Moça
E então você vai e diz coisas fofas e melosas porque sabe como ninguém, que isso fica na cabecinha dela. É cara, você tinha razão. Fica mesmo. Ela segue pensativa, lembrando das suas palavras e acreditando nelas. Você foi esperto o suficiente pra observar os gostos da moça, as leituras e citações dela, o que posta por ai e o que fala sem falar de fato. Na frase de que ''homem é lerdo'' você até que não se encaixa. Logo descobriu como amansá-la nos momentos de raiva por tolice da sua parte. Conseguia converter as conversas turbulentas e já estava tudo bem.
Ela viu a sua capacidade de observá-la e querer consertar as tolices. Viu o quanto procurava entendê-la, pra tudo ficar bem entre vocês. E isso a deixou mais tranquila e esperançosa. Não ao ponto de pensar que havia encontrado o amor de sua vida, sem essa. Ela pensa de modo complexo demais pra uma dedução tão repentina assim. Mas esse teu jeito, cara, meio que se diferenciou dos demais. Daqueles caras comuns que fazem da conquista algo tão banal. Você estava ali, observando seus trejeitos, se esforçando pra agradá-la de alguma forma. Se interessando por coisas que pra você, jamais seriam perceptíveis se não fosse por ela, claro.
E então meu caro amigo, você simplesmente a conquista. Sim, você conquista a moça que muitos tentam conquistar bem antes de você. Alguns andam se perguntando como conseguiu tal proeza. Creio eu que pode até passar as dicas, mas ela não se deixa levar por palavras fofas e melosas sempre. Fique sabendo que algo a mais ela deve ter visto em você. Cá entre nós, ela tem um ar angelical, jeito de menina-moça, mas já passou daquela fase de imaturidade adolescente. Aliás, acho que nunca passou por essa fase. A menina não teve tempo pra isso, meu caro. Uma vida conturbada e cheia de desafios, fez com que amadurecesse mais cedo. Digamos que ela é uma espécie em extinção, literalmente.
Se você ouvir dela palavras doces, um tipo de declaração ou algo assim, sinta-se o cara. Bem, eu me sentiria. Ela é daquelas que vai estar ao seu lado, mesmo que você esteja com um mau humor do cão por seu time ter perdido o campeonato brasileiro. Ela é brincalhona, pode até te sacanear pela perca, mas depois cara, vai dizer palavras sensatas e confortantes. Ela sempre diz. Fala bem e sabe dar conselhos como ninguém.
Ela é daquelas que conquistam desde os seus amigos, até os seus inimigos. Quem a conhece um pouco mais, já se encanta. Tem uns tantos encantados por ai só pelo fato de ela ter assunto, rapaz. Sabe conversar sobre tudo e o que desconhece, procura conhecer. É daquelas que vai estar ali pro que der e vier MESMO. Se uma hora desgostar de você, vai falar. Cheia de cuidado e argumentos bons, é importante lembrar.
Poderia numerar outros tantos motivos pelos quais você deveria se sentir ''o cara'', mas imagino que você, pouco amigo da leitura, não chegaria ao fim do enorme texto que escreveria. Não sei se chegará ao fim deste. Portanto meu caro, não deixe que todo encantamento da moça acabe tão do nada, por tão pouco. Porque pra ela, mesmo que as palavras ficam em seus pensamentos, as atitudes sem dúvidas, vão direto ao coração. E convenhamos, acho que você já a conhece o suficiente (ou pelo menos deveria), para saber que esquecer de demonstrar o quão especial ela é, te faz perder pontos. Muitos pontos.
Não falo pra ficar em cima as 24 horas do dia. Mas demonstrações de preocupação e carinho, seja com uma mensagem sincera ou ligação numa hora qualquer, nunca é demais. E isso se aplica à todas as mulheres, meu amigo. Se você não demonstra ou demonstra de forma que não seja espontânea, desculpe-me a franqueza, mas você não a merece.
É simples. Uma moça como ela precisa de um cuidado redobrado, somente pelo fato de estar em extinção. Se você não observa as qualidades que ela possui, não observará tudo que ela pode fazer por você. Aprender a valorizar quem nos quer bem, é o primeiro passo em busca da felicidade.
É meu amigo, muitos andam se perguntando como conseguiu tal proeza. Vai passar as dicas? Ou aperfeiçoá-las?
Você não notou,mas naquela tarde fria de uma terça-feira rotineira,te peguei me olhando,enquanto me acomodava ao teu lado,com a cabeça em seu braço,minha mão na sua,minhas pernas entre as tuas,fazia trejeitos de menina dengosa,para que você me notasse,meus olhos fechados enxergavam seu sorriso belo e largo encarando meu rosto e meus movimentos delicados,quando abria meus olhos logo fui afogava em teu afeto,me presenteou com beijos,apertos,e mãos maliciosas,me tateava com desejo,beijava com apresso,assim se fez o melhor momento intimo já vivido por mim,será normal te querer aqui a todo o momento,te desejar sempre que lembro do teu beijo de mente e Cannabis,lembro que você me encarava sorrindo,me olhava nos olhos. Coloquei minha mão sobre teu rosto,passeava com meus dedo em toques delicados,finos,que percorriam tua pele escura,teus lábios grossos,teus olhos negros fechados,já teu riso leve enquanto isso me trouxe o sentimento mais inexplicável existente,ah moreno,o que fizestes com nós ?
Linda, deslumbrante, galante
Aquela tal madame
Ilumina o lugar
Faz brilhar meus olhos
Em fervor meu coração
Palpita com sua beleza
A distância separa minha felicidade
A mim mesmo culpo
Admirável
Talvez impossível de encantar
A dona da beleza
Em prantos se resume
Meu fim de tarde
Saudades do seu sorriso
Mesmo que ao longe
Me encanta
Um dia
Vou conseguir sua atenção
Oh bela moça
A qual meu coração
Continua a bater.
Faço - lhe um poema
Pro meu coração falar
Falo que ela é linda
Mais ela não acredita
O que posso narrar?
Teu sorriso é lindo
O mais lindo que já vi
Mas ela não acredita
O que posso relatar?
Teu cabelo, aaaah teu cabelo não é liso nem cacheado nem tão ao menos crespo, tem um jeito diferente, falo que é atraente, mais ela insisti em não acreditar..
Oq posso declamar?
Mas ela é desse jeito, com teu jeito sem jeito, em que me enobrece com teu jeito,
que me faz pirar...
O ator de 54 anos, Domingos Montagner, deixa mulher e três filhos. Morreu numa tarde de quinta-feira, após passar a manhã gravando cenas finais de uma das mais belas e densas novelas da Rede Globo, Velho Chico. Um mergulho em uma tarde de quinta-feira. Em uma folga, ao lado da companheira de trabalho, Camila Pitanga. Rápido como o estampido de um estouro. Segundos de distração nas correntezas de um rio carregado de misticismo e significado. Um rio onde, dias atrás, cenas da novela se desenrolavam no afogamento e resgaste do seu personagem.
Em um estampido. Daqueles que causam choque e que não sabemos se é tiro ou se é bomba. Talvez, em um tempo menor do que o barulho que nos causa a mente. A vida se esvai. Escapa das nossas mãos em uma dança melancólica de perplexidade, como declarava os repórteres globais ao anunciar a morte do colega de emissora. Perplexidade. A morte e seus significados. E essa mania de mexer com o coração da gente. Com o estomago da gente. Eu, que tanto tenho me irritado ultimamente. Que tenho estourado por tão pouco. Que tenho dito tantas coisas desnecessárias a gente que não vale a pena, e deixando de dizer tantas coisas que vale a pena as pessoas necessárias. Eu, que tenho pedido pro dia ter um pouco mais de tempo pra que eu possa dar conta de tanta coisa. Que tenho mantido com o café uma relação séria e essencial para manter os meus olhos abertos..
A morte e seus efeitos. O sentimento de tristeza é obvio. Um ator, protagonista de uma novela em reta final. Mas, o choque é por saber o quanto somos e estamos à mercê de morrer. Amanhã, daqui a uma semana. Ou agora. Brincamos de viver, achando que nunca vamos morrer. E quando acontece um fato desses, engolimos seco. A morte mostrando quem manda. E quem se habilita a desafia-la agora?
Era uma mulher de revirar todos os pontos de equilíbrio existentes.
O abalava de tal forma, que se sentia nocauteado por um peso-pesado. Sua beleza era um disparate, seu intelecto descompassava um jovem coração inexperiente. Certa vez ela surgiu absolutamente do nada, dizendo: "ei, hoje eu tô em casa. Aviso que não vou aceitar um não como resposta, então seria sábio da sua parte se dissesse sim para o meu convite para o cinema."
Apesar de jovem, não era tolo de recusar. Uma moça de olhos que devoravam a alma dos homens, cabelos selvagens como o fogo que incendiava florestas inteiras, e lábios brilhantes e de cor escarlate, intensos como a mais explosiva e ameaçadora das estrelas. "Claro que eu topo", disse ele.
Sábia palavras, garoto. Sábias palavras...
Há uma voz na esquina que não pára de cantar
Voz doce, afinada, feminina, macia
Mãos delicadas que não param de tocar
E tocam as cordas de seu violão
Corta o silêncio da noite como se fosse a única proprietária
Mas, enfeita como se fosse a mais brilhante estrela
E ensaia
É pura imaginação
Quarto de menina moça
Uma mistura de gostos para quem não tem uma idade
Esta é minha vizinha, prima que ainda cresce.
Perua , deixa de frescura criatura e solta logo a franga!
Para de ficar fazendo drama!
Arruma a juba, a fuça, cola o cílio postiço, bota uma meia arrastão, um batom nesse bocão, um vestidinho descolado, um salto alto dourado e ressuscita!
Larga disso, rapariga!
Vem ser feliz!
Vem contrariada, desanimada, enjuriada, na porrada, mas vem, que tá foda ver você assim tão "nem".
"Descaramuja", sai da casinha e revive, que te ver tanto tempo assim, tá triste!
Outrora caminhava a passos lentos,
A procura dela, sem saber ao certo
Se era passado, presente ou se aqui
Estava onde sempre estive, moça,
Mulher, é a vida que comigo te quer!
Ser bonita ou mais nova que outro não a faz melhor ou superior, ignorar alguém, quebra pontes e fecha-se portas.
E a moça? De que lugar teria vindo? Que caminhos teria pisado? Que insuspeita das descobertas teria feito? Tu olharias a moça mas, as perguntas não acorrendo, o mistério que a envolveria seria desfeito - uma moça vestida de azul, sentada no chão de uma praça sem lago. Não poderias saber nada de mais absoluto sobre ela, a não ser ela própria. Fazendo perguntas, tu ouvirias respostas. Nas respostas ela poderia mentir, dissimular, e a realidade que estava sendo, a realidade que agora era, seria quebrada. pois, não fazendo perguntas, tu aceitarias a moça completamente. Desconhecida, ela seria mais completa que todo um inventário sobre o seu passado. Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando essas perguntas não são feitas. Que a maneirar mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa se ria justamente não falar, não perguntar - mas ver! Em silêncio.
(Conto: Ponto de Fuga)
Havia um mal-estar no vagão. Como se fizesse calor demais. A moça inquieta. Os homens em alerta. Meu Deus, pensou a moça, o que é que eles querem de mim? Não tinha resposta. E ainda por cima era virgem. Por que, mas por que pensara na própria virgindade? (...)
Então os dois homens começaram a falar um com o outro. No começo Cidinha não entendeu palavra. Parecia brincadeira. Falavam depressa demais. E a linguagem pareceu-lhe vagamente familiar. Que língua era aquela?
De repente percebeu: eles falavam com perfeição a língua do "p". (...)
Cidinha fingiu não entender: entender seria perigoso para ela. (...) Queriam dizer que iam currá-la no túnel… O que fazer? (...) Me socorre, Virgem Maria! me socorre! me socorre! (...)
Se resistisse podiam matá-la. Era assim então. (...)
Tirou um cigarro da bolsa para fumar e acalmar-se. Não adiantou. Quando seria o próximo túnel? Tinha que pensar depressa, depressa, depressa.
Então pensou: se eu me fingir de prostituta, eles desistem, não gostam de vagabunda.
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