Morada
Era uma vez...
Havia na montanha do Verdouro
Uma caverna, iluminada à luz de vela
Morada de um mago centenário
Magro, estranhas vestes, solitário
Tinha apego por flora, gosto por fogueiras
Pelas fases lunares a se revezarem curiosas
Pelo brilho prateado das estrelas a reluzirem
Pelos traçados admiráveis das nebulosas
Um ancião dado a pescarias e fusões
Houve um dia que roubou do horizonte a linha
Uma ponta, amarrou em seu cajado
A outra, na calda de um cometa apressado
E deitado numa encosta, observando o céu
Planejou fisgar um “tantin” de breu
E nele, aprisionar os ais dos lamentos
As ações dos maus e os piores momentos
Era decisão decidida e sem volta
Era seu querer, eternizar o viver
De cada alegria que suprimisse o sofrer
Para que a vida vivesse feliz por vida ser
Sofria ele as dores que trazem o saber
Pois ouvia da natureza cada querer
Distante da evolução da modernidade
Resoluto, reinventava a paz a cada idade
Fiz de minha solidão morada de sentimentos bons, assim me permite um conhecimento a mais do meu ser e da minha real existência busco sempre aprender e viver como um ser humano de valores reais que se encontram dentro da nossa alma e não nas coisas que se tem. Sozinho me tornei mais forte e encorajado para seguir com a mente tranquila e a alma pura.
Aqui na minha morada têm celebração pra dá de vaza é abundância e não insignificantes estadas pois conseguistes te livrar de fadadas estradas.
Isso. Faz isso de novo. Se entrega à dor. Deixa a angústia fazer morada. Desiste de uma vez e depois deixa o remorso te perseguir. Deixa o arrependimento ser tua companhia. Cometa os mesmos erros, vai logo, depois reclama por não ter lutado. Se tranca no quarto. Chora, grita, se esparrama no chão. Vai, vai, acaba logo com isso. Já não tem mais jeito, diz que não se importa e ri enquanto as lágrimas cortam por dentro. Diz que não aguenta mais, se isola, mata seus amigos no que você chama de coração e então terá motivos para dizer que está sozinha. Faz isso, deixa a tua vida se transformar em um pesadelo. Deixa a fraqueza dominar. Tenha tentativas frustradas de ser perfeita e desperdice o seu tempo focando em teus defeitos. Faça as malas, fuja da realidade. Se transforme em seu pior inimigo. Tenha medo de tudo, especialmente da pessoa que vê no espelho. Faz isso, faz... E então diga que a culpa é sua. Talvez não esteja enganada.
Por que os anjos vão embora?
Chegou em um dia qualquer
Sem alarde
Retirou as asas
Fez morada em mim
Um sentir singular
Amor sereno
Riso contido
Que coloriu meu céu
Aqui não quis ficar
Um adeus em meias linhas
Deixou a saudade
Abriu espaço para a ausência
Que lembra de doer todos os dias
E sem precisar dizer muito,tem gente que é morada de luz. É sempre sol,e quando necessário oferece sombra.
RESPIRANDO O AMOR
Sem o apogeu de sua morada
meu corpo não repousa.
Porque tu és a razão
A sensibilidade
Em plena ternura
Leve...lírico ...doce
Meu inevitável devaneio
Amor intenso visível
Aroma que vem com a brisa
Contigo repouso
Adormeço tranquila
Respiro o meu amor
O teu amor
És o amor que pulsa
Que vibra
Apaixonadamente em
Minha vida
És a tradução do que é o amor...
BALA PERDIDA
VAGAVA LONGE DE SUA MORADA:
UMA PISTOLA CALIBRE 7.65mm.
SEM GPS, SEM BÚSSOLA E SEM DESTINO,
FOI PEDIR INFORMAÇÕES À UM MENINO.
Vai com Deus paizinho para a nova morada e la nos esperar um dia ? e um dia todos vamos nos encontrar ?
A inspiração do poeta é a paixão que escorre por entre dedos, explode...corre nas veias e faz morada na alma.
E beleza mais bonita hoje me viu, com um sorriso magistral. Fez morada no meu peito, sorte a dela, que fez do meu coração, o seu lugar!
Flash na memória
Teletransporta a mente
À cidades distantes
Onde a esperança fez morada.
Nos escombros desérticos do museu das recordações,
Num estado relativo
Encontra-se algemada
Perene entre os galhos secos.
O menino olho de vidro,
Mirou ao sol com o olhar
E ascendeu para o meio das nuvens
A chama viva das lembranças
No reflexo do espelho no meio da face.
Na roleta do tempo
Arremessou os dados.
Do resultado dos números do jogo,
Obteve a crava do universo sobre si.
Fez com isso brotar da constelação
Uma nova estrela,
Esta vermelha como sangue,
E a viu cair sobre a terra.
Movido pela curiosidade,
Correu para avistar
Do que se tratava.
Viu que era um anjo vermelho
E que esse carregava arco e flecha.
E este se dizia defensor
Das historias de batalha
De cada ser vivente
E daqueles que aqui passaram.
E ainda revelou ter
Outros como ele
Em suas respectivas missões.
E naquele dia,
O menino olho de vidro
Pode visitar, além de suas memórias,
A cidade oposta por detrás do arco-iris.
Para abrir os portões majestosos,
O anjo vermelho usou
Seu arco mágico.
E com isso, abriu o arco-iris ao meio
Permitindo que passassem.
E lá foi levado com o único proposito
De ser ensinado sobre
Como o passado
É algo constante.
"O passado era o agora de ontem,
O hoje é o passado de amanhã
E logo passado, presente e futuro são um só...
Um todo de uma vida
Interligada nos acontecimentos,
Conexões e solidões que
Acrecentam aos homens
Bem mais do que enxergam.
A vitalidade dos tempo
Cronometrada em seus relógios,
Jamais encarcera aquele
Que corre livre na existência.
O tempo fez-se incontrolavel.
Quanto o homem diz não ter tempo,
O tempo é tudo que tem,
Mas sempre tá correndo demais
Pra perceber que tá contando.
Matematicamente,
Vivem sua metafora atemporal
Nos segundos do ponteiro.
Deixa o tempo,
O temporal dos anos
não é nada preocupante.
Preocupa-te em
não contar os números a seguir
E conta-me tuas memórias.
Sob o mesmo flash,
Desejo descobrir
As histórias que
Compõem a biografia
Das tuas pisadas.
E com isso aprender mais sobre as lições
Que o tempo nos ensinou.
Transborde, morada do caos!
Recipiente insolente de loucura!
Negue a vontade oculta, congele e oblitere!
Perturbe o sono!
A donzela de ferro rasteja!
A boneca de lama desintegra!
Se una!
Se oponha!
Preencha a terra e reconheça sua própria impotência!
