Nao me faz Andar pra Tras e nem Ficar Parado

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Sou o que Fica -

Eu sou o que fica parado, contra o tempo,
numa espera inútil e cansada,
num espaço aberto, contra o vento,
onde a Alma está ainda agrilhoada.

Sou o que fica depois de tudo terminar,
calado, ausente de esperança,
num silêncio abrasador, a chorar,
mas com alguma Fé e Confiança.

Sou o que fica vestido de madrugada
com sapatos de silêncio à beira mar
e que caminha numa longa estrada
numa pressa incessante de chegar.

Eu sou o que fica sem ficar
a mágoa apetecida sem razão
o triste barco ao cais pronto a largar
a que o destino deu o nome de solidão.

Inserida por Eliot

Teria parado o tempo naquele instante
No instante em que há conheci.
Só pra entender
Da onde saiu esse sentimento obsceno
Que me maltrata com tamanha grosseria.

Será um castigo
Pensar há todo instante em ti?

Há, não sei o que pensar
Estou perdido.
Estou louco.
Estou vendo as grotas se abrirem
E meu coração sendo levado
Pela força bruta das águas.

Estou perdendo a esperança!
Meus olhos secaram.
Meu rosto está pálido
Envelhecido de angústia.

Tudo que vejo me lembra
Aquela mulher.
Aquela poderosa mulher
Que quebra rapidamente
As pedras do meu peito.
Com teu sorriso de diamante
Que reflete a quilômetros.

Tento evitá- la
Mas não consigo
Aquela mulher
Tem sobre mim
Total domínio.

Tão forte é seu olhar
Que esqueço
Que é por causa dela que choro.
E relevo
Adormeço
Sonho
Não adianta ela está no sonho
O que me resta é aceitar
Eu a amo
Não tem como negar.

Inserida por Cruz

⁠Vocês pareciam tão pilhados quanto eu
Ríamos de chorar
O carro parado, rodava a cidade
A mais de 140 km por hora
O vento da madrugada repuxava o rosto desconfigurado
No vidro da janela, o reflexo de mim mesmo
Me acompanhava feito sombra
Agarrado pelos pés de um solo infinito que ruia
Íamos, íamos, íamos e nunca chegavamos
Duas e dezenove, 2:19, três, duas e dezenove
Eita, que p**** é essa?
Diga-se de passagem, mas estavam todos lá
Um a um iam se apresentando
Música, olhares, toques e sorrisos
Complexos, incertos, oportunistas, poderosos eu diria
De fato aquilo tudo era ridículo
Mas foi tudo que ficou, desde o princípio
No primeiro golpe
Fugimos no estalo do recado
Leves, tão leves, que voavam, flutuavam
Não parecia certo, mas era bom
Muito bom pra ser verdade
E não era

Inserida por eriecsoulz

⁠REFLEXÕES
Tempo estranho parado em torno de mim,
Mais agitado no meu interior, fervilha pensamentos, momentos, quem sou, onde estou em cada situação em que sou arremetida.
Busco-me no centro de mim mesma, tentando compreender o sentido mais profundo da minha existência, que por vezes se revela em situações difíceis como esta.
Os valores essenciais rondam minha alma.

Inserida por ceicapearce

⁠Envelheci uns 70 anos nesta quarentena. Este mundo todo parado. As pessoas trancadas em suas casas (as pessoas boas, né, porque as ruins estão nas ruas, com exceção de quem é obrigado por causa do trabalho), porra, está tudo fechado. O mundo ficou vazio. Chato. Desconfiado. Tudo é contagioso...
Não estou reclamando do comportamento de ninguém, nem da condição do isolamento. Não, pelo contrário. Acho que é necessário esse sacrifício e é natural que estejam assim com essa neurose. O problema é que não estávamos preparados para isso, principalmente para quem gosta de gente, de contato físico, calor humano. É difícil você ficar em casa preso, com tanta energia pulsando em ti, o mundo lá fora fervendo, as estradas, as ruas, a noite lhe convidando para sair, mas foda-se. As vontades precisam ser contidas, por enquanto (mas se puder vivê-las não hesite). O amanhã é incerto e os desejos não são eternos - assim como a gente também não é.

Texto: SirFoda (Apollo Narciso)

Inserida por apollonarciso

É se jogar no rio parado, e sacudi-lo
É fazer todas pessoas que dançam na festa parar
Tocar no peito e sentir a contração do coração
Fazendo a pressão arterial sistólica aumentar
QUANDO DUAS BOCAS SE ENCONTRAM

São duas almas se comunicando sem sair palavras
São esperanças sendo ativas inconscientemente
É o querer ficar, e esquecer o ir embora
Dizer ao mundo: Pare que daqui eu não quero sair
QUANDO DUAS BOCAS SE ENCONTRAM

Imaginamos logo o fogo se ascendendo
O colchão chamando para delírios
A roupa gritando que precisa ser tirada
Fios de cabelo se alertando fazendo o arrepio aparecer
QUANDO DUAS BOCAS SE ENCONTRAM

Inserida por escritasbia

Aqui há encantamentos, nada fica parado tudo gira sem parar, é o planeta terra.

Inserida por leilaboas

O professor que parou de estudar já deveria ter parado de ensinar.

Inserida por sandro_melo

Nunca desista de lutar, desista de permanecer parado.

Inserida por AISLANDLANO

E tudo era como as páginas de um livro escrito a lápis. Um livro imóvel, parado, recebendo chuva de poeira. Suas letras se apagando aos poucos, lentamente, até que ele não tenha significado nenhum, nem mesmo saibam que aquilo um dia foi um livro.

Inserida por MatheusHoracio

TEU SORRISO ME DÁ PAZ

Fiquei triste quando te vi
Num canto parado
Como se estivesse acuado
Semblante sério, sofrido
Olhando o nada, perdido
Não via mais o brilho
Nos olhos do meu filho
E mesmo sem entender
Sem saber o que fazer
Ajoelhei-me para orar
Mas precisei silenciar
Então, mediante aquele olhar
Triste, parecendo vencido
Deus atendeu o meu pedido
Te vi tranquilo, sereno
E o teu lindo sorriso
Voltou me dar a paz
Que tanto preciso

Sandra Leone

Inserida por SandraLeone

Adoro essas crises porque trazem movimento ao terreno parado das mentes inférteis e realizações as que já produzem...MUDANÇAS

Inserida por acvomotta

🦋 OS OLMOS

Andam pela luz do vento
Sem correr no tempo parado
Num mundano contemplar
Enche a boca num calão perverso
Para não chegar à alma
Profeta da essência mais mortal que os anjos
Que imita um mestre já morto
Mudo esse o seu mundo
Num rio que corre sem correr
Achado instinto de um dom
Sofridão que verte intensamente
A solidão sem poder ver a luz
Entre uma caixa deixada sem almas
De um poeta mudo, amordaçado na carne
Pela lua cheia entre as folhadas dos olmos
Onde se esconde com medo mas não dos lobos
Há em mim um místico sentimento 🦋
De felicidade nesta tela pintada pela natureza
Vista por fora e sentada me encontro
Olhando por dentro sentindo-me a flutuar
Nas cores que vejo e revejo na tela
Deixo-me voar por entre montes e vales
Caminho de terra batida na branca geada
Onde o Inverno morre despido
Pela intensa neblina na serra de Bornes
E em cada degrau me há-de levar ao céu.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

Do Outro Lado


Aqui estou eu, parado no escuro.
Cansado de viver sozinho.
Agora vejo o tempo passar.
Olhando por essa janela embaçada.
Esperando a chuva passar.
Meu coração está aqui.
Ainda bate forte por ti.
Eu vou esperar.
Não ligo para o que foi dito.
Porque do jeito que estou, eu não quero ficar.
Eu espero o que for preciso.
Todos os dias.
Até essa tempestade passar.
Eu não posso ir até você chegar.
Você vê o caminho que eu não consigo enxergar.
Vou esperar você bater na janela.
Você é a melhor que já tive.
Você não pode ter ido longe demais.
Aqui estou eu, preso entre céu e inferno.

Inserida por anderson_smith

"Parado em frente ao mar
me peguei a pensar
as ondas são como nossas memórias
nos trazem que queremos esquecer
E nos leva o que queremos lembrar".

Inserida por jluciano

⁠Eu só queria ter meu tempo,
E com ele a leveza do vento,
Meu lar,
Meu momento,
Parado no tempo,
Entre meus livros,
Reflexão...
Um freio nesse mundo louco,
Uma taça de vinho,
Um disco na vitrola,
Nada para dar bola,
No oitavo andar do meu apartamento,
A leve brisa,
A rede balança,
Meus cabelos em quase uma dança,
O cheiro de banho tomado,
Ninguém do meu lado,
Meu espaço,
No Amor da minha companhia me enlaço...

Inserida por LeticiaDelRio1987

A vida te da duas opções,você evolui ou fica parado no tempo..⁠

Inserida por JonatanLuz

⁠Uma vida esquecida

Eu conheço o vidro franja por franja
meticulosamente
à porta parado um homem oco
franja por franja no espaço
meticulosamente oco uma porta parada.
Um relógio dá dez badaladas ininterruptamente
dez badaladas por brincadeira dança
um homem com pernas de mulher
e um olhar devasso no Marte
passo por passo uma criança chora
uma águia e um vampiro recuados no tempo.

Inserida por pensador

⁠O berro do bueiro

Aquele som estranho dos carros bêbados
descendo a rua acelerados
e eu ali parado
vendo o movimento da madrugada
fria e dura a me espreitar.

E todo aquele ensurdecedor silêncio no ar
e o barulho dos cães latindo sem propósito
e dos galos cantando fora de hora,
enquanto os passos mudos de alguém vira a esquina em sinfônia randômica
e a orquestra da vida noturna aleatória rege o caminhar cuidadoso dos gatos
a espreita dos ratos
e dos ratos a espreita das sobras e restos
nos ralos e bueiros sujos e cinzas da avenida meu Universo.

Na calçada, esperando o caminhão da coleta passar na segunda,
o monte de lixo amontoado na esquina,
sendo revirado por todo mundo -
(cachorro, gato, rato, cavalo, gente...).
Naquela hora, a neblina que baixa sobre a rua
e encobre o plano, aumentando o drama e criando o suspense que nos comove.

Ao fundo, o som dos aviões na pista do aeroporto
aquecendo as turbinas e os motores para a próxima viagem.
De repente o rasgo abrupto
do sopro e do grito afoito
ecoando imaginação afora
e fazendo firulas no ar escuro da madrugada,
o estrondo no céu parecendo trovão
e o deslocamento massivo de ar
que canta melódico sua fúria, enquanto surfa pelo vácuo do éter febril do firmamento.
Isso encanta, mas também assusta.

De repente alguém que grita
e a multidão na praça se alvoroça
e volta a ficar muda e bêbada
e cega e suja e dura e pálida
e surda e débil e bêbada.

E o susto repentino na fala de alguém que reclama alto
e foge rápido, sem destino,
só corre por causa do risco imensurável que impõe-lhe o medo.

Sozinhos, a essa hora, todos estão em alerta por medo do que não se vê:
- O rato corre do gato
- O vento corre no vácuo incerto como o susto do medo
do vazio que traz desassossego
e do incerto que ninguém quer pagar pra ver.

Enquanto dorme o bairro só eu estou acordado...
Olhando para o tempo em silêncio,
para o vazio a minha frente,
auscutando meu coração acelerado,
tomando o último trago,
fumando o penúltimo cigarro
e assistindo de camarote a chegada triunfal do sol, antes do fim.

Inserida por JWPapa

⁠O relógio, além de, mesmo parado, acertar duas vezes por dia, é um instrumento de medir o tempo com utilidade sem fim.

Inserida por ze_vilela