Nem tudo que Balança Cai
noite
a sinfonia da noite
cai sobre o cerrado
a alma neste açoite
é retiro amordaçado
é silêncio em seresta
a solidão num gorjeado
e a quimera numa fresta
a noite cerrando o cerrado
Luciano Spagnol
VINHO
Escorre na taça o fim do dia
Num buquê de chuva que cai
A consciência então se inebria
Em goles de saudade que abstrai
E nesta sonolência complexa
Relaxa o sonho no tinto vinho
Quando faz a quimera perplexa
E os pensamentos em desalinho
Mergulho no meu eu, sem data
Nada encontro nem a mim mesmo
É como caminhar em virgem mata
Ou escorrer no meio fio a esmo
Tudo é início e fim de festejada festa
Nos basta: varanda, cachorro e taça
De tinto vinho, sabe-se lá o que resta
Dá-me mais vinho pois a vida passa
Luciano Spagnol
Chuva
Leve, breve, suave
Intensa, densa, grosseira
Tu chuva que cai é imprevisível.
Embora tentemos descobrir sua intensidade
Nunca se sabe por onde passará e nem quem molhará
Assim como o amor tu vais de um canto ao outro
Busca com todas suas forças limpar a sujeira dos brutos
Pode vir a mim, estou pronta para que embebede meus pensamentos
Lava-me o coração com águas limpas e renova os ares ao meu redor
Que venha da maneira que deves vir
Não te acanhes nem esconda tua beleza, tua nobreza e tua força.
Que se faça a vontade de Deus
Que em teu cair em minha face penetre ao fundo dos meus sonhos
E traga o maior e mais colorido dos arco-íris.
Enfim, seja você chuva, com suas mudanças
A pura e verdadeira essência na vida dos que toca! Autora: Cláudia
Retirantes.
Na terra tão rica
a chuva não cai
sem água na bica
a planta não sai
um sonho que fica
uma esperança que vai.
Sou amigo da madrugada. Consigo ouvir o uivar do vento, o cantar dos pássaros, a gota d'água que cai na terra após a chuva e o ronco do meu vizinho.
E de repente essa tristeza cai sobre mim e eu não tenho mais forças pra lutar, deixo ela fazer de mim gato e sapato.
Você sorri e finge que esta bem o dia todo
Finge que nao há nada de errado,
Mas quando a noite cai,os ventos batem na janela e enfim fica sozinha,
As lagrinas caem em queda livre
Vento favorável!
A folha que cai,
Escolheu o meu colo para repousar,
Refletindo sobre o tempo,
Percebi o quão favorável foi o vento.
E de uma folha vazia,
Que nada dizia,
Tentando encontrar inspiração,
Eis que surge em meu coração,
Esta singela poesia.
E nesse momento me veio na memória,
O início de nossa história,
Duas folhas caídas,
Duas almas feridas,
Esperando apenas um colo,
Pra fazer companhia,
E o vento favorável do destino,
Preencheu os nossos corações,
Reavivou a minha paixão,
E hoje minhas folhas vazias,
Se enchem de inspiração.
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Quando a noite cai, Só você me traz a paz no olhar
Quando Amanhece, O sol aparece, Assim faz brilar seu olhar.
O líder não manda, ele aprende, ele evolui, erra novamente, concerta novamente, cai novamente, mas continua ali, lutando, são guerreiros poetas, cientistas filósofos, religiosos profetas.
Metamorfoseando-se
Quando a noite cai faço da lua minha companheira
Brinco com as estrelas
E durmo embalada pelo som do mar
meus sonhos são feitos de aurora boreal
metamorfoseia
Minha alma de tal forma
Que por uma fração de segundo Me sinto imortal, no momento único que somos uno.
Poesia De Tecla
Assim como qualquer folha que cai e murcha
Seu estado de alegria nunca será imutável
Mas mesmo assim se alegram,
Os homens que padecem,se alegram .
Mesmo sabendo que o motivo de sua dor
É amar, continuam amando
Os homens levados pelo vento
Incessante
Não sabem porque sorriem
Está tudo bem! É o que tidos dizem
E é tudo estranho
Mas não vejo coragem em ninguém
Por isso muitos não saem do lugar
Não espere nada de graça. Somente a chuva cai do céu. Portanto. Mova-se, faça planos, trilhe novos caminhos. A vida só abre novas oportunidades para quem está disposto a buscá-las.
A água cai do chuveiro até atingir as minhas costas e percorrer as curvas do meu corpo. Olho até o líquido no chão que segue para o ralo. Ao entrar em contato com a minha pele, a água assume tons distintos. As cores diversificam-se conforme meu estado. O líquido é tingido pelas minhas emoções, ele sofre metamorfose ao tocar e correr pela minha pele que exala uma porção demasiada de sentimentos. A raiva faz a água contrair um tom vermelho sangue, a luz do banheiro adquire autonomia acendendo e apagando em intervalos incalculáveis. A felicidade gera um líquido verde, um aroma viciante, tranquilizante e sedutor ocupa o pequeno cômodo. O ódio gera uma lama escura, os músculos se contraem, as sobrancelhas tornam-se uma só linha, a locomoção é impossível, a escuridão domina o pequeno cubículo, os olho se tornam incapazes de ver. A água funde-se em tons marrons e cinzas ao deparar-se com a tristeza, o corpo se contrai, a respiração fica ofegante. As lágrimas são incontroláveis pelo consciente, jorram dos olhos como cachoeiras em meio a uma tempestade.
O amor transforma o transparente da água em azul reluzente, feito água do mar quando atingida pelo sol de fim de tarde, a água purifica o azulejo tirando a sua cor, focos de luz cintilante saem das paredes,do teto e do piso, o corpo assume uma postura leve, como se não existissem partes palpáveis. A respiração invade o interno, atinge todos os pontos e extremidades do corpo. Minha alma salta, gira freneticamente sem medo de obter lesões ao atravessar, com braços e pernas, as paredes. Um sorriso abrilhanta a minha face, a benevolência domina todos os cômodos da casa. Sou sentimento em carne e osso, meu corpo é um depósito formado para comportar minhas emoções colossais.
