Nao Chega aos meus Pes
Ando com um nervosismo que preocupa. É daqueles com um pouco de medo, de ansiedade, de querer e não querer, tudo ao mesmo tempo. Uma hora a gente cansa da palavra mal dita, dos olhares atravessados, de andar e não chegar a lugar nenhum. E de tanto esperar por um novo começo que nunca chega, a gente acaba perdendo a vontade de ir em frente.
É que eu afasto as pessoas, entende? Eu não sei ser legal. Eu me sinto como um diálogo que não começou. Eu sou deslocado, desastrado, me perco com facilidade nas coisas. Vez ou outra me pergunto se estou agradando, porque é tão ruim ter essa sensação! Tipo, eu não quero parecer forçado para as pessoas, entendeu? Não sei bancar o amigo de todo mundo e ser o descolado. Ficar rindo o tempo inteiro não é bem a minha. Não sei inventar uma moda que não me agrade. Eu não sei gostar do que os outros gostam. Não sei viver paradoxos. Não sei fingir. Eu sou isso, e eu já nem sei o que sou direito, porque ninguém se parece comigo. É como se eu só existisse dentro de mim, ou, sei lá, talvez não exista.
Você diz que não é forte, menina, mas acho que ninguém aguentaria isso tudo que você guarda dele aí dentro.
Só tem 15 minutos que eu acordei, mas já imaginei tantos diálogos que não vão acontecer, fotos no pão de açúcar que não serão tiradas, sorrisos em festas que nunca serão vistos, atitudes e pedidos que serão impossíveis de se tornarem reais .
O meu futuro? Está nas mãos de Deus, pois não questão de cuidar de algo que sempre está fora dos meus planos, que me surpreende não importando se bom ou ruim.
Já ando feito um louco pelas ruas. Não obedeço sinal, passo entre os carros em movimento como se fosse a coisa mais normal do mundo. Vez em quando me assusto com os freios e paraliso. Outras vezes, dou uma risada cínica e viro as costas. Porque chega uma hora que morrer parece não ser tão doloroso, então pouco me importo. Chega uma hora que nada mais é lindo, nada dá certo, nada é encontrado. Por isso acabo com o maço do cigarro em um minuto. Minha vida se transformou numa morbidez completa. É a fase terminal que poucos reconhecem, mas que uma hora, quer queira, quer não, chega pra todo mundo.
Não sei explicar se o rádio diz teu nome antes de cada canção, ou se sou eu quem o sussurra sem notar; por vezes, ouço tua voz nos acordes do violão e me apaixono.
E ficamos nesse vai e volta, quer e não diz, chora, mas não controla. É doença, é loucura, é covardia. Mas é medo, eu sei − medo de se apaixonar ou de estar apaixonado.
(...) Não o culpe se não der certo. Não se preocupe, não se culpe, se ocupe. Se você acordar desse sonho, é isso mesmo, flor, coloque na cabeça que acontece. É coisa do tempo, é coisa da vida, é como capítulo de novela. Um dia tem que acabar.
Você sabe que não fui eu quem desisti. Sabe que eu fiquei e ficaria até os últimos dias da minha vida.
(...) A saudade mora no beijo de chuva que não aconteceu, no retrato que não tiramos, nos sonhos perdidos no travesseiro (...).
Até poderia ter sido uma paixão. Mas você não permitiu que fosse. Então tornou-se uma boa aventura apenas!
As coisas podem até não estarem dando certo. Mas continuar tentando, e acreditando que tudo vai melhorar, é simplesmente a única opção que vejo. E é com esse Sorrisão que vou encarar tudo. Não sei o que é desistir. E nem tenho vontade de descobrir. "Viver um dia de cada vez.". Os dias de luta hoje, serão dias de glória em breve.
Então o jeito é Correr atrás do prejuízo!
SINCERIDADE
Em nome da verdade não apliques a palavra contundente sobre a fraqueza daqueles que caminham desequilibrados ao teu lado.
A pretexto de servir à causa do Bem não derrames espinhos pela senda onde segue teu próximo, tentando, dessa forma, ser coerente com as próprias convicções.
Falando em nome do ideal que esposas, evita a exposição petulante dos conhecimentos que um dia te conferiram; apresenta-os aos ouvintes com a simplicidades que agrada e sem a pretensão de emitires o último conceito.
Justificando a tua maneira sabia de viver, não ter faças desagradável companhia, usando, indiscriminadamente, a palavra ferinte e o argumento intolerante, a expressão deprimente e a frase impiedosa em relação àqueles que ainda não podem seguir-te os passos.
Procurando liberar a tua alma do erro, não intentes escravizar aos teus caprichos de pensamentos quantos não têm possibilidade de voar contigo na amplidão do conhecimento.
Nas observações que feres, não te esqueças que nem todos os seres se encontram preparados para ouvir-te as repreensões, mesmo quando coroadas das melhores intenções.
Procurando ajudar, não te detenhas apenas na descobertas da ferida; utilizar do singelo chumaço do algodão e cobre a enfermidade com medicação balsâmica.
Não te esqueças de que a verdade, semelhante à moral, penetra, lentamente, acendendo luzes na escuridão e vencendo trevas sem precipitação em gritos, generalizando-se, poderosa.
Muitas vezes se serve melhor à verdade, calando a palavra ofensiva e constringente que jamais edifica.
Saber e silenciar, receber e guardar, ouvir e reter são manifestações que contribuem mais para a campanha de esclarecimento do que expor a verdade, aos gritos,junto às almas que não se encontram preparadas para a renovação.
Sinceridade!...
Quantas vezes em teu nome se destrói, esmaga-se desanima-se e persegue-se , acreditando-se servir à honra e ao bem.
Por isso mesmo, lavra teu campo, meu irmão, semeia a bondade e a luz e, sendo sincero para contigo mesmo, serve ao ideal do Cristo na humanidade inteira, ajudando, sem cessar, a quantos caminham pelas tuas veredas.
Não será isso, porventuras, o que Jesus faz conosco?