Molhado
E todo castelo desmorona
E toda beleza se esvai
O beijo não está mais molhado
O abraço não aquece mais
Pensar em você Já não me trás felicidade
Somente a tristeza de ter te perdido
Descalsa pisando no amor
Que é pisar em mim
Me machucando a cada passo
E o coração emocional num descompasso
Ha como eu queria ser de pedra
Mas até mesmo as pedras sofrem o abraço dos ventos
Que as escupem dia após dia
Sem consentimento
Não faz sentindo ser pedra!
Poderia então ser roseira
Mas do jeito que sou, floresceria em época diferente... seria até bonito e engraçado
Mas no tempo certo, estaria triste
Vendo todas floridas e eu exaurida...
Mas quem serei ?
Serei uma estrela solta no universo
Serei uma nascente d'água
Serei a terra por debaixo dos teus pés
Serei o vento que te envolve num abraço
Uma folha seca que cai
Um suspiro de satisfação
E um pensameto de solidão
Serei a dúvida que acomete teu juízo
Serei a dor de um amor perdido
Ou somente eu.. Uma romântica!
O beijo deve ser quente e molhado, com desejo e vontade, desinibido, relaxante. Deve ter gosto de quero mais...
Desabafo
Por, Lês Portes
O beijo molhado ficou
Mas você não valorizou meu amor...
A filosofia que carrego comigo
Distanciou nosso amor...
A traição dos Judas que diziam
serem meus amigos
Me tirou do meu foco
Que fazia o progresso
Fui um pássaro perseguido
Usava óculos escuro
Mas não usava folha de bananeira
E nem sabonete marrom
Nem pô
Mas meu conhecimento lendo os pesadores
Ofuscou sua mente e seu espaço
Meu universo não era o seu
Eu conheci e absorvi seu universo
Mas você baby
Não entendia meu diálogo
que eu mesmo era culpado dele
Porque tinha que falar sua linguagem
Lembro-me de uma professora burra
Que dizia que primeira semana de Arte Moderna
de um mil novecentos e vinte dois já era
E que não havia primavera
Pequenos burgueses
E Status pelados que vivia a seu redor
Falavam mal de mim...
Mas não fui escravo
Por falta de sua compreensão porque estava
Enfermo partir...
Com meu coração partido...
Chorei sete anos...
Morri
E renasci em uma metamorfose
Com multiculturas da Europa
Paro por aqui
Pois não gosto de escrever desabafo
A traição que sofri
Foi de todos os escalões...
Mas não morri
Estou aqui com meu desabafo.
Apressei-me quando meus pés tocaram o chão molhado daquela tenebrosa chuva.Logo em seguida surge um garoto de cabelo curto,descalço e com um sorriso falso,o que me chama atenção.Um convite de diversão em plena noite a sós... a chuva significava calmaria...uma gota de alegria que ia em sentido ao coração,ressoava "esse é o momento".Meu coração desesperadamente
acelerou.
Quando amanhece chovendo
O galo canta molhado
lá fora o tempo fechado
com chuva raio e trovão,
me pego na oração para
agradecer mais um dia
e a Deus pedir valentia
para enfrentar esse mundão.
O amor é chuva que lava alma, e uma vez molhado, você não tem medo de pisar nas poças do caminho, é até divertido.
A Vida é mentira -
Tenho o corpo cansado
tenho os olhos despidos
trago o rosto molhado
tantos sonhos perdidos.
Trago o peito vazio
trago sangue e solidão
trago sede, trago frio
por sentir esta paixão.
E trago nada na mão
por nada ter junto a mim
já nem sinto o coração
talvez seja o meu fim.
E porque a vida é vazia,
tudo dá e tudo tira,
num impulso despi-a,
porque a vida é mentira.
Se um dia
Me surpreender
Com o rosto molhado com as lágrimas que jorram dos meus olhos
Se derrepente me surpreender em meio à solidão
Não se assuste
Sou eu chorando no isolamento da minha tristeza a sua falta
Por um amor impossível
Que é minha dor...
A vida é semelhante ao chão molhado; a postura ao andar é essencial, pois é assim que você se impõe para atingir seus objetivos.
No entanto, enfatizando a importância de fazê-lo com atenção constante. Do contrário, a vaidade e o orgulho podem te causar dolorosas quedas.
Mesmo que seja cuidadoso ao cair, tenha em mente que o ser humano não vive apenas de vitórias. A queda também vem com a evolução, então precisamos ser humildes e estar prontos para levantar-nos quando necessário.
O que me faz bem
Um sorriso largo e um abraço apertado
Um amigo querido e um beijo molhado
Um toque delicado e um chamego bem dado
O sol nascente e a lua crescente
As estrelas brilhantes e o campo florescente
Os pássaros matraqueiros e os meninos arteiros
O céu, o sol, o mar
Ser Ela! Amar Ele!
Enfim, a vida bem vivida!
Uma tontura no meio da rua, a vista turva, o corpo molhado.
Valei-me, Deus! Morre-se!
Passou.
Uma reza comprida, outra tontura!
Menino, que você tem?
Nada não, passou.
Um café, uma parede, outra pessoa, outra tontura.
Menino, tonteou?
Foi, mas já passou.
Um médico, um sorriso amarelo, um diagnóstico.
"Moço, é só coisas do coração, não mata não".
ERA NOITE
De horas frias
No chão molhado
Silencioso momento
De ruas vazias.
Alagando a calçada
Embrenhado a escuridão
Luzes piscando
Em plena madrugada.
O vento em calmaria
Enquanto a chuva
Lava as nuvens
Borda com alegria.
E vem um novo dia
Raios de Sol
Brinca no solo
Vira poesia.
Autoria Irá Rodrigues.
Piso Molhado
nunca pude
ser o que você busca,
sempre escorregadio,
com alto risco
de tombos
e lesões.
mas talvez
eu possa ser
alguma outra coisa,
não tão ameaçadora,
ensaboada
e dolorosa.
e talvez isso
signifique algo também.
mas se não for o caso
e se em todo acaso,
um aceno
qualquer já cause
hematomas
e vertigem,
movemo-nos
para evitar maiores
fraturas.
todavia,
cada instante
do que aconteceu,
valeu a pena
por tudo.
(Michel F.M. - Trilogia Ensaio sobre a Distração - 05/11/23)
PAPELÃO
Já era amanhã.
Logo pela manhã,
no asfalto molhado,
um papelão embolado
rolava com o vento.
Tão pouco desperto,
chegando mais perto,
vi que o tal papelão
não passava de um cão –
que triste lamento!
A criatura inocente,
um bom ser vivente,
pra sociedade doente,
é só um indigente
como lixo descartado –
mas que papelão!
(Guilherme Mossini Mendel)
Meu travesseiro vive molhado todas as noites pelas lágrimas que ninguém mais vê porque estão ocupados demais focando em seus próprios problemas
INTERMITÊNCIA
Vim de muito longe
do breu molhado do útero de minha mãe
Vou para muito longe
para o negrume infinito da eternidade
A vida é um rápido intervalo de luz
em meio à escuridão
Água e fogo
Chuva caída
Na pele contida
Vestido molhado
Menos esvoaçando
Sentidos a mil
Ventos ao frio
Em cinza
Ela caminha
No bosque que finda
Em uma sacada
De um chalé
Termina
Ainda parada amparada
Pela prisão mortal
Pergunta, pq porta
Me afasta dele
Aquele que abre
E me convida para
O seu lar
Que me afasta do meu
Meu hábitat
Em que tudo
Habita
Com estalos
De chamas domadas
Na lareira
Convidou a me despir
Com carinho
No abraço
Um conforto
De toalha branca.
Temperatura maçante
Muda crepidando
Em labaredas
No seu peito
Corpo quente
Que me prende enforma
A mais bela amorfa
Moldada no querer pequeno
Diminuída pelo pensamento
O Ser que nada pode
Explicar
Agora sentasse
Para tomar
Uma xícara
De caos
Café carnal
Em mente, mundos
Na boca poesia
Presa em trovas poéticas
Com seu rival
Mortal
No nirvana que espero
Enjaulados no fogo
Carbonizados o
Cinder do fim
Da alma...
Em mim, por ti, em tu, paralelo
Em nós, no eixo
Enfim...
Pise os seus pés no chão molhado do esquecimento e não acredite mais no seu destino.
Léthê de águas doces para a sede aguda dos aflitos. Tento inutilmente arrancar os prisma aprisionados na retina. Relembrando de planos frustrados, tomo pelo amargor dos quereres.
Agora assombrado pelas memórias, imagino a minha vida sem mudar de caminho dentro do seu mapa. Destinado a despedida, refugo no rio a certeza que minha alma esconde a verdade.
A verdade que o livro rabiscado devera estar escondido de todos os lugares, e não deveríamos ser vida e muito menos morte dos sonhos.
Esgotado o tempo, o que realmente agora resta?
Esperar as feridas do pó que acumula, ou as queimaduras dos anos guardados na gaveta. Eu não sou o guerreiro, minhas divisas são tão rasas como as cristalinas gotas das suas lágrimas. Não sei machucar os feridos corações. Saiba que não posso mudar os ritos, à vontade de seguir em frente e nos salvamos com a amizade, tudo será maior do que a história escrita nas cartas marítimas.
Temos estradas e bifurcações, tome uma e guarde outra para mim, e tudo morrerá bem.
Eu fui quem poderia ter sido e você quem não seria de ser diferente. Compreende que pisar fora do barco, nas águas dos aprisionados as rotinas dos zelosos afogados no esquecimento, é a salvação para os perdidos na vida.
Olhamos ao nosso entorno, só temos motivos de sobra para que Léthê nos banhe na sua pureza, e assim seguiremos em frente com leveza.
Siga em frente, pise seus pés no chão molhados do esquecimento. Então eu já terei indo embora também. E nos venenos destas águas, encontraremos o antídoto para ser as montanhas e os ventos.
Nós estaremos juntos em histórias diferente.
Se tudo que plantamos é molhado com lágrimas de dor, nossa colheita será com júbilos e cantos.
E diremos nós "bendito seja o nosso Senhor Jesus Cristo".
