O Tempo e a Pressa
Eu achava coisas que eu não acho mais
Cabia em roupas, sentimentos que já não me servem mais
O tempo corria e eu me sentia sempre um passo atrás
Na pressa, em busca do que me traria paz
Preencher vazios, tornar sonhos reais
Mas o medo é, sim, meu inimigo de outros carnavais
E ela segue encantando
Deixando pelos cantos
Hematomas
De palavras
De laços desfeitos
Que lhe emendaram
Uma força tremenda no peito
E tantos goles
Um copo
Seu corpo
Sua liberdade é ouro
Madura
Sai pela rua
É tão desprecavida do tempo
Se entrelaça com o vento
Sem pressa
Sempre a espera
Do seu sorriso
Da sua mania de ser esconderijo
E se perde
Para se encontrar
No seu próprio
Amor
Vestígios!
Enquanto possível respirar,
E houver ainda dia após dia,
Se ocupa Ela em maestrar
Das maravilhas, a sinfonia.
Tudo há de transpassar,
Dentro Dela assim o falo,
O mais longo intervalo
Entre choro e despensar.
Nas mãos do tempo perdura
Pressa em mandá-La embora,
Ou devanesceriam, em nada.
De padecer, é então hora
Sob Sua efêmera jornada.
O fim da minha loucura.
Acho que o tempo é espalhado muito fino em cima do mundo todo, feito manteiga, nas ruas e nas casas e nas pracinhas e nas lojas, por isso só tem um tiquinho de tempo espalhado em cada lugar, e aí todo mundo tem que correr pro pedaço seguinte.
Luzes vermelhas se afastam
E luzes amarelas se aproximam
São brancas ou amarelas?
Nem sei ao certo mais
Graças a esse frenesi
De conter a si mesmo, incapaz
E pestanejo, de súbito
Em sono profundo imergindo
Perdido em um deserto (quão lindo!)
Onde a areia é cinza e compacta
Um deserto de luzes e muita fumaça
Tudo é quadrado, tudo é medido
E ainda assim não há harmonia
Tudo é nocivo aos meus sentidos
Um mundo retorna, outrora ia
Aonde ia, se agora volta?
E amanhã novamente irão
Em busca do quê, pelo bem de quem?
Como gado, assim, anda essa multidão
Os cérebros de cada são agora um para todos
Rememos, pr'onde o voga ditar a chegada
Se é que chegada há
Se não enlouquecermos durante a empreitada
Me recuso, entretanto, a mover passivamente
Um remo longo, pesado e egoísta
Que vale mais que a própria gente
Pobres zumbis, sem alma e intelecto
Platão, tire-os da caverna
Creio eu que para a vida eterna
Eu possa ainda espera-los aqui em cima
O tempo se parece com as borboletas. Cada vez mais raro, passa voando e, quando passa, poucos param para apreciar seu encanto.
Se te prendes ao presente das coisas cotidianas
Te iludes,te enganas
Nesta falta de projeto
Chega a ser um retrocesso,
Não pensar no futuro.
Desse abismo escuro de inautenticidade,
Te arranco quando mostro a fatal realidade.
Só há vida porque há morte.
Parece devaneio, mas te mostro sem receio que caminhas para lá.
E sendo lá destino certo
Um ser para a morte nasce
E antes do desenlace
Agita-se, caminha, corre
O tempo já escorre por entre os dedos das mãos.
Tomando de mim ciência,
Não pereces na inércia,
Pois a morte te apressa a uma atitude tomar.
Diga aqui, pense o futuro
Jamais fique no escuro de uma vida a contemplar.
Não devemos nos apressar para tudo, a vida já anda muito corrida. Vivemos torcendo para chegar logo o final de semana, a data de pagamento, o dia do aniversário.... Dessa forma passam-se os dias, as semanas.... Correm-se os anos, finda-se a vida.
Viva cada dia, cada momento, aprecie cada detalhe! A vida é o bem mais precioso que Deus nos deu.
Queremos que as coisas aconteçam logo com a gente, mas não tem jeito. Tem que esperar o tempo certo de tudo.
Pela pressa ser inimiga da perfeição é que uma mentira, mesmo que dure um bom tempo, jamais é perfeita. Pois a consciência, que é uma virtude, logo se incomoda com a mentira e trata de mostrá-la, através do seu peso, e busca por todos os meios corrigí-la, consertá-la.
Dual
É tempo de pressa.
É tempo de dor.
-Dá-me a chave,
ah, dá-me a chave
de ti,
que nas soleiras te decifro.
Inconclusa
te necessito
para ódio ou para o amor
que já me fui
e tanto
em ti
que já não sei
se Sou ou És:
se falas
ouço a minha voz
se te estranho
a mim repilo
e não sei se te amando
é a mim que amo.
Temo, pois, que
morrendo a ti desfaça
e se te perco,
onde a minha face?
Vida que passa depressa
Amor que o tempo acaba
Tempo que passa depressa
A pressa de quem se gaba
De uma vida as avessa s
Ame, ria de si mesmo, respire, relaxe e deixe o tempo passar, só tenha pressa para ser feliz. o amanhã é incerto o hoje e real, liberte-se das magoas e cante aos quatro cantos o perdão e perceba que sua alma enche de gratidão.
Decifra me no tempo
Não há pressa neste lugar
Dos encantos mais secretos onde a alma canta o que não se pode esperar
Corre os dedos sobre a pele e os desafios do seu corpo, como não se encantar.
Alma tua, canta a lua, vigia a noite sob o luar
Relógio para, sussurro fala, todas as línguas que não se pode decifrar.
Fala, cala, grita ao mar, sonho sonhado, brisa do mar.
Nada de pressa, nada de correria.
O tempo corre de acordo natural.
O que faço de bom, vou ter retorno no futuro talvez longo.
Plantamos hoje;
Mas colhemos num amanhã distante.
O mais espantoso nos velhos é a sua falta de pressa, como se eles dispusessem de todo o tempo que teriam os moços se não tivessem tanta pressa.
Tempo, aonde vai
Com tanta pressa?
E essas pessoas
Que com você leva?
E os sonhos?
E a beleza?
E tudo?
Tempo,
me disseram que
você curava tudo!
Onde estão meus amigos?
E meu futuro
Prometido?
E meu corpo
Esculpido?
Porque levaste contigo?
E meus poemas
nunca lidos,
Meus passos
Sempre perdidos?
Não há placas,
Nem direção...
Não há como te dar a mão.
Vai embora tempo,
Tudo é vão.
É
Vontade é não morrer
Desejo é amar
Pressa é não chegar
Preguiça é trabalhar
Tempo é inovar
Trilha é desviar
Velho é reciclar
Vento é navegar
Conhecer é renascer
Partilhar é cooperar
Amizade é confiar
Surpresa é desafiar
Sono é sonhar
Acordar é realizar
Tentar é persistir
Conseguir é acreditar
Bernardo Almeida
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