Morro
Morro, mas fico vivo.
Perco o físico, não o espírito.
Queima-se o livro, não o escrito.
A cada anoitecer, morro!
A cada amanhecer, revivo!
Sempre um morto vivo.
Passando a cada dia
Uma página desse livro.
Vivo e morro, morro e vivo.
O sopro da morte
Outrora me deu vida
Corpo e alma, tudo é metafísica.
O corpo biologicamente tem vida
A alma espiritualmente se eterniza
Fazendo da morte o trânsito da vida
Plantando uma árvore,
Escrevendo um livro,
Fazendo um filho, a problemática fica resolvida.
Luto é sofrimento em desperdícios,
Sintomas físicos e psíquicos,
Compartilhado entre familiares e amigos
Morro! Mas nunca vou morrer.
Transcendendo o superior ser,
Ente-querido, eternamente vou viver.
Eu não morro esse ano eu vou está vivo em 2032 eu vi eu vivo lá mas também não vi me morrendo, talvez Deus tenha me mostrado para eu não ter mais medo do meu sonho e eu não fui para o México para morrer lá 😂
BEIJOS DO DESERTO
Ele, só lhe pedia:
- Dá-me um beijo, se não morro à sede...
E ia desfalecendo...
Aos poucos, morrendo.
E ela, ao lado dele, atirava:
- Quem vai morrer, não precisa de beijo!
Ele então tropeçou,
Aninhou,
Levantou,
E caminhou
E cada vez mais dela se afastou...
Afastou...
Mais à frente ele encontrou
Um cato no deserto,
Que depois de aberto,
A sede dele matou.
E então correu, como proscrito,
Correu pelo deserto infinito...
Já não quis o beijo que lhe matava a sede.
Depois chegou ela e viu o cato.
O cato, já estava seco,
De facto,
Mirrado,
Como um cão esfaimado.
Mas ela para matar a sede
Beijou o cato,
Pensando beijar os lábios dele
E morreu...
Do beijo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 24-11-2022)
Marketing de ódio aos ressentidos é como água de morro abaixo e fogo de morro acima, melhor não deixar começar.
Fogo em capim seco e água de morro abaixo são iguais; vão muito ligeiro! Tente prestar o máximo de atenção neste trem chamado vida.
SANGUE SECO
Um sussurro no morro ecoa,
O asfalto quente guarda histórias não contadas,
Nas vielas, o vento carrega o lamento,
Sangue seco — marcas não apagadas.
A favela respira sob o fogo cruzado,
Cada treta é um verso que o tempo não apaga,
Irmão contra irmão, o ódio herdado,
Enquanto a fome rasga a alma e a chaga.
A rua tem memória, o muro tá rachado,
Sombra da bala perdida, criança assustada,
O prato vazio é o grito calado,
E a justiça? Cega, surda, engravatada.
Sangue seco na terra, cicatriz do destino,
A quebrada chora, mas não abaixa o queixo,
A cor da pele é sentença, o futuro é pequeno,
Enquanto a sirene corta o vento, rasga o ninho.
A farda que deveria proteger é a mesma que invade,
Botina no pescoço, o joelho na garganta,
A mãe chora no beco, o corpo estendido no lote,
A viatura passa, a vida vira planta.
Cadê o herói? O mapa tá manchado de roxo,
A mídia pinta o morro como covil de bandido,
Mas ninguém vê o sonho do mlk no busão lotado,
Ou o pai que vende bala pra ter pão dividido.
O sol nasce no barraco, ilumina a resistência,
A arte é arma, o grafite na laje é poesia,
A quebrada dança no funk, quebra a sentença,
Enquanto o sangue seco clama por justiça todo dia.
O sistema é laço, a favela é o alvo,
Vidas viram números no jornal de domingo,
O jovem é caça, o futuro é algo,
Mas a revolta fermenta no copo de pinga.
A paz é utopia quando a guerra é concreta,
Mas a fé tece redes onde o Estado some,
Nas vielas, a glória brota na esquina aberta,
E o sangue seco grita: "Nossa voz não some!"
Sangue seco na terra, mas a luta não seca,
A favela é raiz, não tem medo de trator,
Cada passo no beco é uma semente na terra,
E o grito do morro ecoa: "Amanhã vai ser maior!"
(O vento leva o verso, a quebrada não esquece,
No sangue seco, a história insiste em doer.
Mas enquanto houver chão, o povo pé-no-chão reescreve
O amanhã com as mãos — pra quebrar o que vier.)
FANTI MC
"" Por ficar alheio à passagem do tempo
o oceano é casa de não voltar
marte ou morro, tanto faz
matar ou morrer jamais
a cela fica vazia no pensamento
mas na verdade lá estou
preso a uma condenação (sem provas)
como aquele que falta um dedo na mão
o meu epitáfio será o mundo, pela liberdade que escolhi não viver
leia-se onde puder
no vento passeia o poeta
mas preso porque ama uma mulher...
AMAR É VIVER
Lourdes Duarte
Não morro de amor porque amar é viver
Não sei descrever esse sentimento, profundo.
Amo até quem não me ama, quem não me quer,
na esperança de um dia, ter o teu amor por inteiro.
Sentimento louco, me faz parecer desvairado
Nasceu forte e avassalador e me queima por dentro,
Mesmo assim, respeito o teu tempo, teu espaço,
amor não se cobra, se ganha, se conquista.
Mesmo te amando não deixo jamais,
me escravizar por sentimento,
não deixo que a tristeza de ontem
a incerteza do amanhã, me impeçam
ser feliz hoje, mesmo sabendo que
Só o teu amor me deixa completo.
O amor verdadeiro não escraviza, não, exige,
Mesmo sofrendo com tua falta, espero um dia
Ser amado, ser desejado e jamais odiado,
Amor e ódio, mesmo distintos, caminham juntos.
Sou eternamente apaixonado
por tudo isso,
não vivo sem amor,
sem amar.
Sem amor eu morro,
sem amar não vivo.
Cem mulheres, dou conta amar, sem mulheres, morro.
Meu amor é platônico e minha alma é verdadeira, amo a branca, a preta, a amarelo e a vermelha, vim da portuguesa e nascido da brasileira.
Parabéns, para todas as mulheres que estão e fazem parte da minha vida! Eu ❤ vocês!
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