Necessitados Pobre
Acreditei
Pensei ser verdade
Era apenas ilusão
Você só brincou
Com o meu pobre coração.
Me senti tão especial.
Uma menina que acabava de ganhar seu primeiro presente.
Queria voltar ao passado
E nunca ter te encontrado.
Pra não sentir essa dor.
Queria poder te odiar
Mas não consigo.
Mesmo com o coração machucado.
Eu digo a você muito obrigado.
Por ter me ensinado.
Que nem tudo é amor.
Ainda te amo.
Mas a cabeça vou erguer.
Meu coração vai cicatrizar.
E aos poucos eu volto a sonhar.
Com você lá no passado!
Meire Perola Santos
Código do texto: T5318121
De férias, o casal pobre submete-se ao "Pacote turístico promocional", casal rico, escolhe um cruzeiro de sonho com destino original.
Filho de pobre, avisado, vai jogar à bola no subúrbio, filho de rico, leva a bola para o clube privado e não causa distúrbio.
Senhor Jesus Cristo, não permitas que este pobre mortal deixe de ser vosso servo em decorrência da existência de falsos cristãos que clamam o teu santo nome e se ajoelham diante de ti como se fossem puros e santificados, mas que vivem em um mundo de mentiras e perversidades e no fundo desejam que o próximo seja torturado e morto assim como o Senhor foi em uma cruz.
*São Demasiado Pobres os Nossos Ricos*
A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
O maior sonho dos nossos novos-rícos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. OMercedese oBMWnão podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito concavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.
As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos!
São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.
Mia Couto, in 'Pensatempos'
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