O Poeta e o Passarinho
Cortei o cabelo da minha cabeça, ele crescerá
ela foi não voltará
mas a minha missão como poeta continuará
Até o dia que me reúna com o meu pai no seol e tudo se consumirá.
Poeta e a Casa do Mundo
No domingo, o sol se espicha e se esconde. O astro luminoso, solitário, vai se perdendo no horizonte, enquanto o poeta, quieto, se perde dentro de si.
Na pausa, chega em casa, mas a casa é estranha. Uma dúvida o atravessa:
Será que aqui é minha morada ou apenas o lugar onde me deixei cair?
Essas paredes me guardam ou apenas me observam, como a um estranho?
O silêncio, sempre atento, não diz nada.
Um raio de sol aparece pelas frestas, tímido, suficiente para espalhar luz por todo o interior. O poeta sorri, como quem encontra um velho amigo, e se ergue.
Renascido, momentaneamente, pensa que a vida é mais, mas só por um instante.
As paredes são companheiras caladas, que sabem muito, mas não falam.
Aqui, o poeta ainda tenta ser inteiro.
"Esta casa é o meu peito", diz o poeta.
Sai para fora de si. Respira. No breu, sente a frescura da noite.
Nota as estrelas lá no alto, tão pequenas e, mesmo assim, tão vastas.
O poeta se vê como um grão no deserto, um grão entre vários grãos.
Volta para dentro, com a alma um pouco mais cheia. Não está sozinho, nunca esteve. O mundo é a casa do poeta, e ele, um pedaço dela.
então o poeta sentou se a mesa e puxou a caneta.
já então não fazia parte do cenário abrandou olhares
e seguiu a devagar sobre as letras.
***
"Existe tanta coisa camuflada
na paisagem,
e o olhar do poeta vai mais além
de uma olhada,
ele a descreve como se fizesse parte dela desde o seu primeiro florir..."
***
Em noites de luar, ele vagueia,
Um poeta lunático, mente que passeia.
Nas sombras da noite, sua voz ressoa,
Versos de amor, que a lua entoa.
Caminha sozinho, alma perdida,
Em cada palavra, encontra a vida.
Rimas soltas, como folhas ao vento,
Poeta lunático, em eterno tormento.
Olhos que brilham com a luz das estrelas,
Versos de sonhos, tentam revelá-las.
Na loucura do amor, sua alma flutua,
Um poeta lunático, sob a luz da lua
poeta
se eu não fosse poeta
você me ouviria
talvez riria de tal desgraça
a graça da tristeza.
você entenderia meus sorrisos
tanto os falsos
quanto os verdadeiros?
os mais sinceros.
talvez em outra vida
eu não seja poeta
e diga tudo que ainda atormenta.
e você se concentra
em entender(?) o porque.
mas isso não é real
pois sou um animal frágil
bem rabugento
preso em arbustos
um solto, um louco no cio
que vive no ato da liberdade.
talvez se eu não fosse poeta
te escreveria uma carta aberta
e leria em voz alta
para a mais alta classe.
te contanto tudo, sem depender de um verso.
Não sou poeta e muito menos compositor.
Um sonho seria, poder compor a mais bela canção de amor e a mais linda poesia.
Ninguém morre de amor
Escreveu o poeta em seu túmulo de dor
Dizem que no fim a vida passa como um filme
E as cenas exibidas são as de todos os começos
Do meio onde tudo se perdeu
Um vazio
O futuro, já não existe mais
Se transformou numa incógnita
Que caminha ao lado da solidão
Quem já passou, passou
Porém quem passa, já não aguenta mais
Não era pra ser assim, mas foi
Não era pra acabar, mas acabou
Mas como diz o poeta
Ninguém morre de amor
Foi o que eu li
Em seu túmulo de dor
***
"O poeta como sempre,
pescador de palavras pra construir versos e frases, pra alimentar corações sedentos..."
💙
***
Amor de poesia, vida de poeta,
Por onde andará, minha rainha perpétua?
Por ti, vaguei neste labirinto sem fim,
Mas não vejo teus passos,
Apenas fagulhas dançando em mim.
Como brasa, meu peito ainda te aquece.
Senhorita, senhorita, senhorita...
Cuidado por onde pisa!
Estou longe, e por ti há quem nada diga.
Cuidado, oh, minha querida...
Há versos que queimam sem se apagar,
E amores que não são feitos para durar.
Título: Solidão.
A solidão é o tempo do agora,
o momento sem plateia,
o abraço do poeta,
onde ninguém se interessa.
O mão a mão sem gente extra,
apenas você e sua alma na peça,
um instante sem tensão,
vivendo sem explicação.
A solidão é o eco
dos que não ouviram,
a fala dos que não falaram,
a decepção dos que não tentaram,
a família que abandonaram,
os amigos decepcionados,
ou amores terminados.
A solidão é tudo,
quando não sobra nada,
mas deixa tudo,
quando falta nada.
os versos ecoam
um grito por socorro
no fundo do poço.
é tão bonito
o poeta transformando dor em poesia.
o tolo rir de uma palavra que ele acha estranha por não a conhece-la , já o poeta a evidencia e a coloca em êxtase
Não é Poeta somente
Quem escreve todo dia
Acho poeta também
Quem entende a Poesia.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN Terra dos Cordelistas
06 fevereiro 2025
