Mosaico
“Entre pinceladas de aquarela, formo um mosaico de cores, cuja tela branca, pouco a pouco, vai cedendo lugar ao fruto de minha criação, um quadro contendo instantes da minha existência.”
Não zombe quando ver alguém debaixo de chicote, porque você ainda não viu o mosaico completo da obra
Em São Paulo nasce uma favela à cada 8 horas, o mosaico de tijolo vermelho é eterno canteiro de obras.
Casaco Marrom
Ainda lembro
Daquele casaco marrom
Todo em mosaico
E sujo de batom
E quando eu usava
Ficava parecendo um atum
Mas todo mundo me aturava
E achava aquilo
Tudo muito comum
Todo mundo queria me ver
Como antes nunca se quis
Todo mundo via o casaco
Como antes nunca se viu
Assim fazia essa essa gente
Sempre que me vestia
Aquele casaco marrom
E não queria nem saber
Se pra quem sorria tava bom
E se o tempo tava quente
Ou fazia muito frio
Se a estrada era aquela
Que já não levava a lugar nenhum.
O que fazes com o coração das pessoas doce menina? Traduz-os em pedaços e monta um lindo mosaico. Parece que sabe o que se passa, se não sabe, sente e se sente digo com toda certeza, tem o poder de acarinhar aqueles que te ti se aproximam. Isso faz parte do que é belo, do que é divino.
A vida é um mosaico de fragmentos: algumas peças se encaixam com perfeição, outras se perdem no tempo. Mas sempre existe a chance de preencher os espaços em branco e dar novo sentido à versão final.
O mundo não se revela inteiro, ele se fragmenta em pedaços de olhar. Cada pessoa junta seu mosaico, e é nesse inacabado que mora a beleza da existência.”
— Alexsandro Luz @culturaescola
O que me quebrou virou mosaico feroz, estilhaços convertidos em muralha, a alma costurada com coragem e cicatrizes.
A verdadeira turismóloga carrega em si um mosaico de culturas, transformando cada encontro em parte de sua essência.
Minha reconstrução diária é um mosaico sagrado feito com a cuidadosa reutilização dos destroços que o tempo insiste em chamar de passado.
Poucos enxergam que somos um mosaico,
e cada pedaço conta uma história,
que as vezes evitamos falar.
Mosaico
Sinto que algo se quebra, mas não sei onde...
Sinto que se quebrou de tanto bater,
Mas que se não batesse, também quebraria.
Sinto que se quebrou de uma só vez,
Não tinha fissuras, sequer arranhões,
Mas se quebrou de uma só vez.
Sentir que algo se quebra,
Revela em nós a nossa fragilidade.
Expõe ao mundo que também somos quebráveis.
E que para tanto, é dispensável a existência de cicatrizes outras.
Sinto que estou dividido,
Entre o que sou, e o que me deixei ser.
Sinto que unir já não é mais alternativa,
E que terei de conviver com os destroços de algo que um dia foi completo.
Está quebrado.
Foi súbito, mas quebrou.
Fugaz, que nem vi quebrar.
Tão intenso, que senti a quebra com todo o meu corpo.
Sei o que se quebra, e só sei porque o sinto.
E para sentir, basta estar vivo.
Toda resistência tem sua falibilidade, diriam.
- Quebrou, eis a verdade!
- Quanto a mim... O que farei com um coração partido, quebrado e feito em pedaços?
- Não sei... Mas pode dar um belo mosaico.
Qual o Valor da Vida?
A vida, em sua essência, é um mosaico complexo e multifacetado que escapa a uma definição simplista. É uma tapeçaria tecida com fios de experiências, emoções e conexões, cada uma conferindo uma cor e uma textura única ao nosso existir. No entanto, a verdadeira questão que frequentemente emerge nas profundezas de nossas reflexões é: qual é o valor da vida? Esta questão, ao mesmo tempo tão simples e tão profundamente enraizada na filosofia, desafia-nos a examinar nossas crenças, valores e percepções sobre o que significa realmente viver.
O valor da vida não pode ser medido em termos materiais ou quantitativos. Não reside em riquezas, posses ou status social. Em vez disso, encontra-se nas qualidades intangíveis que dão significado à nossa existência. A empatia, o amor, a amizade e a capacidade de se conectar profundamente com outro ser humano são elementos que transcendem o tangível. Essas experiências emocionais e relacionais são o que conferem profundidade e substância à nossa jornada, iluminando nossos dias com propósito e significado.
A filosofia existencialista nos lembra que a vida não possui um valor intrínseco pré-determinado; em vez disso, é através de nossas escolhas e ações que lhe conferimos significado. Jean-Paul Sartre argumentava que estamos "condenados a ser livres", responsabilizados pela criação de nossas próprias essências através das decisões que tomamos. Assim, o valor da vida é uma construção ativa, continuamente moldada e remodelada por nossos esforços em buscar autenticidade e propósito em um mundo inerentemente sem sentido.
No entanto, a vida também é marcada por sua finitude e fragilidade, o que paradoxalmente pode aumentar sua preciosidade. A consciência da mortalidade nos impele a valorizar cada momento, reconhecendo a impermanência de tudo ao nosso redor. Esta perspectiva pode ser profundamente enriquecedora, levando-nos a viver com mais intensidade, apreciando os pequenos momentos e cultivando uma gratidão genuína pelas dádivas que frequentemente damos por garantidas.
Acredito que, o valor da vida seja na sua essência uma jornada pessoal, uma exploração contínua que varia de indivíduo para indivíduo. Não há respostas universais ou absolutos; cada um de nós deve encontrar seu próprio caminho e significado. É essa busca incessante por compreensão e realização que, em última análise, define o valor de nossas vidas. Através das adversidades e triunfos, dos amores e perdas, construímos um legado único que reflete a singularidade de nossa existência e a beleza inestimável de estar vivo.
Rasguei sonhos e sentimentos e no percurso percebi que o caminho se transformava num mosaico e que nós nos reinventamos, nascemos e morremos nos construindo a todo instante. Somos pedaços do tempo... Lu Lena
O passado é como um sonho. Um mosaico de imagens e sentimentos que mostra parte da nossa jornada até aqui.
