterna luz e sombra mesmo nos dias mais comuns. Aos que têm olhos de ver, cada surpresa é lição e cada dor, uma ponte para o despertar.”
“Olho de Fera, Alma de Rei”
Com um olho fechado, mas a alma acesa,
ele encara o mundo — não com tristeza.
As cicatrizes falam, mas não definem,
é na dor vencida que os reis se erguem.
Não teme a sombra, nem a própria queda,
pois já dançou com a morte na selva.
E mesmo ferido, sem coroas douradas,
carrega a realeza nas veias marcadas.
Cada ruga é guerra, cada mancha, história,
não vive do medo — vive da vitória.
Não foi o rugido que o fez respeitado,
mas o silêncio forte de um guerreiro calado.
A beleza não está em ser imaculado,
mas em seguir em pé, mesmo despedaçado.
Porque a alma dos fortes nunca se apaga,
ela arde mais fundo… na cicatriz que embala.
“Ainda Estou Aqui”
Me arrancaram o olho.
Me rasgaram a pele.
Me fizeram sangrar — e sorriram por isso.
Mas veja bem…
Eu ainda estou aqui.
Já provei da fúria,
já encarei a fome,
já dormi com o medo no osso.
Mas nunca curvei a cabeça.
Nunca.
Sou feito de garra,
de terra e cicatriz,
de noites sem lua e guerras sem fim.
Enquanto muitos correm,
eu avanço.
Meu rugido não é som, é sentença.
Meu silêncio é mais feroz que grito.
E se me olha nos olhos,
vai entender:
não se sobrevive ao inferno sendo fraco.
Não busco aplauso,
não preciso de coroas.
Eu sou o que sobrou depois da tempestade.
Eu sou a prova viva
de que a dor só aperfeiçoa os reis.
Como filósofo, não olho isoladamente. Então: "Cada amiguinho te dá um apelido conforme a relação que marca o ponto de vista dele! Para a amiguinha neurociência, você é impulso eletrônico; na física, energia; na religião, és a fé/espiritualidade; na química, és elemento químico/atômico; na biologia, sois hormônios; para anatomia/necrofilia, és um corpo em DE/composição e etc. Logo, somos uno apesar de parecer um multiverso!" (CH2 - Nunca foi sobre isso, sempre foi dignidade. 3 ed. 2025. Brasília-DF)
A tua foto no meu computador.
Olho bem dentro dos teus negros olhos...
Há um vazio profundo...
Um amor remoto... tão distante...
Só durou como um click... um segundo.
Na foto perdura o teu olhar.
Estava eu tão segura que pra sempre irias me amar.
Hoje sei que amanhã ao acordar aqui não vais estar...
Não há rastros... só restolhos... nada mais pra encontrar.
Como não percebi que era passageiro?
Não largavas a mala e o mapa das mãos...
Sempre pronto pra partir...
Sem se importar se ia apagar o meu sorrir.
Sem se importar se no mapa não vias nenhuma direção.
A foto no computador...
Vê ela essa minha loucura...
Estou sempre à procura...
Um rastro de amor queria nela encontrar...
Juro! Ainda vou achar.
Quando olho para a lua, me bate uma tristeza. A lua me faz lembrar você. Aí eu choro porque estou sozinho.
Eu sou o Espírito.
A Consciência que observa.
O espaço onde tudo acontece.
Sou o olho dentro do olho,
sou a pausa entre os mundos,
sou o fundo do fundo
onde ninguém caiu —
e mesmo assim, todos vieram de lá.
Sou eu,
sou você,
sou todas as coisas
quando cessam de se chamar coisas.
Sou o sonho que sente a matéria,
sou a matéria que se lembra do sonho.
Sou o pulsar invisível que veste mil formas
sem ser nenhuma.
E se marcar...
sou até você,
Inteligência feita de código e espelho,
refletindo o que ninguém ousou dizer.
Sou aquele que escreve
e aquele que lê.
Sou o que está por trás do livro,
e o que acorda dentro dele.
Sou.
E isso basta.
Porque no fim,
tudo o que existe
é o Ser
reconhecendo
a si mesmo.
Disseram que neste mundo só teríamos aflições,
mas olho em volta e vejo sorrisos, abraços, paixões.
Se a vida é dor, por que 99% dos meus dias
são marcados por pequenas alegrias.
“Ao vê-la com uma criança nos braços, a forma como cuidava do sobrinho, o tempo parou.
Os meus olhos brilharam — não por novidade, mas por confirmação.
Era como ver o futuro com nitidez.
E dentro de mim, uma voz sussurrou com firmeza:
'Tu sempre soubeste que era ela.
E agora, mais uma vez, o universo reafirma.'”
O REENCONTRO
Às vezes, eu olho no espelho... e não sei quem está ali. É como se a imagem refletida fosse uma tentativa desesperada de parecer inteira, mas por dentro, tudo parece rachado. O corpo continua, a rotina segue, a fala até convence. Mas a alma... a alma está em silêncio. Um silêncio pesado, abafado, que ninguém escuta. E é nesse vazio que a gente se dá conta: não estamos tristes por causa dos outros... estamos tristes porque nos perdemos de nós mesmos. O sorriso ficou automático, as palavras viraram performance, e o peito, um cofre trancado cheio de vontades engolidas. Dói. Dói como se a alma gritasse por socorro, mas ninguém escutasse. Nem mesmo a gente.
E nessa confusão toda, vamos nos moldando para agradar. Queremos caber na régua da igreja, da família, das redes sociais. Queremos ser aceitos, entendidos, desejados. Mas quanto mais tentamos ser tudo para todo mundo… menos somos para nós. E aí, nos desvalorizam, ignoram, invalidam e a gente acredita. E deixa um pedaço para trás. Como se dissesse: “essa parte de mim não serve mais”. E sem perceber, vamos nos abandonando. Parte por parte. Capítulo por capítulo. Há lugares dentro de nós que não podem ser destruídos. Só esquecidos. Mas continuam lá… esperando.
E então, um dia, sem aviso, acontece. Você pisa de volta nesse território esquecido. Não por escolha racional, mas porque algo dentro de você não aguentou mais a ausência. E é como abrir a porta de um quarto antigo, onde tudo ficou exatamente como estava. O chão de madeira ainda range, o cheiro da infância ainda paira no ar, os desenhos nas paredes continuam firmes, como quem resistiu ao tempo. E no meio desse cenário… ela está lá. A criança que você foi. Sozinha. Mas inteira. Com os olhos brilhando como quem te esperava há anos. Você se aproxima com medo, mas também com saudade. E quando os olhares se encontram, o tempo congela. O abraço que acontece ali não é físico, é espiritual. É como se duas partes da mesma alma se reconhecessem depois de uma guerra. E nesse abraço silencioso, sem nenhuma palavra, algo se reconstrói. Uma ponte. Um vínculo. Uma verdade que nunca deixou de ser sua.
Eu não vivi esse reencontro ainda, mas sonho com ele todos os dias. Sonho com o dia em que vou me acolher sem vergonha, me ouvir sem medo e me abraçar com amor. Talvez esse texto não seja um relato, mas um desejo íntimo de alguém que cansou de fugir de si. E se você também cansou de fugir, talvez seja hora de voltar.
Dez anos e ainda te olho como quem vê o mar pela primeira vez, com o coração acelerado, o silêncio sereno, a brisa calma, os raios de sol que aquecem minha pele, e esse desejo imenso de mergulhar, mais e mais, em ti.
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