Necessitados Pobre
Ao inventar a vela de acender, buscou o Homem produzir luz que se apaga, ao se queimar totalmente a derradeira porção de seu pavio. Até a luz elétrica tem seu ciclo de luminosidade, precisando ser renovada sempre. Pobres Homens-deuses, com o poder nas mãos: inventam e reinventam luzes. Acreditam que a claridade decorrente dos holofotes dos cargos que ocupam os deixam mais luminosos e, até quem sabe, eternos.
"Meio feio
Meio nobre
Meio belo
Meio pobre
Meio doutor
Meio padeiro
É o fim da meada
Entender as coisas pela metade
E ficar no meio do nada."
No Brasil pobre é mais sagrado do que boi na Índia.
Porque ele (o pobre) é o alvo de todos os clientelismos.
Se eu pudesse ser rico por poupar as palavras, certamente já teria falido.
Se eu pudesse ser pobre por investir no silêncio, certamente já teria ficado rico.
Faz de conta que
a mesmice diária
continua estampada
num país pobre em saúde
e cultura,
enquanto às seis e quinze da manhã
acorda o cidadão do tempo
para mais uma batalha futura
Felicidade não é TER é SER. O Sol nasce para todos, assim como a felicidade está para os ricos e pobres. Como a felicidade é um sentimento individual, existe "pobre" muito mais feliz que "rico".
Mais um corpo de um morto estendido na calçada, atrapalhando a manhã da grande cidade. Quem foi não sabemos enfim, onde foi o começo e este breve fim. Quem sabe sera mais um afortunado de uma vida inteira de enormes buscas e alguns encontrares por diversos lugares, onde foi confundido como filosofo social e permitido ver com profundos olhares e incendiados efusivos sentimentos. Por tudo isto, agora não é mais nada, não tem documento vai como indigente, um corpo perdido que se expõe ao tempo, pelo mau cheiro fétido de carniça que espalha o vento.
Só supera as consequências negativas da velhice a (des)graça do ser pobre! Assevero ser difícil admitir sobre o fato de qualquer idiota jovem se impor melhor que eu, na vizinhança comum. Minhas rugas sabem muito bem arruinar meu argumento e a gabarolice de quando, um dia, fui herói.
O pobre e o rico
Viajar de avião O rico vai-- O pobre fica
O rico paga as contas –e o pobre se complica
O rico tem de mais – e o pobre tem de menos
O rico compra carros – e o pobre fica querendo
O rico tem mansão - e o pobre tem um sonho
O rico tem fazenda- e o pobre tem quintal
O rico de tudo come- e o pobre passa fome
O rico é empresário – ai o pobre presta pra eles
O rico anda de carrão- e o pobre anda de latão
O rico tem casa de praia- e o pobre tem barraca
O rico deixa herança- e o pobre guarda lembranças
O rico faz penteado- e o pobre faz uma trança
Ser pobre, não ter absolutamente nada e não saber nada deve ser realmente muito triste mas ser pobre e ter conhecimento é absolutamente fantástico, o conhecimento ajuda-nos a defender-mo-nos, é um sentimento de liberdade, de capacidade para lidar com a adversidade, seja ela de que ordem for, o conhecimento anula o sentimento de medo.
Conheci um homem muito rico
Que no dia do seu enterro
Vestia um terno fino
Seu esquife de madeira trabalhada
E de flores pela beirada
Conheci um homem muito pobre
Que no dia do seu enterro
Uns trapos lhe cobriam
Seu caixão estava mais para um caixote
E nas beiradas muita gente
Chorando sua morte
Depois de alguns dias
Não se via diferença
Da terra que os cobria
Diferença talvez
Só além do que meus olhos viam
Caixão ou caixote
Pro verme não se conta
Nem a sorte
O fato de certas pessoas não pensarem como eu, em hipótese alguma entristece-me, muito pelo contrário, alegra-me por saber que eu teria que ser muito vazia, ter um espírito mesquinho e uma alma pobre para compartilhar de seus pensamentos medíocres.
