O Desconhecido
Então lá vamos nós, a um futuro desconhecido e lembrando de um passado que já será esquecido ,tempo , senhor de decisões , aquele que nos transforma , aquele que nos faz pensar que o sentido é ir perdendo vida enquanto se vive.
Lembranças em baus empoeirados se tornaram cada vez mais facil de se encontrar, As manhãs a cada vão parecendo mais frias do calor do que se foi, mas o sol raia na sombra do passado e o ar do dia nos leva junto com o vento que toca a face do mundo.
As vezes o que precisamos é disso , deixarmos tocarmos a face do universo, confiarmos em nós , juntarmos forças para continuar cada dia mais sorrindo, amando , criando esperança para que mais uma vez os raios quentes do sol toquem nosso rosto.
Andando dispersa por ai, navegando em um mundo desconhecido de alguma forma conheci você. Te encontrei de forma engraçada e sem querer, meio bagunçada. Sim, parece mentira ... mas na verdade foi você quem me encontrou. Foi fácil, um sorriso bonito, gostos em comum e quando vimos você era espelho do que eu queria. Era o que eu buscava. Tento entender o porque mas sinto que você me salvou do mundo de todas as formas que alguém poderia ser salva. Mudou minha visão em algumas coisas, e comecei a ouvir musicas por sua causa. Não tento entender isso agora, muito menos rotular isso que sentimos. Quero apenas te encontrar em qualquer desses fins de tarde e me sentir segura em seus braços. Tudo é uma questão sem resposta para o agora. Nada é por acaso e nem precisa ter razão, mas de qualquer forma espero que o meu futuro me traga você.
O desconhecido coloca mais medo e incerteza nas nossas cabeças do que o conhecido. Nós apenas temos medo do escuro, porque não sabemos o que lá se encontra.
A loucura está nos olhos de quem vê,
Na ausência da aventura
E na ignorância do desconhecido...
Ou Loucura são todos os seu medos de viver! Mas louco é quem me diz, que não é Feliz... Feliz!
Quantas vezes me perdi num oceano desconhecido tentando me encontrar, foram tantas vezes, que me perdi até em minhas contas, nadando cada vez mais fundo, conhecendo muitos lugares, tantas pessoas. Encontrei-me enfim, quando resolvi mergulhar dentro de mim.
O homem avestruz
O homem que fortemente criticou o que lhe era desconhecido
Sentia-se o maior dos protegidos
E sem nenhum escrúpulo, julgou o ser amado,
E acabou se acabrunhando no silêncio.
Num momento sequer esperado
Viu-se totalmente desamparado
Teve medo da recusa e de ficar ilhado.
Sua autoconsciência saiu da inércia, da paralisia,
Tudo agora se podia.
O desconhecido que por ora criticado
Torna-se o recanto mais privilegiado, a zona de conforto, a sua nova ilha.
Como o novo encontrado é o diferente
Tenta a amnésia afetiva para adiar decisões,
Coloca-se em territórios movediços
Criando armadilhas para sua própria dignidade.
O que o move agora é o inconsciente
Com esperança no que lhe é variado,
O que lhe trava a nostalgia.
Para não incorrer no perigo de fazer a história irreconciliável
E por medo da verdade que na ponta de seu nariz se encontra
Cobre a cabeça como a avestruz, sentindo-se protegido.
Criando um inimigo eloquente demais, que para um poeta,
Não existe comentário.
O seu amado, agora o seu inimigo imaginário,
Avança meticulosamente
E quando da sua passagem da opulência e da felicidade à pobreza e desgraça
Será o único que estará a seguir os seus passos
Para te elevar do seu estado de aflição, do seu infortúnio e desventura,
Da calamidade em que se encafuou.
Oh Deus meu, desconhecido consciente a sempre esperar no horizonte...
Por quê me criaste cheio de duvidas, por quê me fizera diferente, doente, ou pior, o único saudável?
Com a vida aprendi: nunca ignorar o desconhecido, abraçar o inesperado e retroceder jamais, para então evoluir buscando sempre a paz;