Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema
Eu sei das tempestades que passei.
Eu sei quem me colocou na tempestade.
Eu sei que me abandonou na tempestade.
Eu sei quem, todo dia, mesmo sem obrigação alguma "cuidou" de mim na tempestade.
Todos serão sempre lembrados.
Título: Eu Deixaria.
Se o tempo me desse,
se o vento soprasse,
se a vida trouxesse...
eu deixaria.
Menos peso,
menos pressa,
menos pedaços de nós.
Para acalmar o âmago,
para secar o pântano,
para ter sem engano,
para amar sem plano.
Dedico a você: minha perda de tempo preferida.
Título: Talvez Eu Pertença ao Talvez.
Gosto de ruas vazias, tão calmas,
De rostos tristes — talvez por simpatia.
Prefiro as noites de poucas almas,
Com poesias sendo minha companhia.
Há uma alegria nas luzes apagadas,
No som da chuva a varrer a cidade,
E nos grilos que, entre pausas marcadas,
Regem o silêncio com suave sintonia.
O vento carrega segredos no ar,
Um eco perdido, sem rumo ou lugar.
Talvez eu pertença a esse divagar,
Ao "talvez" eterno de sonhos fugaz.
Um temporal não me traz tormenta,
Mas uma dança onde me encontro inteiro.
Sou um reflexo que ninguém sustenta,
Uma sombra errante, sem paradeiro.
No "talvez" eu habito — começo e final,
Entre o vazio e o desejo de estar.
Sou o instante breve, o ponto crucial,
Que nunca se cansa de apenas vagar.
Título: Romeu? Não Eu!
Existem mulheres que quero esquecer,
E amores que não busco reviver.
Paixões que só trouxeram confusão,
Melhor que se afundem na indecisão.
Disse-me um dia, com a voz turva:
"Estou tão confusa..."
Perguntei: "Mas com o quê?"
Respondeu-me, com culpa:
"Não quero você."
Que tristeza amarga, eu quero apagar,
Ou que sintas em dobro o que me fez sangrar.
Não sou santo pra perdoar indecisões,
Não sou Romeu pra sofrer por paixões.
Que a dúvida queime em fogo lento,
E que Julieta vá sozinha ao esquecimento.
Título: Eu devo
Tudo em mim veio a moldar,
Devo ao presente que me abraça,
Devo ao passado que me guia,
Mas o futuro, com sua mordaça...
Já traz a fatura a cobrar,
Pois nunca dá trégua,
Nem perdoa ao chegar.
Fico imaginando quantas Marias eu sou, a paciente, que espera, que aguenta, que sorri chorando, que chora sorrindo, a que paga as contas, limpa as coisas, leva o lixo, que aguenta os trancos da vida, a sonhadora, aquela que as pessoas chamam de forte e alguns até admiram, e a que senta atrás
da porta do quarto e chora sozinha e ninguém vê.
A que ora, e busca a esperança na sua fé em Deus.
A que se arruma, salto e batom e sai pro mundo e a que fica em casa descabelada comendo pipoca e assintindo um filme...
Sou tantas e adoro todas que eu sou.
Agora? Sou a descabelada assistindo futebol...
Eu Posso
Eu posso erguer meu próprio caminho, seguir adiante sem medo ou lamento, vencer espinhos,
rasgar o tempo e moldar o destino, romper correntes,
sarar feridas,
e renascer das cinzas do vento.
Ultrapassar os muros erguidos, ultrapassar a dor, unir pedaços, ultrapassar o medo e ser maior.
Eu posso tocar o infinito,
eu posso ser livre no grito,
eu posso vencer o que há de mais aflito, ser coragem,
ser verdade,
ser sol,
ser.
Eu posso acender minha chama,
ser fogo, ser brasa.
Ser centelha e maré que inflama.
Ser tempestade que passa.
Ser quem sonha e quem ama.
Ser o voo que não se atrasa.
Eu posso trilhar novos passos,
ser coragem,
ser imensidão,
ser o sopro que toca o chão,
que rasga a escuridão,
ser a força do meu trovão.
Eu posso recomeçar do nada,
ser coragem,
ser imensidão,
ser o sopro que toca o chão,
que rasga a escuridão,
ser a força do meu trovão.
Eu posso acender minha chama,
ser fogo, ser brasa.
Ser centelha e maré que inflama.
Ser tempestade que passa.
Ser quem sonha e quem ama.
Ser o voo que não se atrasa.
Paliativo
Peça-me , ao brilhar com seus passos na minha direção, conturbe minha mente
Inundando , isso ou aquilo de emoção.
Quente , frio , bom ruim eu já nem sei .
Fui levada pela emoção , traída pelo meu pobre coração....
Que castigo, que castigo tão somente eu nessa ilusão.
Fiz morada no suspiro, balanceiro sonhar .
Quem és tu , querida , quem és a me indagar.
Ausência
Quantas vezes a espera , se faz presente na ocasião , amores perdidos distendidos
Remanescentes da dor e da ilusão ,
Quem sabe atros sensação , cúmplices amantes , quem pode titular tal sentimento , quem ?
Aqui ali , quando , por onde ou porque .
O que o coração diz a você , bem se o coração é só um músculo porque ele dói quando sofremos , nem os físicos explica
Pobre coração , pobre musculo sentimental .
Amor doente
Veio como brisa nos dias quentes de verão
Soprou feito tempestade acenando o fim
Encandeia com o sorriso
A primeira miragem.
Saciei meus devaneios , relutei com a despedida
Impetuosa inconstância
Revelaste algo dentro de me
Quem seria além de te.
Sois o rio que derrama as águas
O vinho que mata minha sede
E seca minha boca
Infortúnio é te amar.
Minha bruxa maléfica
Eu te amo (ironia)
Eu te amo
É tão fácil dizer
Torna-se desgastante
Mentiroso, ilusório
É um clichê barato
De palavras levadas na brincadeira.
Eu não tenho amor
Não tenho conexão que incendeia
Só tenho idealizações
Seria romantismo exagerado, um exagero levado pelo abismo do sentir, ou melhor sem ti
Só ilusões vazias restam de um invenção.
Eu navegarei
Navegarei amplitude do rios
Vastidão envolvente do respirar
Navegarei linhas cativantes do por do sol
Navegarei nas entrelinhas apaixonante da natureza.
Meu nome é um delírio voraz
As vezes pluralidade dos versos
Momentos da inquietude caótica do meu ser
Sou desastre, destruição em cada linhas tortas
Desse mundo perverso
São entrelinhas vasta dessa imensidão chamada dor.
Eu quero te amar como o Mar e sua extensão
Amplitude dos atos
Intensidade do pulsar
Envolve trocas de beijos ardentes
Abraços como tempestade de um mar agitado
São Maresias de nossa conexão.
Eu amei uma rosa
Mas toda rosa tem espinhos
E os espinhos feriram
A ponto de atravessar minha alma.
Eu magia
Eu sou a que existo
Da maneira que bem quero
Vendo um mundo colorido
Bem sincero
Eu sou a que de olhos fechados
Vejo as cores do universo
Somente e somente se
Para rimar o verso
Eu sou a que imagina
Que o inimigo possa ser honroso
É o meu desejo de cair na cilada
Só para concluir o quanto ele é horroroso
Eu sou a que bem sei
Quando alguém com o punhal se aproxima
É melhor nem tentar o golpe
Tenho saída exímia
Eu tanto queria te dizer, a todo o tempo,
Estou contigo, em todo o momento.
Mas eis que não te disse nada disso.
E se o disse, não fiz mesmo isso.
Eu queria estar contígo na tua aflição,
mas eis que não te dei a minha mão.
Quando estavas a muito chorar,
Eu fingi que te não vi a clamar.
Quando não tinhas o teu pão,
eu também não te dei a tua porção.
Eu no fundo queria, sempre te amar,
mas eu, fiquei no meu só lugar.
Eu senti muito, quando estiveste, na prisão.
Mas de visitar-te, não tive tal ação.
Nem quando estiveste, doente,
eu junto de ti estive presente.
Eu te peço perdão, por isso tudo,
Eu falhei, mais que todos no mundo,
Eu te peço também a ti oh Deus,
que me perdoes, pecados meus!
HelderDuarte
Euseu
Que dia é hoje mesmo?
Domingo da despedida, coração entristecido,
Eucê está longe ainda...
Segunda da solitude, coração aflito,
Eucê está triste,
Terça de trabalho, trabalho,
Quarta de mais trabalho, da expetativa,
Eucê logo vem,
Quinta da preparação, arrumação,
Eucê está perto, já posso sentir
Enfim, é sexta, é o dia,
de ser só euseu e você minhasua,
Só céu e lua.
Eucê
Eucê não sai do meu pensamento, é uma ideia fixa, um loop infinito, número um da minha lista de elemento único, é a primeira e última da fila única.
Com eucê eu ocupo todo meu tempo e espaço, despejo eucê até transbordar, encho me do euseu ar, porque é claro não há como respirar sem eucê.
Você é meu começo, meio e fim, é eucê, porque somos únicos, um só.