Óbvio
Às vezes você ganha, às vezes você perde. Eu não quero ser filosófico agora, só afirmei o óbvio.
(Harry Flynn)
Algumas pessoas possuem aspectos tão lindos, que nos motivam.
Não pelo o óbvio, algo tão subtil e particular, que às vezes nem elas mesmas reconhecem.
É óbvio:
Você pode descobrir algo que ainda ninguém descobriu.
Você pode dizer algo que ainda ninguém disse.
Você pode fazer algo que ninguém fez.
Você pode pensar algo que ninguém pensou.
Na complexidade do óbvio reside um enigma,
Onde apenas dúvidas, não razões, são extraídas.
Palavras venenosas pairam acima das presas das serpentes,
E lamentáveis são as falsas testemunhas que,
Da boca dos autoproclamados filhos do Criador, brotam.
Condenados estão por suas mentiras.
Por meio de seus olhos, anseiam pelo abominável,
Indago ao Criador, meu Mestre,
Por que esses pensamentos recaem sobre minha pessoa?
Sua resposta, um silêncio elucidador,
E a voz Dele me diz:
"Não te fiz juiz, há tempos passados, tal papel era teu.
Agora, manifesta minhas obras como eu o fiz."
Esse entendimento me conduz à missão de resgatar alguém,
Mas quem seria o destinatário de minha compaixão?
Meu algoz, percebo, fui eu mesmo,
Ao ignorar o Senhor em meu caminhar solitário.
No momento oportuno, questiono meu Mestre:
Irei estender a mão àqueles que jamais me deram?
Não foste Tu quem me libertou da solidão profunda?
A resposta do Mestre ecoa com clareza:
Um bom samaritano não é aquele cujas obras atingem
Aqueles que lhe causaram feridas.
Os frutos de tuas ações devem ser destinados
Àqueles imersos nas trevas, não são teus inimigos.
No entanto, teu coração é humano,
Prepara teu sentimento para se fortalecer,
E assim, em mim, encontrarás a paz.
Essa paz não veio para semear a verdade,
Mas sim do resultado de tuas ações surgirá o arrependimento.
Atribuo a ti a minha marca, ó mensageiro,
Eu sou a mensagem a ser propagada.
O Espírito te guiará, e por ele todas as manifestações serão executadas.
Contemplo tua pequenez, que se revela grandiosa em meus olhos,
Enquanto o mundo te enxerga diminuto.
No desfecho, o Mestre persiste em revelar,
Que meu eu não deve ser meu foco principal,
Mas sim, os anais dos sentimentos passados.
Perante um amor imensurável, rendo-me,
Pois Seu molde esculpe e nutre meu ser,
Desprendido das amarras que me aprisionam.
Após tal reflexão, desvendo com clareza
O verdadeiro renascer em Cristo,
Pois, se o velho homem pereceu, que sombra ou ressentimento
Poderia ainda abraçar o novo ser que me tornei?
Se o único próximo que habita em mim é minha própria consciência,
Este pensamento ecoa, lembrete e espinho em minha carne,
Aguardando o desdobrar de um enigma,
Cuja resposta repousa além dos véus do tempo,
Onde o final se desfaz em novos começos.
ALÉM DO ÓBVIO
Não me contenho com as verdades pré-estabelecidas nesse mundo; minha alma chama distante, meu espírito busca na saudade, o portal para casa.
A verdade que carrego, expande-se além do plano material, além da baixa gravidade, além das estrelas que mesmo, distantes, ainda permeiam sua luz fina e elegante na terra.
Somos constelações em outro universo, somos o amor universal, somos o brilho que outrora se esvanecia com o tempo.Na morte te encontro e no vento estou presente; teu choro inocente marca a entrada de uma alma que anseia sua casa; teu choro colhido da respiração e também da chegada do oxigênio, é o marco da tua perca de consciência, e da ressignificação da tua memória, para que tão somente o mundo brilhe ainda mais, seguida na luz da estrela que te guia.
Sou o acaso, e tu és obra do acaso. Em ti, estou, pois, de ti, desenhei todos os traços, enquanto chorava a disposição que teve ao se entregar nesse mundo cruel — que ainda carrega o amor nas entrelinhas — as entrelinhas criadas pelas minhas lágrimas, perante a criação das tuas linhas.
Não é sempre que estamos no nosso melhor dia, o que é óbvio, faz parte da vulnerabilidade humana, quando a alegria é mais discreta, a aparência não está bem apresentável, um certo desânimo se apresenta, um problema íntimo é externado, um pensamento negativo que tormenta, um sentimento que muito desagradável.
Mas não chega a ser algo que tire a nossa relevância e ainda podemos usá-lo como um forte incentivo para valorizarmos os nossos melhores momentos, percebfendo os muitos motivos de gratidão, de regozijo, usufruindo de forma sensata o nosso valioso tempo, os raros instantes de equilíbrio.
E durante os inevitáveis dias árduos, se mantivermos a luz da nossa fé no Senhor acesa, podemos ser tal como um girassol, que mesmo estando com suas lindas pétalas com pouco vigor, mantém a sua resplandecência com a sua atenção voltada para o que faz bem e revigora a sua natureza.
Havendo um olhar bastante atencioso que transcende sabiamente o limite do óbvio, penso que será possível ao menos vislumbrar um mundo vívido e majestoso, que abraça o lúdico e o realismo, proporcionando um efeito mágico que transforma através do que é visto e também do ativo imaginário.
O véu da racionalidade é rompido
assim como a da obviedade, isso de uma maneira sábia, oportuna, considerando que a realidade continua relevante, não pode ser abandonada, tratam-se de outras formas de perceber a intrínseca veracidade, às vezes, imaginada, daquilo que se pode ver.
Percepção ampliada que permite ler nas entrelinhas das páginas de um livro, até mesmo numa simples poesia, quiçá, em algumas atitudes, os sentimentos contidos na beleza de uma arte, a euforia representada em uma música, a vida presente na simplicidade, uma distinta captura.
Manhã serena e grata
com a Peroba-Rosa
em plena em florada,
É óbvio que quando
percebo algum movimento
seu na minha direção
fico com doce palpitação:
é porque o seu amor
me põe em total levitação.
Um óbvio que deve ser dito sempre:
Ninguém tá nem aí pra você!
- Nossa vai me ver vencer, sim!
- Vence sozinho! Ninguém liga para a sua vitória. Vai lá e vence quietinho, na sua.
- Quem me viu cair, vai me ver levantar!
- Ninguém nem te viu cair. Todo mundo está cuidando dos seus “corres”, das suas vidas.
- Ah todo mundo está falando mal de mim.
- Quem é todo mundo? Que todo mundo é esse? Esse todo mundo não existe, está somente no seu imaginário e você não se dá conta. É você que está criando.
- Está todo mundo com inveja!
- Inveja de que? Preste atenção!
As pessoas estão para si próprias. O que fulano, ciclano ou beltrano está fazendo ninguém se importa por muito tempo. Às vezes mostra um breve interesse por causa de algumas regras sociais. Enfim, cada um está interessado em viver a própria vida da melhor forma.
Depois dos trinta é tudo muito óbvio e minimalista. Não queremos muito, além das nossas coisinhas, os lugares que nos sentimos seguros e os seres que nos tratam e querem bem em reciprocidade.
Quem optou por enunciar o inquestionável é, além de óbvio, desnecessário e inútil, também e acima de tudo covarde.
O patriotismo resulta de uma manipulação demagógica.
Ninguém é mais corajoso do que aquele que diz verdades indigestas a uma multidão empanturrada de amor-próprio.
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