Nem tudo que Balança Cai
A água é a mãe de todas as coisas. De todo o pensar. Todo rio flui, toda cachoeira cai e cada lágrima se esvai, todos juntos, para o leito do esquecimento eterno.
As dificuldades da vida são como a chuva que cai, mas assim como ela passa, também passarão suas dificuldades.
Sombra e Névoa , Cai o crepúsculo. Chove.
Sobe a névoa... A sombra desce...
Como a tarde me entristece!
Como a chuva me comove!
Cai a tarde, muda e calma...
Cai a chuva, fina e fria...
Anda no ar a nostalgia,
Que é névoa e sombra em minh’alma.
Há não sei que afinidade
Entre mim e a natureza:
Cai a tarde... Que tristeza!
Cai a chuva... Que saudade!
A lágrima cai, a velocidade aumenta, a barriga esfria, o motor esquenta, os pensamentos corroem, o coração se destrói...
Estou me achando um caipora. Mais caipora que aquele que caiu de costas e quebrou o nariz. Caipora por falar com a plebe igualmente a Reis. Dizem que é ser autêntico, digo-lhes não. Caso caiporas querer ser, faze-o como eu!
A tarde cai serena, o sol já se despede,
E a sombra longa esvoa sobre o chão que pisei.
Em cada brisa fria que a alma, triste, sente,
Um pensamento aflora que o tempo não desfez.
Fagulha.
Uma fagulha,
Cai do teto,
O fogo do silêncio que consome no ócio,
Não apagou,
Na força do pensamento que não compensa a lembrança,
E o sufoco?
É uma pedra na janela,
Quebrou, sem eu lançar,
Mas, quem foi?
Também não pude alcançar,
Logo agora que só sei voar,
Olhar,
Atento,
A dentro,
No lindo concerto intrínseco que ninguém ouviu.
Eu caí
Eu caí no teu amor pirata
Sabia de todas as suas trapaças
Mas mesmo assim
Sempre achei que no fim do mundo
Nós correríamos com os lobos
E superaríamos os nossos monstros juntos
Não se iluda com “amizades” que somem quando você cai.
Quem te ama de verdade fica: pai, mãe, família.
Esses são os amigos que nunca te abandonam.
Valorize quem permanece ao seu lado.
Cai a noite e a noite é sempre um tempo que volta em meus versos. Cai uma noite densa e fria, refrescante. E acnoite hoje não me amedrontador. Acostumei-me com o seu jeito de estar no mundo. O coração está claro, sem grandes sobressaltos. E me despeço daquela dor antiga que me acompanhava como pertencente inerente do meu ser. Hoje sou contemplação e tenho as estrelas como companhia. Quando eu estou feliz eu não escrevo. Fica aquela impressão que vivo em estado de sofrimento. Mas hoje faz luz em meio peito e registro esse momento de serenidade, antes tão raro, mas hoje já uma presença constante. E agradeço, porque sei reconhecer. Cai a noite densa e sinto uma grande paz. Nada a pedir. Nada a ansiar. Somente sorver o momento presente, cada instante inerente, imanente, que sobre sobre o infinito. Sinto paz e a paz é por si só um poema.
Aprenda a ficar bem sozinho, porque quem depende dos outros pra se manter de pé, cai quando é deixado pra trás.
Se te perguntarem como é após o tombo, responda:
_ É só vitória! Porque eu caí sim! Mas levantei. O vento levou a poeira, o tempo veio, e com ele, o caminho para minha vitória.
Quando você cai, com piedade ele te levanta. Quando você se levanta, com inveja ele te derruba. Vai entender o ser humano.
Benê Morais
Nada, absolutamente nada cai do céu além de chuva, neve ou cocô de passarinho, portanto não espere ajuda de ninguém, pois as pessoas se odeiam umas as outras.
No silêncio profundo da noite escura, tudo é densidade e ausência. Cai a noite cortante, como uma faca a cortar amenidades. Eu no meu quarto sou apenas um instrumento da noite que pode ser música ou ruído. Quando olho sua imagem em um retrato, penso quão longe estamos um do outro. É inútil insistir. O tempo nos distanciou como a noite e o dia, que se encontram fuzgamente na aurora e no crepúsculo. Já não cabe questionar quem errou. Não há erros. A natureza cumpre seu ciclo. E o nosso destino é estar separados. Isso me dói, mas me impele a aceitar os fatos como os fatos são. Com tantas pessoas no mundo, porque o universo ia querer nossas mãos entrelaçadas? Recolho-me a minha condição humana. Eu posso querer o que quero, mas não posso ter o que quero. Isso me impele a uma aceitação dolorosa dos limites do eu. Fico com a lembrança terna do teu ser tão grave. Na sua gravidade encontro respostas para o meu silêncio. Agrada-me mais a sua seriedade do que o seu sorriso, porque em seu rosto sério encontro contrastes e inquietações. Mas você para mim é lembrança em palavras. E ainda assim me alimento do ser que um dia amei. Falar de amor é sempre um solo delicado, dividido entre a prosa e a poesia. A prosa fria, desmistificada. E a poesia buscando o cadenciar de palavras que exprimem verdade. Eu não ia falar de amor. Falaria sobre o universo e suas complexidades. Mas me vi mortalmente terrena, e o peito é a ausência do seu. A eterna incompletude. O amor idealizado encontra sempre as melhores palavras. Tem uma potência maior que o amor concretizado. Ao concretizar, somos humanos demais para manter a chama. Mas digo isso ao meu coração, e ele se nega a aceitar a verdade. Ele quer você aqui presente, seus pelos e sua pele. Seu jeito sério que me faz querer decifrar o que tanto te cala. É um poema de amor. E o amor flerta sempre com o ridículo. E é ridículo amar uma imagem que nunca mais verei. Mas o amor tem esse talento inato de desconhecer fronteiras. É noite e pesa em meu ser essa ausência. E te amo, sem nada esperar.
O diabo é só um anjo. A lenda de que é o mais poderoso cai: foi preso por um anjo comum. (Apocalipse 20:1-2)
“Da Decepção à Glória”
Caí, sim — e foi alto o tombo.
Acreditei onde não havia chão.
Entreguei mundos em mãos vazias,
E recebi silêncio por gratidão.
Doeu…
Não nego o gosto amargo.
A alma sangrou calada,
e o coração ficou frágil, fraco.
Mas ali, no fundo do poço,
no ponto mais escuro da história,
nasceu algo que ninguém viu:
a semente da minha glória.
Pois quem sofre não fica o mesmo.
Ou afunda, ou se transforma.
E eu escolhi crescer do caco,
renascer fora da forma.
Fui traído? Sim. Subestimado? Também.
Mas nunca fui vencido,
porque aprendi com o desdém
a caminhar mais protegido.
Hoje, quem vê o brilho em meu passo
não imagina o que já suportei.
Mas cada lágrima guardada
é tijolo no que conquistei.
A glória não veio do acaso.
Veio da dor que não me matou.
Veio do “não” que me fechou portas,
mas me forçou a criar o meu valor.
Então, se um dia a vida te quebrar,
não te desesperes na queda.
Pois há vitórias que só nascem
quando a alma já se enreda.
A decepção é só o início,
não é ponto, é reticência.
A glória? Ah… ela é destino
de quem fez da dor: resistência.
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