Nao sou a Mulher Perfeita sou eu
NO TEMPO
Sou o eu que marcha, que andeja
Princípio, sou fim, poesia agarrida
Levo o plural: a tristura e a peleja
As vaidades, e os alardes da vida
O tempo passa, repassa, ou seja
Corre, e nesta ventura, a medida
Pra cada hora: a fé, assim esteja
Os anos no muito na sua torcida
Vou levando acertos e os danos
Vou levando o tudo e o instante
O amanhã a extensão dos anos
Ninguém pode evitar o talvez
Assim, que tudo seja vibrante
E o amor, o primordial da vez!!!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Assim deve se comportar alguém sensato diante da possibilidade de Deus:
Eu sou o que sou, e isso me basta. Nada que eu faça mudará fatos e verdades eternas. Ou somos origem do caos ou fruto de um desejo inteligente, obra de uma mente superior, algo que, como criatura não poderíamos compreender nem explicar.
Assim diz o homem, consciente da sua insignificante condição humana: Eu sou o que sou, e isso me basta.
Duvido que o seu café seja o mesmo com outro alguém. Eu destroço mesmo qualquer um. Sou razão, alegria, amor e paixão! Desculpa aí...
Imagine que eu sou o que você mais gosta, e depois, imagine você me destruindo. Bem... É assim que me sinto agora.
Eu sou contador de estórias, músico, activista
Conselheiro da corte, genealogista
Moderador ou mediador da sociedade
Para a formação e educação da comunidade
Venho do maior Império feudal
O estado de Songhai da África Ocidental
Congrego almas à volta da fogueira
Desde o século XIII que sou mestre de primeira
Amadou Hampâté Bâ, Aimée Césairé, Sekou Touré
Elikia M'bokolo, Sotigui Kouyaté
Eu canto à medida do vosso entendimento
Enquanto o Kora suaviza os pensamentos
Sou guardião na aldeia A, B ou C
Mali, Burkina Faso, Senegal, Guiné
No Oeste do Egipto, na África do Norte
O agente mágico da narrativa chama-se GRIOT
Só porque sim
Sou viciado em abraços
E agora, que faço?
Anda, dá-me um abraço
E eu por completo, me refaço
Abraça me forte
Junta-me os caquinhos
Meu amor, que sorte
Ter os teus carinhos!
Anda, abraça-me!
E eu, abracar-te-ei também
Porque é no aperto do teu abraço
O único sítio, onde me sinto bem!
Luis Miguel
_Eu sou um momento torturado...
_Acorrentado uma cadeira elétrica,
_Cortado em meio ajuntas,
_Sem unhas agulhas fazem a dor parecer um alivio,
_Mais banho gelado depois outro banho de sal grosso,
_Confessa pode disser_
_Mais ainda a vida num corpo desfigurado,
_O afogamento parece um sonho bom_
_Gritos não são mais uma agonia dos cortes,
_Mais um choque para se lembrar,
_Reflita logo terá uma visita da sua esposa_
_ Cortando um dedo para saber que não estamos para brincar_
_O enforcamento será só mais um momento enquanto assiste um estrupo_
_Confesse e diga quem são seus companheiros_
_Sua boca está suja devemos tirar seus dentes_
_ Assine sua confissão e terá a clemencia estará livre_
_Seus crimes serão arquivados numa cova_
_Um tiro e será cobrado a bala de seus familiares_
_Se não aceitar terá a faca como companheira...
_Sua esposa já esta morta, nem aguentou o sargento_
_Parece um alivio mais vamos continuar pois ainda não confessou...
Eu fui sincero
Falei o quanto sou falho
E que, erro muitas palavras
Mas eu também disse
Que daria o amor
Mais humano que existe
Que eu seria
Seu por inteiro
Com feridas, marcas e medos
Mas inteiro
E se você for embora
Vá sabendo de tudo isso
Eu dei meu melhor
E sempre vou dar
Mas, se você quiser partir
Trilhe seus caminhos
A porta está aberta
E minha alma
Sempre será seu lar.
Mas eu te peço
Fica
As pessoas são momentâneas, e eu sou intensa demais pra viver de momentos, sou mais de eternizar as coisas.
Eu sou o griot, o mestre da literatura oral
Narrador por excelência, sou um instrumento musical
Trago uma vertente mais sublime, inalcançável
Suavizante, transcendente, agradável
Não formatada dada a sua originalidade
Não palpável a sua imaterialidade
Escutar é ir além do simples ouvir
É captar o sentido dos sons e reflectir
Perceber e compreender sua forma estrutural
Quanto maior o conhecimento, melhor a compreensão musical
O que canto foge às leis entendíveis da razão
O que canto é o que escrevo e o que escrevo não canto em vão
Quem ainda me escuta até os dias presentes
Mergulha logo numa realidade envolvente
Sei que o que eu canto não agrada tipo lixo
Nem por isso vou parar de cantar para alimentar caprichos
tu é bonita demais
poxa pensei escrever uma musica
tu é tão bonita e eu sou fuleiro,
toco musica debaixo do chuveiro
te vejo dançando na chuva
beirada da praia te vejo cantar na madruga inteira,
e passo todo momento espero parecer
na noite que esqueço quem sou fuleiro...
meus amigos chamam para sair de novo...
ninguém sabe que quero beber até morrer,
de noite busquei te encontrar até manhã...
Tenho tantos devaneios
Que é facil enganar-me
Dizendo que sou louco,
Mas eu entendo, ao conhecer-me,
Que isso tudo é esperança
Que está no calabouço.
Existe, neste imenso mundão,
Um amor que é falso
E outro que é verdadeiro,
E o único amor que temos
É esse que é repartido
Entre o pela metade e o por inteiro.
Qual porém é por inteiro
E qual é pela metade ?
Ninguém nos saberá explicar;
E amamos de maneira
Que o amor que a gente tem
É o que o mundo vai aceitar.
