Nostalgia
P O E T A
- ah! Poeta...
que se encanta com as cores das flores
que diz que saudade tem cheiros...
que respinga estrelas nas poças d'água
que faz a lua brilhar numa escura noite.
que se enternece com o sorriso da criança,
lágrima que escorre ao ouvir suave canção,
nostalgia ao lembrar-se momentos da infância
que sente na alma a magia do lusco-fusco.
que faz amor com sua musa na lua que brilha
que sente a chuva cair bem devagarinho
que solta barquinhos de papel na enxurrada,
que traz para nós o arco-íris em festa.
- ah! Poeta!
Resolvi escrever uma carta
A quem quiser se endereçar.
Palavras tranquilas, sem destinatário
Pra qualquer um se identificar.
Você que tem um aperto no peito, daqueles que te fazem sentir dor em lugares que nem sabia que existiam; você que acorda todo dia nostálgico, com o estômago embrulhado e um nó na garganta; Você que sente que a culpa é sua quando, na verdade, sabe que não é; Você que deu tudo, se dedicou ao máximo e no final foi jogado no lixo; Você que sente vontade de chorar e não possui sequer uma lágrima...
Saiba que não está sozinho.
Lembranças ainda
estão recentes
a dores ainda
estão frequentes,
não sei a saída
desse marasmo profundo
talvez seja uma
nostalgia passageira
Gosto do meu presente salpicado de passado e não tenho a menor vontade de deixar morto e enterrado o que só me fez bem.
Uma hora a embriaguez vai passando, a música começa a ficar chata, as pessoas ao redor começam a parecer fúteis e não te completam. Os amigos do seu lado já não te fazem rir, uns e outros começam a ir embora e você se pega sentindo que algo lhe falta, mas ainda não tem noção suficiente do que é. Começa a bater aquela nostalgia, saudade de alguém, de algum momento e começa a refletir em coisas que poderiam ter sido diferentes, o valor que deu a umas, o desprezo que deu a outras e se vai ter comida em casa quando chegar de rango. A cachaça ainda está no sangue, mas você já começa a se arrepender por aquilo que fez, por algumas atitudes que teve ou não teve... e por coisas que deixou se perder...
Na manhã seguinte acorda com a roupa do reggae, com a cabeça pesada, tentando encontrar as coisas exatamente como as deixou...mas...a toalha ta em outro lugar e não tem quem pegue, o café ta uma droga..parece mais forte que o de sempre, aquela mensagem de bom dia não recebeu e a manhã está completamente diferente. Aquela sensação de que tem algo errado e a vontade de tudo voltar ao seu lugar te martelam o juízo..mas a impotência e a preguiça saem ganhando.
A tarde chega, e por incrível que te pareça, você não consegue ter aquela fome de ogro que sempre teve, e nem tirar aquele velho cochilo depois do almoço... O celular, que você antes deixava de lado, agora você não para de olhar por minuto, esperando por algo que nem você sabe o que é... Os amigos e conhecidos de ontem já estão em seus mundinhos, e talvez nem se importem como você chegou em casa..ou como acordou..se está bem. Eles não tem nada a ganhar...e nem nada a perder se não te procurarem.
Depois de um dia que custou a passar você já não se sente tão disposto, não vai bater o baba que tanto ama com os vizinhos, não vai nem treinar pra elevar o ego..e seu dia começa a ficar vazio. O que antes te enchia o saco agora te faz ficar desesperado pra ter novamente.. Deita a cabeça no travesseiro, já é de madrugada, mas não consegue dormir de primeira como antes conseguia. Sua cabeça está a mil e simplesmente não sabe o que fazer. Não tem coragem e sente vergonha....se sente INFELIZ , e vai tentando entender o porquê.
Os dias passam e você não tem fome (tristeza) e os enjôos (arrependimento) não passam...Nada de bom lhe acontece, ninguém te olha com aquele encantamento no olhar, ninguém te faz sentir importante!
E, provavelmente, o remédio pra todas essas sensações é o "TEMPO".
Aquele mesmo tempo que não soube dar valor, aquele que não soube aproveitar ou que tanto pedia quando se sentia de saco cheio.
Aquele mesmo tempo que não tinha quando lhe cobravam, ou aquele mesmo tempo que vc não teve pra dizer um - Estou com saudades, - Sinto muito sua falta, - EU TE AMO, - Me perdoa.... .
TEMPO este que nem todos tem pra dar mas quando precisam sabem cobrar.
TEMPO mestre de quem quer ir...e também de quem não quer deixar.
Olhando as suas fotos na estante
eu sempre precisei de ti
tão linda e com olhos brilhantes
mas agora eu percebi
que por um instante
eu ja nem sei onde voce está
anda por ai tão bela
como a chama de uma vela
na escuridão total
se equilibrando em um salto
com andar puro e fatal
que vem me matar
Mata de saudades
mata de desejos
e nas atualidades
a nostalgia me consome
na falta dos seus beijos
Imaginando você
De Elvis Vieira
Imagino você...
Chegando imponente,
com um brilho reluzente
e um sonido potente.
Na plataforma...
O povo contente,
aguardando ansiosamente,
seu aparecer surpreendente.
Com tamanha nostalgia,
imagino você noite e dia,
pensando como seria,
tua bela fotografia...
E embora pareça bobagem,
trago na mente sua imagem,
idealizando sua passagem,
por uma emocionante viagem...
E a saudade mais complexa, talvez injusta e difícil de entender ou de se lidar é aquela que sinto por uma pessoa que nunca pude conhecer. É a falta que me traz um sorriso de uma face rubra jamais tocada, de um olhar doce tampouco aguçado, de um abraço sincero sequer sentido nos aconchegos dos meus sonhos. É o vazio que foge de interpretações racionais e embarca no campo das emoções sem pedir licença, sem falar o porquê, sem trazer o eco daquela voz que jamais escutei fisicamente.
Minha saudade sem sequer te conhecer é você.
"Entregue ao abraço frio da morte estou, arrepios cegos enchem- me de desespero, vozes ecoam em minha mente, lamentos, gritos, sons infernais, lobos uivam incessantes... cânticos de corujas pacificam a atmosfera gélida de um inverno intenso, cheio de sangue e lágrimas, irmãos partindo, perdas... retiro a mão do peito e deixo escorrer a essencia de uma vida, em um ultimo suspiro amaldiçôo seu nome com ternura, nao sinto raiva, muito pelo contrario... arrependo- me por tudo que nao fiz, olho para fora e vejo que nao tem mais volta... sangue mistura- se à neve, sinto sua mão a me tocar, sorrio, e junto- me ao inverno denso, minha alma dissipa- se no frio, mas saiba q estarei sempre com voce, de alguma forma, nao deixarei que nada te aconteça... e que caia a neve de fevereiro...."
Saudade dói, mas é uma dor deliciosa. Saudades doem porque momentos valeram a pena, porque somos arrebatados por lembranças maravilhosas. Saudades doem e incomodam, incomodam para nos lembrar que vivemos e ainda estamos vivos.Saudade é um mecanismo de resposta da alma.
Bateu saudade... Saudade de alguns amigos que eram presentes e agora nem tanto. Aposto que você pensou em “alguéns” quando leu isso...Talvez até tenha pensado em mim. O tempo passa e a rotina às vezes nos deixa sem tempo... Bateu saudade, mas foi uma saudade gostosa, do tempo juntos, das risadas, das longas conversas, das burrices compartilhadas, das cartas adivinhadas, dos pedidos de socorro para não “pegar fogo”... Bateu saudade de brincar de pique-esconde, de fazer poção, de cortar o cabelo da boneca e deixa-la careca, mas junto com a saudade veio a alegria... Alegria de ter momentos como esse para recordar. O tempo não volta, mas haverá sempre um momento, mesmo que breve para um “Como vão as coisas?”, “Lembrei disso...”... Ainda que não conversemos como antes, que não troquemos confidencia como antes, ainda que não seja exatamente como antes, amigos continuam sendo amigos... Atarefados, na correria, enfrentando seus leões, mas amigos. Eles ainda estarão lá quando a barra apertar e precisarmos de colo e nós também estaremos aqui. Ainda que não seja exatamente como antes, no fundo é exatamente como antes.
Quando estamos próximos aos amigos de verdade e de pessoas que nos fazem lembrar de bons tempos é complicado acalmar toda a ansiedade por dias melhores.
No Limiar dos Dias
Aprendemos que a vida não é um carnaval contínuo.
Há horas em que o corpo se ergue como trincheira,
as pernas inquietas tecem labirintos sem chão,
e os pensamentos, cavalos desgovernados,
rasgam a madrugada com cascadas de talvez.
Então, o mundo se cinde:
de um lado, o véu da fantasia,
onde os desejos são sussurros em chamas, do outro, o chão da realidade, cujas raízes sangram números, horas, cicatrizes.
A conta chega não em moedas, mas em peso.
E se você não se posiciona, o tempo se pociona por você, assim como rio que não retrocede, esculpe suas margens em seu lugar.
Não há escapatória:
é preciso largar a pedra que carrega, aquela que entala o peito e finge ser abrigo,
e seguir com o rio, entregar-se à correnteza que arrasta
até o mar, onde o sal dissolve certezas e o infinito é um útero de recomeços.
Pois só quem solta o lastro do controle descobre que navegar
é também ser navegado pela força que move planetas e ciclos: a arte sagrada de fluir.
Por vezes perde-se espaço no silencio imposto pelo óbvio, é nessas horas que o ser coabita com a futilidade dos factos e a memória é somente; um baralho de cartas que as evidencias derrubam!
Cheiro de terra molhada, por onde passou a cigarra prevenida que a chuva anunciou. Gota por gota, a tocar o tapete da vida, mais parece uma sinfonia para o deleite do que as nossas almas estão a escutar. E como lágrimas do céu, a substituir as nossas, vem riscando os mais lindos quadros pintados pela natureza que, gentilmente, agradece retribuindo com o renascer de novas paisagens, perceptíveis até para os que anseiam por uma breve partida dessa água tão divina.
Foi só um toque sutil, mas com força suficiente para adentrar as frestas do tempo e se deitar na eternidade.
Tem coisas na vida que as cores nunca vão conhecer ,e os poetas sempre vão apreciar, dias de luto , rascunhos de poesia , e tempos de nostalgia
Por vezes estou tão cansada, não é o corpo, porque, do cansaço do corpo dou conta com uma boa noite de sono. Tenho a alma cansada!
Nessas alturas apetecia-me correr campo fora, de encontro ao vento, pegar num punhado de terra e lambuzar a alma, mas... tinha que ser num dia de outono: num daqueles dias em que a chuva miudinha fustiga o coração com a suavidade de uma lágrima fugidia.
E dou por mim a pensar: a minha doidice tem calos nas mãos e o coração suspira pela planície, por isso mesmo:
Não me encaixo num tempo de encaixes passageiros!
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