Morte de um Amigo
VIDA, PAIXÃO E MORTE
.
.
Há muito tempo, a um vale longínquo,
desceu, resoluto, o incerto profeta,
rolando... das mais altas colinas.
.
Com uma brandura violenta
e uma arrogância singela,
anunciou fundamentos
de uma nova religião
cujo Deus, o maior,
o único Presente,
o Onipresente,
era a divina
Tangerina.
.
“Nós somos
os seus gomos:
Universo onde tudo
com tudo se relaciona”
.
Com sua tímida eloquência
e a confusão mais convincente,
tal profeta, pleno inconsequente,
foi arrebanhando entre as gentes
tantos milhares de seguidores,
que já se tornara uma nação.
.
E por já ser tão poderoso,
a sua verdade foi eleita
como aquela verdade
mais do que perfeita.
.
“Deus – O Inteiro –
É... a Tangerina!
E nós, gomos,
as humildes partes
do Universo Contínuo”.
.
Deixar de ser não podia:
escritos foram proscritos
e outros então prescritos
nos áridos verbetes
dos dicionários
– todos estacionários!
Ergueram-se no patamar
das antigas escadas em ruínas
templos refeitos só de escombros.
.
Floresceram capelas: gloriosas catedrais
visitadas pelos crentes, adorando a Tangerina.
.
Hierarquias foram fundadas, pecados redefinidos;
todas as passagens reservadas
para santos e peregrinos.
.
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Mas eis que um dia sobe ao Vale,
vindo de um vale mais embaixo
(mas tão elevado quanto colinas),
um novíssimo profeta louco
cujo único mandamento:
Um Universo Descontínuo.
.
“Somos parte sem um Todo;
Não há a pretensa Unidade,
pois o Universo é descontínuo”.
E os seguidores do Outro irritaram-se:
‘Mas que profeta é esse louco?’
Ele nega à Tangerina!’
.
E o novo profeta louco
ia dizendo a seus gomos
que não havia unidade...
Desdizia de tudo um pouco:
na sua eloquente insanidade,
arrebanhava seguidores
num perigo mais premente.
.
Mas antes que, à imagem do Outro,
erguesse um tempo de escombros
para fundar a nova religião,
o Outro mandou que o prendessem:
Sem chances de defender-se, queimou-se
nas cálidas sombreiras... da Santa Inquisição.
.
.
.
Hoje, não sei qual a verdade vigente...
O renitente Santo Graal dos Dementes?
A Virgem Santa das Rainhas Loucas?
As Desteorias do Contra-Diapasão?
A longa lenga-lenga das nove?
Papai do céu do seu bolso?
Teoria da Transpiração?
.
Cá do meu canto me calo.
Que importa? Se todo Templo
é sempre erguido dos escombros?
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Falas Breves, 2024]
As pessoas temem mais a morte do que as dores desta vida, uma profunda ironia. Afinal, quando a morte chega, ela silencia todas as dores que existem. Talvez o medo não resida na morte em si, mas no mistério insondável que ela nos traz.
Mais do que incoerentes são pouco confiáveis todos aqueles que se dizem sensibilizados com as mortes, bem como com os cenários desvastadores de uma guerra, porém apoiam líderes políticos que estimulam o armamento, indiscriminado, no mundo.
Lembrando que a primeira finalidade de uma arma é matar e não cabe, convincentemente, no mesmo coração, a piedade pelos que sofrem e o aplauso pelos que exterminam vidas.
A hipocrisia fica explícita quando, sendo contra o aborto, prevalece a afinidade de pensamentos com os genocidas nacionais e internacionais.
No interregno do Nascimento e morte, não podemos perder o direito de garantir no temporal, o eterno, pela fé: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.” (Jesus Cristo)
A morte provoca nos vivos um misto de emoções; pavor, ira, tristeza, mas também esperança.
A morte ateia fogo até nos mais frios corações e estes têm a chance de viver uma mudança.
A morte de outrem ativa em nós um alerta,
um desejo de trilhar um caminho sensato,
valorizando cada um que nos cerca, e buscando comunhão com o Dono da Vida.
O fim da vida
e não há, depois da morte,
mais nada.
Eis o que torna esta vida
sagrada
ela é tudo e o resto, nada.
A pobreza nunca é boa, nunca, porque sempre é morte precoce e injusta.
"Ó morte acolhedora, carrega-me em seus braços para o outro lado do rio negro de tuas lágrimas. Não chores, pois a sensação de suas mãos leves abraçando minha pobre e desvalorizada alma finalmente se concretizou."
A amarga e bela morte
A tão ela está sempre presente
Ela não é uma solução mais também não é um problema.
É um caminho
Alguns anseia e outros a temem
Ela faz a vida parecer boa
Ela é um descanso da vida
Tão natural
Tão verdadeira
É única
Traz paz para alguns mais traz medo a outros
Não é ingrata nem mentirosa
Ela traz oque a vida não dá
Paz fria e seu beijo amargo
A Morte não é o fim de tudo.
A Vida (não como a que conhecemos na Terra) continua após desencarnarmos.
Por este motivo, precisamos Evoluir Espiritualmente.
Lembre-se de que o que plantamos é o que colhemos.
Semeie enquanto há tempo: o Amor, o Perdão, a Caridade...
Vamos todos morrer ;
A morte é uma realidade inescapável que, paradoxalmente, nos ilumina a vida. Quando aceitamos nossa finitude, percebemos que muitos dos nossos medos e ansiedades perdem força. Afinal, o que temos a perder? As pressões sociais, as inseguranças, os apegos a coisas e status que vão perecer — tudo isso se torna pequeno quando olhamos para o fim inevitável.
Essa aceitação traz uma liberdade profunda: passamos a viver com mais clareza e simplicidade, valorizando o que realmente importa. A busca incessante por controle e permanência, que muitas vezes nos angustia, dá lugar a uma serenidade e a uma visão mais honesta da vida. Quando compreendemos que o tempo é limitado, abraçamos a beleza do presente, sem medo de falhar ou de parecer menos do que os outros.
O fato de que vamos morrer pode ser um grande mestre, nos ensinando a resolver problemas com a mente livre e o coração leve, pois estamos conscientes de que nada é tão pesado ou eterno quanto nossa mente muitas vezes acredita. Essa clareza é uma porta para um estado de paz, um convite para viver sem as amarras das ilusões.
A morte tentou colocar uma pedra no sepulcro de Lázaro, para que Lázaro fosse esquecido;
Mas depois de quatro dias, JESUS chamou Lázaro para fora, e cheirava mal,
O Senhor trouxe a vida, onde já não tinha vida.
A Santa Ceia merece ser celebrada em memória de Cristo; mas, quão difícil é pensar na Sua morte com um centímetro quadrado de pão sem fermento e dois milímetros de espessura.
A vida é o primeiro dos retornos, a morte é o último dos chegares, o que vem depois é o primeiro dos ficares. E no final de tudo uma embriaguez espiritual.
O recurso mais valioso que você tem, não é seu dinheiro, éo seu tempo. Tudo fica depois da morte, menos o tempo.
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