Naufrágio
Cada vez que te leio, o seu o mar é dilúvio para meu ser. Detalhei o meu naufrágio, mas ascendia em mim um amor puro infinito escrito pelas estrelas.
E como uma nômade peregrina procuro habitação em frases censuradas que lapidam as estrofes de uma canção.
A saudade brota
Lágrimas de flores, exalando perfumes de jasmim...
Nas minhas entrelinhas das minhas falas...
O infinito estrelado resplandecem luzes no altar, o seu beijo é sagrado em cama de flores em lúcida imaginação. Assim adormeço em delírio entorpecida de amor aos cuidados da sua poesia.
Renascendo todo dia.
"E que cada linha um em capítulo possa suprir um desejo pessoal!"
Deixando que eu exista em ti.
NAVEGAR!
Na rota sublime do amor
o naufrágio da felicidade
fui marinheiro arpoador
no porto da infidelidade
seguindo o barco a vapor
navegando em minha dor
nos oceanos da saudade.
No meio do nada
Em naufrágio
Sem terra firme a vista
Sem você a me esperar
Estou perdendo o fôlego
Desisto de nadar
Naufrágio
Sem rumo em um barco que não é a vela.
Em um simples barco de papel onde foi guardado sentimentos.
Foi afogado por marés de dores e porquês.
Girando em torno de sentimentos que causam confusões.
Cada vez mais tonto por conta da ilusão que foi o girar de um gira-gira e o balançar de um balanço.
Por mais que não alcance mais o seu sorriso e seu olhar,continuo a lembrar.
Afogando sozinho nesse barquinho de papel que me foi deixado.
Me sentindo vazio,sem mudanças,são ilusões?.
Será que houve entendimento ou foi apenas um tanto faz,pois ficamos mais distantes e frios.
Tentando similar polo norte e Polo sul nunca nos encontramos.
Olho para nós dois e vejo apenas um naufrágio… tudo que construímos, os mares que navegamos, as rotas que traçamos… talvez eu aceite que eu deva deixar o vento te lavar e deixar o barco seguir o ritmo da maré, mas enquanto o redemoinho não me sugar pras profundezas do oceano, não posso deixar que a correnteza causada por mim arraste o meu tesouro mais precioso.
o meu amor é livre
ou liberalista?
sentencio meu naufrágio
por essas bandas do amor liberalista
desde quando me percebi
buscando encontrar o meu eu
em múltiplos pares
absorvida pelo mundo
das necessidades fragmentadas
o amor liberalista surge
de um pequeno ódio
revolta pitoresca
a dor dos acordos não respeitados
se encouraça
como uma desesperança desmedida
é demanda disfarçada de autonomia
é a liberdade dos desencorajados
a tomar um gole de si
debandada de quem come gente
como se come o mundo
urgente no desejo de se retratar
Teus lábios são o néctar
em que me perco
vida abaixo...
na busca pelo naufrágio
me entregando ao desejo
teus lábios são as fontes
em que enfio meus sonhos
meus pudores...
no deleite dos licores
me entregando a lampejos
teus lábio são pitadas exatas
em que enfio meu coração
minha felicidade...
na busca pela cumplicidade
me entregando a cortejos
teus lábios são o brilho da manhã
em que me entrego
por inteiro
no encontro de teus beijos aventureiros
me entregando a gracejos
Mario de Almeida
o poeta castanhalense
Ensaio
Quantos naufrágios há de esconder este teu olhar oceânico?
Quantos corações terá tragado para teu íntimo profundo?
Quantos mistérios hão de repousar na calmaria de tuas águas?
E quanto sofrimento desaguou o teu peito por este mundo?
Ah, Poeta!
O que será de mim,
consumida por este mar,
n'uma ressaca tremenda de Amor,
que inconscientemente tragou
para dentro de si meu Coração,
e o arrebatou contra as rochas da Vida?
O que será de meus restos naufragados?
O que há de voltar p'ra mim - além da Solidão?
E o que há levar para si - além de meu Amor quebrado?
Diga-me, Poeta!
- O que há de tão profundo e devastador em teu olhar?
As vezes as tempestades dentro de mim me levam ao naufrágio .. aí eu nado , nado , nado e morro na praia ... mas renasço. Serena , calmaria , feito mar , maravilha ... me refaço me reencontro , me reergo, me reconecto e assim sigo sendo eu ,mais forte do que nunca!
NAUFRÁGIO
Quem me leva para Galiza?
Meu barco ficou atolado
Quase afundado
Na Boca do Inferno
De Cascais da Costa da Guia
Inda quase a noite era já de dia
Com o leme despedaçado
Quando eu apontava no caderno
O norte onde eu queria
Alcançar a terra do meu fado.
Quem me leva para Galiza?
Às minhas amadas ilhas de Cies e Ons
Mágicas de vidas de outros sons
E tantas saudades das Sisargas
E a amada de San Simon
Onde repousa o coração
Do amigo das costas largas
Que a onda arrebatou em Medal
Na trágica noite do temporal...
Quem me leva para Galiza?
A terra verdadeira dos meus astros...
Se lá não voltar em vida
Certinho será na muerte
Consorte
Requerida
E então abraçarei meus avoengos
Velhinhos mas solarengos
Os meus saudosos Castros.
(Carlos De Castro, in Boca do Inferno de Cascais, 02-07-2022)
Estamos afundando baby
Mas não somos qualquer naufrágio
Somos o titanic
E toda a tragicidade
Me faz odiar o final
Mas amar o filme
Porque o final
Não consegue apagar a beleza de todo o resto
A Rosie conheceu jake
E isso talvez já valha uma vida inteira
A nós
Contemplo a arte que criamos
E saiba que ainda que seja um naufrágio
Daria sempre um jeito de você subir na minha tábua
Quando te conheci a sensação era que me salvava de um afogamento; no entanto, agora, o meu naufrágio parece pior, pois estou preso à vida que tenho e dela não posso sair.
Quabdo você me deixou
Vivo em naufrágios
Tudo virou um temporal
E todos os nossos sonhos
Evaporaram, não vejo teu sinal
De que voltarás...
Tuas palavras foram falsas
E inseguras...
Com certeza sairei desta situação,
E breve este meu coração,
Achará um alívio com direito a calmaria
E tudo será dissipado e abminado...
***
Barra do leme
Meu próprio luto.
Sofri um naufrágio...
Estado total de triste apatia.
Em nenhum lugar me encaixo...
Pode o mundo virar de cabeça pra baixo.
Quando minha cabeça toca o travesseiro...
Cadê aquela guerreira?
Âncora levantar.
Por esse marzão imenso navegar...
Sem roda do leme, sem governo, sem timão...
Nunca mais atracar.
Só... e só as batidas do coração.
Vontade imensa de a chuteira pra sempre pendurar...
Umbelífera
Todo naufrágio é desesperador até o momento em que propiciam as correntes que venhamos a explorar novos mundos. A nau tem vida curta; as riquezas que podem ser encontradas são perenes.
Questão de ótica.
É em águas rasas e calmas que o mar nos oferece o que tem de melhor.
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