O Poeta e o Passarinho
Sabe aquele eterno Manoel de Barros, poeta, passarinho, iluminado pela beleza dos avessos, arquiteto das cores, arteiro das figuras de linguagem, onde a companhia de seus livros é uma viagem, pois então ele tinha razão naquela expressão: “a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes. Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante. E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eiffel. (veja que só um dente de macaco!) Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building. (...)” E tem também aquele princepezinho, do autor francês Saint-Exupéry, onde o sábio pequenino passou a dedicaste a tua rosa e foi o tempo que a fez tão importante. “Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). “ Um dia você descobre que tudo que era considerável para si mesmo importante, na verdade nunca foi. Um dia você aprende que tudo na vida acontece com um propósito, pode ser que seja do céu, e não há o que se possa fazer para modificar as razões ou circunstâncias. Um dia você acorda e não vê mais o sol,as nuvens da mesma maneira, mas com um brilho mais intenso. Um dia você aprende que não se pode pular os obstáculos que a vida coloca em seu caminho, mas descobre que pode superá-los. Um dia você percebe que ninguém é igual a ninguém e que você não possui o poder de mudar as pessoas.Um dia a luz que você achava importante e fundamental ganha um sentido diferente da física que a relaciona como radiação eletromagnética, e então você descobre que não era a luz que te guiava, mas as escolhas que você fazia. E então depois desse dia você entende que tudo é efêmero. Temporário. Transitivo. E nós nunca somos, sempre estamos!
TEU CORPO
O teu corpo muda
Independente de ti
não te pergunta
se deve engordar.
É um ser estranho
que tem o teu rosto
ri em teu riso
e goza com teu sexo.
Lhe dás de comer
e ele fica quieto.
Penteias-lhe os cabelos
como se fossem teus.
Num relance, achas
que apenas estás
nesse corpo.
Mas como, se nele
nasceste e sem ele
não és?
Ao que tudo indica
tu és esse corpo
-que a cada dia
mais difere de ti.
E até já tens medo
De olhar no espelho:
Lento como nuvem
o rosto que eras
vai virando outro.
E a erupção no queixo?
Vai sumir? Alastrar-se
feito impingem, câncer?
Poderás detê-la
com Dermobenzol?
Ou terás que chamar
o corpo de bombeiros?
Tocas o joelho:
Tu és esse osso.
Olhas a mão.
A forma sentada
de bruços na mesa
és tu.
Mas quem morre?
Quem diz ao teu corpo – morre –
quem diz a ele – envelhece –
se não o desejas,
se queres continuar vivo e jovem
por infinitas manhãs?
Namorar
Que fascínio é namorar!
Andar abraçadinhos a passear,
Beijar na boca, se acariciar,
Agradar, só por agradar.
O namoro é a maga fase
Da puberdade da relação,
É quando palmilhamos a nossa
Mais íntima e intrínseca descoberta.
É o sentimento do firmamento,
A formação da convicção
De que somos um par, ou não.
Em verdade, a corte é o tempo
E o templo da contemplação.
É o coração de porta aberta,
Como semideus da adoração,
Enfim, é a prefação da paixão
O namoro é ainda, a câmara
Que ensaia o romantismo,
Que nos checa o proceder,
Que nos revela um ao outro,
Que mostra como vamos ser:
Como vamos nos portar e
Importar com aquela a quem
Vamos amar.
O ideal seria noivar sem perder o cativar, E casar sem perder o entusiasmar
O namoro não devia, jamais terminar.
O noivar, seria o namoro maduro,
O casar, o namoro eterno
As bodas de prata e as de ouro,
Seriam apenas, aniversários do namorar!
Distintos e Separados
Tentei focalizar meus pensamentos, porém todos me conduziam a você. Eram caminhos tão tortuosos que pessoas humanas jamais reconheceriam. Éramos de outros povos, outras línguas, outra nação, apenas eu e você, tudo girava em nós dois. Meu mundo esquizofrênico se rendia ao seu, como em um quebra cabeça todas as pessoas se encaixavam, como previsto me vi ao seu lado. O amor nos faz ver aquilo que queremos e não a própria realidade. Enganei-me ao pensar que meu desejo era real e te ter não era mais que um capricho ou uma satisfação própria, queria mais do que nunca me convencer de que estava errada, porém o jogo conspirava contra mim, nada parecia que voltava a combinar como antes, como se a mágica que tínhamos tivesse se perdido e imediatamente tivesses caído em lados opostos, em planetas diferentes, um em cada galáxia, longes, distantes, sozinhos. Rápido como no começo acordei e vi que tudo era minha imaginação e que o real doía mais do que tudo que havia sentido, o desejo insaciável de viver nos sonhos com você não foi realizado, quem sabe um dia em outro lugar pudéssemos nos encaixar novamente e sermos mais uma vez um só?
A beleza no dia-a-dia
Acho bonito o jeito como duas pessoas se apaixonam, a intensidade que aquele momento pode trazer pra ambas, o carinho e o amor que visualizados em cada rosto trás uma felicidade passageira até para quem não esta vivenciando. Mas quando tudo se acaba e o para sempre se rompe vem a dor e ela nos mostra que o eterno esta nos sonhos e que o que vale mesmo apena é o hoje. Portanto guarde seu amor, seja ele quem for. Nunca se esqueça de cultivar aquilo que realmente vale à pena, e guardar aquilo que sempre realmente importou não meda esforços para estar ao lado da pessoa que ama e se a saudade bater e não tiver meios para chamá-la lembre-se de cada momento feliz que já passou ao lado dela. O para sempre esta na mente de cada um lembre-se do seu e seja feliz!
O que seria do poeta sem suas poesias
O que seria dos apaixonados sem amor
O que seria do fiel sem a fidelidade
O que seria do futuro sem o presente
O que seria dos oceanos sem suas aguas
O que seria da lua semo sol
O que seria do amor sem a paixão
O que seria d emim sem você
O quanto eu sofreria se te perder
Jamais me perdoaria por te perder
Não sei sei o que eu faço sem você
Mediga o que eu faço para não te perder
Você precisa saber o quanto eu amo você.
Quando já não havia outra tinta no mundo o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente.
Disse um poeta um dia que a vida e a arte dos encontros embora ajam tantos desencontros pela vida...
Eu mim encontrei em meus desencontros e te encontrei em teus desencontros... Mas nada e por acaso nada e sem razão e no tempo certo fomos libertos da cadeia da solidão.
Hoje somos livres libertos pelo amor que nos unem desde um sim ate o fim...
Motivado pela simplicidade, o poeta já dizia que simplicidade é querer uma coisa só, e que solução para vida é quando temos a coragem de dizer: "eu queria o simplesmente". É ser capaz de reconhecer o único e necessário bem que pertencemos. Geralmente quem quer muita coisa não quer nada, geralmente quem diz que ama muitas pessoas não ama ninguém. Por isso o discurso da simplicidade é um caminho seguro, muitas vezes queremos muitas coisas e no ato de querer o muito acabamos nos desprendendo de nós mesmos, porque querer muito é esquecer quem somos. Eu sou a simplicidade, uma estrutura que depende de um único querer. No momento que nos preocupamos daquilo que é único, a vida segue com sabedoria, é o mesmo que querer escrever mil cartas ao mesmo tempo, você não tem condições de transcrever várias cartas, como não é possível percorrer mil quilômetros se a gente não der o primeiro passo. É tão fácil dizer que a vida e complicada demais, a vida não é complicada, a gente que complica no momento em que queremos muito. Talvez hoje o pior erro tenha sido querer cuidar de todos e acabou não cuidando de ninguém, porque no momento em que a gente multiplica o nosso querer, a gente perde a capacidade de dividir, e às vezes o que a vida pede de nós é a simplicidade. Não tem muito o que fazer, o que buscar, e descobrimos isso no momento em que a morte encosta em nós, alguém está morrendo perto de nós, ou a gente está morrendo.
A gente descobre que aquilo que fazíamos antes a gente já não pode mais fazer, não temos mais forças para fazer o que fazíamos antes, quando se é criança chora-se de fome, ou de sede, é a vida simples acontecendo, e quando vamos crescendo vamos multiplicando nossas necessidades e deixamos de reconhecer o que é importante agora, e aí precisamos descobrir uma forma sem esbarrar na morte, de todos os dias ser capaz da simplicidade que hoje precisa viver, aprendendo isso hoje pode-se corrigir a vida. O que você precisa fazer hoje para que se possa descobrir o valor de uma vida simples? Simplicidade é querer uma coisa só, quando alguém esta morrendo ao nosso lado a gente cancela a agenda da gente, deixa tudo de lado, não há compromisso que não possa ser cancelado, porque o essencial é estar ao lado de quem amamos. Que esse aprendizado chegue a nos antes que pessoas precisem morrem para nos conscientizarmos. Sabedoria é estar ao lado, ser simples, e não se perder em muitos quereres.
Na madrugada todo mundo vira poeta, as coisas funcionam de forma diferente porque é nessa hora que as coisas começam a perder a forma.
Queria ser poeta
mas eu não consigo ser
porque todos escrevem poemas e poesias
mas eu não paro de pensar em você.
Disse um poeta um dia que a vida é a arte dos encontros, embora haja tantos desencontros pela vida.
Eu me encontrei em teus desencontros e
te encontrei em meus desencontros.
Mas nada é por acaso nada é sem razão e no tempo certo, na hora certa fomos libertados das cadeias da solidão.
Hoje somos livres, libertos pelo amor que nos um une desde o sempre até o FIM.