Músculos
“Se o tempo envelhecer seus músculos, pele e ossos, mas não envelhecer sua mente, alma e espírito, você encontrou a felicidade, o amor, o sentindo da vida e a imortalidade…
…pois o corpo envelhece, mas a mente permanece jovem, a alma de criança sorridente, aventureira e misericordiosa sempre vive, e o espírito de adolescente, jovem e feliz deve durar para sempre”.
O sofrimento treina a mente e/ou o espírito assim como os exercícios treinam os músculos, mas, curiosamente, pai nenhum quer ver o filho sendo o personal trainer de ninguém.
Os músculos respiratórios diferenciam-se dos outros músculos estriados esqueléticos por serem mantenedores da vida. Sua atividade constante e variada, na vigília ou durante o sono, proporciona suprimento energético não somente para a continuidade da vida, mas para que a vida se expresse com a potência possível a cada indivíduo.
Se ao longo dos anos você não exercita os músculos do corpo, a energia vital se apaga — e quando some, dificilmente volta com a mesma força.
O movimento da escrita cria músculos nos versos,
reversos que fortalecem a poesia...ato de ousadia.
/SONETO 02 - QUEDA LIVRE
Acima do Véu
Prometi a ti a vida que falei.
Rasguei os músculos dormentes,
Queimei a pele no sol quente
E até as lágrimas, enxuguei.
Mergulhei fundo na vida para ter o mundo.
Segundos duraram anos longe de você.
Profundos tormentos senti para vencer
E no fim vejo somente sorrisos imundos.
Quisera eu poder alcançar o céu
Sem precisar ver acima do véu.
Estaria você a me iludir com vagas esperanças.
Agora frágil e jogado ao léu,
Vivendo amargo feito fel,
Como poderia eu ainda ter confiança?
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, mas sim a sua bondade e seu amor sem tamanho...
Arrefecer
E depois do fim, do frio na barriga
De quem cai de amores
Eu volto pra casa com músculos doloridos
E então o sangue esfria, e os espasmos correm
E a dor de hoje cobre a de ontem.
“... nossa forma representa nossos hábitos fisiológicos e até nossos pensamentos habituais... A forma do rosto, a da boca, das pálpebras, e todos os outros traços da fisionomia são determinados pelo estado habitual dos músculos planos, que se movem entre as camadas gordurosas que se localizam debaixo da pele. O estado desses músculos vem do estado de nossos pensamentos... Sem que o saibamos, nosso rosto, pouco a pouco, vai se modelando de acordo com nosso estado de consciência. E com o progresso da idade, torna-se a imagem cada vez mais exata dos sentimentos, dos apetites, das aspirações de todo o ser...”
(Alexis Carrel in “O homem, este desconhecido”)
É complicado tentar burlar as leis naturais! Todo atalho é perigoso! E a lei do menor esforço engorda, atrofia os músculos e o cérebro! Lamento por mim, estando eu sedentário demais, buscando conforto. Correr na chuva é melhor que correr da chuva!
Liderança que manda e não pega na pá, só cria antipatia, hipocrisia e melancolia, evocam palavras com santas bajulações, contribuindo com o enfraquecimento dos músculos do rebanho.
Você é do tamanho dos seus sonhos, e sua força é proporcional a sua determinação, e não aos seus músculos.
Se essa barra tá pesada meu amigo, não desista caso não for de chocolate pelo menos vai te criar músculos.
Estou de saco cheio desse pessoal que acha que para ficar bonito tem que estar todo malhado e cheio de músculos.
Estou de saco cheio de críticas e mais críticas de pessoas totalmente hipnotizadas por um ideologia que se preocupa mais com a cintura do que com sua vida espiritual ou familiar
Talvez sonhasse...
Com um mundo mais culto ...
Porém menos chato...
Com pessoas que exercitassem o cérebro...
Com o mesmo afinco que fazem com seus músculos...
Diante os espelhos...
Entre as latrinas...
Nós diversos banheiros...
Ranger de nevoeiro...
Terra de escravos...
Roupas justas...
Espíritos vazios...
Para que prego?
Para quem falo?
No fundo da virtude...
A terra é triste...
Olhos opacos...
Sorrisos sem graça...
Mãos que gesticulam...
Sem nenhuma dádiva...
Tempos estranhos...
Tempos esquisitos...
E eu que a tudo observo e sinto...
Fico perdido...
Não me acho...
Eu cavo na vida a semente da libertação...
Esquivo- me de falsos abraços...
De nojentos apertos de mãos...
Partes perdidas de um só...
Que a razão despedaçou...
As aparências tornaram-se mais importantes...
Todos querem respeito...
Anseiam ao amor...
Mas estão todos perdidos...
Caminhando em direção ao abismo...
Cada um por si...
E tão só...
Deixo no ar...
Atrás de mim tão distante...
Os desejos de uma vida mais simples...
Plantar...
Cultivar e colher...
A verdade...
A sinceridade...
O amor tão escasso...
Hoje fadado ao fracasso...
Não há como encher a taça...
Tudo perdendo a graça...
A inocência é corrompida...
A dúvida disfarçada e mais sentida...
O purgatório decorado...
O túmulo é bem caiado...
Mas por dentro...
O mais fétido excremento...
Envelhecer é triste...
Não há novidade...
Tudo é tão repetido...
Até os sentimentos...
Nada se encontra...
Tudo é outrora...
Tudo já é perdido...
Há uma vaga brisa...
Soprada pela esperança de anos vividos...
Doçura dolorosa...
Independência da alma...
O mistério alegre e triste de quem chega e de quem parte...
De que sorri...
Enquanto a alma chora...
Sandro Paschoal Nogueira
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