Marcella Fernanda

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Mas, definitivamente, não aceito ter metade de alguém, ser meio amada, sobreviver de migalhas num relacionamento falido ou fadado a falência. Aliás, não quero ter nem ser de ninguém. Quero algo além desse sentimento de posse. Quero a entrega todo dia, por vontade própria. Sem contratos de amor eterno.

Gosto de dormir tranquila à noite e acordar me reconhecendo. Autocontrole é pra poucos, chame a falta dele como quiser.

E eu não queria que quando você finalmente chegasse, eu fosse menos. Já me explico. Ser menos, quando se é muito como eu, dói, entende? Me diminuir vai deixar cicatrizes.

Meu bem, se você acha que tirou alguma coisa de mim, tenho más notícias: O que é meu de verdade, ninguém me tira. O que não é, eu mesma me desfaço.

Mesmo que não tenha sido a sua intenção, hoje eu percebi que você, assim como eu, fez a sua escolha. E não fui eu. Ser mulher também tem disso, interpretar as entrelinhas, entender o que não foi dito. Mas que bom, porque meus braços já não aguentam mais remar sozinhos.

Hoje eu senti o nosso fim, com poucas lágrimas, sem muita mágoa, como algo que eu já estivesse esperando sem querer acreditar. Essa desistência exigiu de mim muita coragem, que fique você sabendo.

Sombras caras e rímel carregado transformando o olhar triste, corretivo nas olheiras de sempre, pelas noites de sempre tentando resolver o mundo antes de dormir. Base nas espinhas fruto das duzentas barras de chocolate e cem caixas de Bis que você comeu enquanto esperava ele ligar.

Ser mulher é difícil, queria uma maquiagem de amor-próprio à prova de mágoa.

Eu sei que dá vontade, mas de que adianta tantas fotos “felizes” e pegação, se antes de dormir você ainda chora? Se acabou, é porque não era pra ser, continuar num relacionamento falido é mais que perda de tempo, é perda de vida.

Quando eu digo que tá tudo bem se você não for, não tá tudo bem, eu queria muito que você fosse, mas entendo, como sempre, sua indisponibilidade pra mim.

Queria que num dia desses que a gente se visse, você no meio do meu silêncio de mil palavras caladas, parasse para me ler.

Por isso que eu admiro a minoria que se destaca, que não se deixa fazer parte desse crime social. Aliás, quase homicídio, um dia ainda matam o amor.

Sinto muito se eu magoei alguém um dia, isso eu sinto de verdade... Nem sempre minhas palavras foram bem colocadas, nem sempre elas foram ditas. Sinto muito se alguns caras que passaram pela minha vida me deixaram porque queriam mais ou menos, hoje eu sei o quanto foi bom eles terem partido e que eu que merecia mais, bem mais.

Sinto muito se minha sinceridade assusta, se as pessoas preferem essa hipocrisia de só falar o que for conveniente. Esse é meu verbo, sentir. Há quem ache besteira, há quem não saiba nem conjugá-lo. Um desperdício, desses eu sinto pena.

Eu sou a pessoa que mais me ilude, isso que me assusta. Minha maior inimiga. Mas sendo assim, tem como eu me derrotar e continuar de pé ? Responda-me quem puder.

Mas as pessoas andam muito cafonas, onde já se viu usar sonhos de outro alguém ? Onde já se viu deixar felicidade mofando no armário e só usar na balada, pra mostrar que tem ? Tá tudo muito errado, muito do avesso. Quando eu passo nas ruas, eles riem de mim porque eu não faço parte dessa loucura, mas no fundo eles sabem que eu me visto bem. Ás vezes eu até rasgo uma peça ou outra sem querer, mas depois eu costuro e ás vezes fica até melhor. A questão é que usar o que tem que ser usado sem medo é coragem demais pra essa gente morna. Por isso eu entendo eles continuarem errados, porque se despir do medo, descer do salto quando for preciso usar havaianas é ser muito inteiro, e continuar sendo morno é bem mais seguro do que correr o risco de se queimar.

E eu te conheço tanto, você me conhece tanto, e a gente não sabe de nada. E é tudo estranho e familiar.

Gosto do que tem continuidade, amores e promessas de uma noite não me enchem os olhos. Se essas pessoas livres soubessem a leveza que é ser presa a alguém, a paz que é alguém ser seu, a liberdade que é poder sim ter qualquer outra pessoa, mas escolher livremente sempre a mesma e ser escolhido por ela assim, todos os dias... ah, se eles soubessem ! Iam ver o quanto a liberdade que é o que na verdade te prende, à falsas expectativas e valores vazios. Iam perceber que a liberdade que sufoca, e só o amor, enfim, liberta.

Eu queria ligar pra você, e te falar sem pausas tudo que eu ensaio toda vez que você me magoa, mas nunca digo pra não te magoar, afinal você não me faz mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural.

"Tô invadindo seu espaço ? Desculpa." Essa fui eu, durante todo esse tempo, me desculpando por que mesmo ? Me diminui pra você ficar maior, pra você não me perceber entrando na sua vida. Se você pudesse sentir o quanto isso dói você quem iria se desculpar.

Sempre fui mais segura com as palavras. Tô te escrevendo pra talvez um dia te enviar, mas tô escrevendo. E não é sobre você dessa vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim tá difícil meu bem ! Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo pra ser mulher; Sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de você um homem.Sobre muitas coisas, mas principalmente, sobre quantos homens eu poderia estar saindo nesse exato minuto.

Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se eu vou te dar essa notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do seu umbigo ! Ficou chocado ? Acontece. Só queria te dá um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por você, tira uma mão da liberdade e segura um terço. Fica assim, agarrado nas duas coisas sabe ? E reza, reza muito pra não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer.

Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência ! E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou.. sempre foi assim ! Mas deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto.

Você é assim, frio, desapegado, mulherengo; eu diria que você é um típico homem, por isso não te culpo. Afinal, também sou uma típica mulher, tão complicada e intensa e bipolar e mil coisas em uma só.
E ninguém entende a minha persistência na nossa história. Minhas amigas quase me matam todas as vezes que eu quase termino contigo e desisto, porque eu sem você também sou quase ! Quase completa, quase feliz, quase mulher.

Se o mundo acha que não vai pra frente, mas eu penso que sim, eu embarco sem pensar duas vezes. E permaneço a bordo até quando minha fé me acompanhar. Ás vezes o barco tá furado, mas eu enlouqueceria se fosse contra os meus instintos. Também sou dessas, teimosa.