Ocaso
" Tenha o ocaso em uma das mãos e o sol na outra. Junte as duas e deixe que brote vida no seu coração."
Ocaso
Vem chegando a fria brisa.
Do inverno, árvores desnudas
Paisagens grisalhas
Da caminhada da vida
No recolher, missão cumprida!
Desfrutei cada segundo
Das maravilhas do mundo
Na essência do meu ser
Vivi intensamente cada primavera
Adornada de flores e amores!
Celebração da vida em flor
Deliciei- me nas coisas mundanas
Porque metade de mim é pagã
Na retina fica gravada a imagem
Do meu último sorriso...
Não levo nada na bagagem!
Apenas o amor que dei e recebi.
Os momentos de carinho
Que partilhei com a família e amigos
Esses, levo no coração.
O meu legado são meus escritos.
Páginas amareladas da minha história!
E, num último ocaso da vida
Assistirei à beleza do por do sol!
Que descansa nos braços do mar.
Também eu repousarei…num último olhar.
Abro as minhas asas no silêncio da partida.
Chega a dama da noite com o seu
longo manto escuro, corpo esquálido
Senta-se ao piano, com as suas longas mãos.
Toca brilhantemente a última sinfonia.
Mergulho no silêncio da noite escura.
No vazio do nada, a derradeira cerimónia
Rasgo alguns sonhos,
mas, não os enterro,
deixo os pedaços ,
porque se o acaso
num ocaso qualquer ,
apontar em esperança ,
poderei refazê-los
no giro
do girassol
sou um ocaso
nos teus cabelos
no passo
do passatempo
sou um acaso
no teu sorriso
no beijo
do beija-flor
sou mais que um caso
na tua boca
Não fique à mercê de pensamentos sombrios
Olhe por cima do muro
O ocaso devora o horizonte
Mas a certeza da manhã nos espera...
Não fique à mercê de pensamentos sombrios
Pois tem uma mão acariciando seu rosto
E uma mente focada na verdade divina
Orando vigorosamente por ti
Não fique à mercê de pensamentos sombrios
Pois mesmo na ausência da luz
Existe a lembrança da aurora
E a certeza que a noite terminará
Não fique à mercê de pensamentos sombrios
Pois pensamentos são pensamentos
E você é a realidade nascida
É vitória...
É perfeição...
É minha filha muito amada...
Não fique à mercê de pensamentos sombrios
Pois é a chama purificadora de Deus
Dando sentido ao mundo
a simplicidade me cativou
e a flor brotou do ocaso
o acaso é importante
e nesse caso não se cria caso!
Ocaso
No fim da tarde,
Sob a luz amarela do sol,
Os pequenos pássaros pulavam
Pelos galhos.
Ao fundo, as margens barrentas do rio
Alimentavam as massas verdes e,
Ainda mais ao fundo,
A cítara e a tabla
Contavam uma história
Que não tem fim.
O ocaso no mundo
Dormi profundamente e a noite caiu sobre a Terra. No sono, tive lapsos em que os homens viam chuvas de meteoros e trovoadas, se ouviam uivos e choros enquanto eu me revolvia na cama. E quando eu me acordei, a aurora surgiu com o meu despertar.
Para fechar o dia com chave de ouro é necessário garimpar da aurora ao ocaso. Não há achado com peneira parada.
Poema do Recomeço
No ocaso do nosso entrelaçar,
Despontam sombras no horizonte do amar.
Desvelamos adeuses, tecendo a despedida,
Mas nas cinzas do ontem, pulsa nova vida.
No crepúsculo das promessas não ditas,
Desprendo-me de mágoas, antigas feridas.
Palimpsesto da alma, recolho fragmentos,
Esculpo a esperança em novos ventos.
Desatamos os nós, soltamos amarras,
Palavras raras, como pérolas, semeiam as parcas.
Na penumbra do fim, busco o inédito,
Quero o novo, o inexplorado, o mágico.
Em cada lágrima, um cristal dissolvido,
Resetando a trama, que foi tecida.
Esquinas do coração agora redefinidas,
Entre-laces novos, promessas coloridas.
Nas veredas do reencontro, raro e sutil,
Encontro-me, reinvento-me, em busca do febril.
Na alcova do futuro, danço a dança da aurora,
Embalado pela melodia de uma paixão que aflora.
- Espinhos e flores -
Te quero rosa celestial,
Margarida vital,
Do ocaso irreal.
Amo-te puro lírio,
Essência de meu delírio,
Espinho do meu martírio.
Por que poeta,
Por esta flor te encantastes,
Não sabes que com espinhos,
Ela pode perfurar-te.
"Por cada instante serei grato,
de tal modo e sempre tanto,
que ao ocaso,
ao fim e ao cabo,
permaneçam só o olhar,
o abraço,
e todo encanto."
Reflexões sobre o ocaso I
Vestiram-me um paletó preto,
Calçaram-me um belo sapato.
Senti-me importante.
Era a primeira vez
Que calçava sapatos.
Quando precisei, não os tinha.
E para onde irei
Não precisarei usá-los.
Reflexões sobre o ocaso II
O que me espera ao final da caminhada?
Os aplausos acompanharão o meu cortejo
Ou será a alegria dos inimigos com suas vaias?
Os meus inimigos saberão o sabor
Do meu sangue e das minhas carnes?
Haverá choro na despedida?
Haverá ao menos uma flor para suavizar a partida?
Quem fará o meu epitáfio?
Haverá prazer ou dor ao fazê-lo?
E os anjos dirão ‘Amém’?
Reflexões sobre o ocaso III
O que dirão os futuros vermes
Que hão de comer minha matéria?
O que dirão a respeito do que lhes espera?
Ficarão satisfeitos com tanta podridão?
Eu estou longe de ser imaculado.
Reflexões sobre o ocaso IV
O que me sobra
Ao fim da caminhada?
Um punhado de terra
E ser comida de bactérias.
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