Minha Terra tem Palmeiras onde Canta o Sabia
NA CURVA DAQUELA ESTRADA
Nasci, me criei no sítio
No meu pedaço de terra
Juntinho ao pé da serra,
Meu ranchinho construí;
Sempre ao amanhecer
Quando o sol aparecia
Da minha janela ouvia
O cantar da juriti.
Na estradinha de terra
De poeira, buraco e torrão
Subia lá no espigão
Só pra ver o sol se pôr;
Quando a noite chegava
Dormir não tinha vontade
Me batia uma saudade
Do meu primeiro amor.
Foi lá na curva daquela estrada
Que eu vi passar a minha amada
Na areia deixou seu rastinho pela estrada a fora
Nem me disse adeus e foi embora...
Atrás do meu ranchinho
A onde passa o rio
Na chuva, calor e no frio
Eu pescava lambari;
Na roça tinha quase tudo
Pomar, horta e o cafezal
O bote, chiqueiro e curral.
Na purunga tinha jataí
A minha velha carroça
A charrete e meu arado
Hoje ali enferrujado
No paiol de sapé e madeira;
Com toco e arame farpado
O meu ranchinho cerquei
E o nome dela eu gravei
Lá no mourão da porteira.
A chuva caía suavemente do céu, como lágrimas celestiais que acariciavam a terra sedenta. Era uma noite escura e melancólica, perfeita para reflexões profundas e encontros com a própria alma. Em meio a esse cenário poético, Leticia encontrava-se no aconchego de seu lar, contemplando a dança das gotas d'água pela janela.
Sua alma inquieta ansiava por uma conexão, por um entendimento mais profundo de si mesma e do mundo ao seu redor. Sentia-se como uma gota perdida na imensidão do oceano, buscando desesperadamente seu lugar e propósito. A chuva era sua confidente silenciosa, a testemunha de seus pensamentos mais íntimos.
Na solidão de seu quarto, Leticia pegou um copo de whiskey, desejando encontrar um pouco de calor e coragem para enfrentar as inquietudes de sua alma. O âmbar líquido girou suavemente no vidro, parecendo capturar um pedaço da alma dourada que buscava desvendar.
Enquanto as lágrimas de chuva desenhavam trilhas nas janelas, Leticia refletia sobre as tempestades internas que a assolavam. Ela sabia que precisava mergulhar profundamente em sua essência, navegar pelas águas turvas de suas emoções para encontrar a clareza que tanto ansiava. O whiskey que aquecia sua garganta era um combustível para essa jornada introspectiva.
Cada gole do whiskey carregava consigo uma sensação de coragem e libertação. À medida que o líquido dourado fluía, Leticia sentia suas barreiras desmoronarem, permitindo que seu verdadeiro eu emergisse. A chuva continuava a cair lá fora, como uma sinfonia divina que a envolvia, levando consigo suas preocupações e medos.
E então, em meio a essa conexão entre alma, chuva, Leticia e whiskey, um vislumbre de paz começou a emergir. Ela percebeu que a resposta que tanto buscava não estava em algum lugar distante, mas dentro de si mesma. Sua alma, como uma gota de chuva única e preciosa, continha a sabedoria e a serenidade necessárias para enfrentar as tempestades da vida.
Enquanto a chuva persistia, as lágrimas de Leticia misturavam-se às gotas que dançavam do lado de fora. Ela sabia que a jornada para a compreensão completa de sua alma ainda estava em curso, mas sentia-se fortalecida pela conexão com a natureza e consigo mesma.
E assim, Leticia abraçou o momento presente, saboreando cada gole de whiskey como uma dádiva de coragem. A chuva, testemunha de sua busca, continuava a cair, lavando sua alma e trazendo um renovado senso de propósito. Leticia estava pronta para enfrentar o mundo com um coração aberto, sabendo que sua alma era tão única e valiosa quanto cada gota de chuva que tocava a terra.
-o bem prova o mal e o mal prova o bem;
-deus é tudo;
-deus é o ar, a terra, o fogo e a agua;
-deus é o cheiro, a vontade, a emoção, a vida tanto quanto a morte, deus é tudo;
-existir é viver;
-viver é morar em deus, respirar em deus e ser deus;
o mundo é pequeno de mais para alguém como você, a terra é muito apertada para um anjo que tenta voar e não consegue.
A MISSÃO dos PAIS ou TUTORES na terra ,é a EDUCAÇÃO dos filhos ,para aflorar as VIRTUDES básicas do ser humano. Qualquer outro objetivo acima desta MISSÃO ,mesmo vencendo ,perde se ,porque é mera distração oferecido pelo mundo que desviará da verdadeira missão.
Despedida
Chega o momento em nossas vidas em que somos chamados a nos despedir desta Terra, deste lugar que nos acolheu, nos proporcionou momentos de alegria, desafios, aprendizado e crescimento. É um momento de transição, de deixar para trás tudo o que conhecemos e abraçar o desconhecido, o próximo capítulo de nossa jornada.
Ao nos despedirmos desta Terra, olhamos para trás com gratidão pelos momentos vividos. Lembramos das risadas compartilhadas, dos abraços apertados, dos amores e das amizades que nos acompanharam ao longo dos anos. Cada pessoa, cada lugar, cada experiência moldou quem somos hoje, e levaremos essas memórias conosco para sempre.
Mas a despedida também traz consigo uma sensação de melancolia. Deixar para trás tudo o que conhecemos e amamos não é tarefa fácil. Sentimos saudades antecipadas dos lugares que costumávamos frequentar, das paisagens que nos encantavam e das pessoas queridas que ficarão para trás. É um misto de tristeza e expectativa pelo que está por vir.
No entanto, a despedida desta Terra também é um convite para a transformação. É uma oportunidade de renovação, de abrir as asas e voar para novos horizontes. À medida que nos despedimos, também abrimos espaço para o novo, para o desconhecido. E é nesse espaço que encontramos a possibilidade de nos reinventarmos, de explorarmos novas facetas de nós mesmos e de descobrirmos novos propósitos.
A despedida desta Terra é, acima de tudo, uma lembrança de nossa finitude. Somos seres temporários, passageiros neste mundo vasto e complexo. E ao nos despedirmos, somos lembrados da importância de aproveitar cada momento, de viver intensamente, de amar e de deixar uma marca positiva por onde passamos.
Enquanto nos despedimos desta Terra, podemos encontrar consolo na certeza de que a vida é um ciclo, uma constante renovação. Assim como deixamos este lugar, outros virão para ocupar o nosso espaço, para construir novas histórias e deixar a sua própria marca. E assim, a vida continua a se desenrolar, com cada despedida sendo um novo começo.
Portanto, que possamos encarar a despedida desta Terra com coragem e gratidão. Que possamos lembrar de tudo o que vivemos com amor e apreço, e que possamos abraçar o futuro com esperança e determinação. Pois embora nos despeçamos deste lugar, nunca nos despedimos da jornada da vida. E a cada passo dado, estamos mais próximos de descobrir o nosso verdadeiro destino.
Se eu morrer amanhã, não chores, meu amor,
Pois eu nunca descansarei debaixo da terra.
Sou o vento de liberdade, que além voa,
E na eternidade meu espírito se encerra.
Serei brisa suave que acaricia teu rosto,
Aquecendo teu coração com um afago divino.
Não lamentes a partida, não haja desgosto,
Pois em cada sopro, estarei contigo, meu amor.
Nas asas do vento, encontrarei morada,
Livre dos grilhões do mundo terreno.
Levarei comigo a alegria e a alma alada,
Deixando-te um legado de amor sereno.
Em cada suspiro, sentirás minha presença,
Nos lugares que juntos costumávamos viver.
No canto dos pássaros, na brisa que dança,
Saberei que ali estou, a te proteger.
Se eu morrer amanhã, não chores, meu bem,
Pois a morte não é o fim, mas um novo começo.
Continuarei a soprar, livre e além,
Levando comigo a esperança e o apreço.
Então, se acaso te lembrarem de mim,
Abrace o vento, sinta minha essência no ar.
Serei o sopro de amor, jamais distante assim,
Eternamente a te envolver e a te abraçar.
Se eu morrer amanhã, não chores, meu querido,
Pois jamais estarei debaixo da terra fria.
Serei o vento de liberdade, sempre vivo,
Amar-te-ei além da vida, todos os dias.
A GOTA D’ÁGUA
Fonte da vida e morte de tão vida
Cuja terra agradece, não em demasia
Alenta tudo que é, e o que não é
Emerge do nada e inicia a sua corrida
Por vezes estagnada em alguma bacia
Alimenta o vazio com desmedida fé
Usualmente predisposta a ser bebida
Não importa, se em jarra meio cheia ou meio vazia
Fria ou quente, doa-se até para o melhor café
Mal regida, torna-se mágoa
Surdindo por meio de bágoa
A gota d’água, é pé ou tromba d’água
Tersa ou turva
Basto para aqueles, porque é alívio
Basta para estes, porque é dilúvio
Pingo que gera pinga
Em excesso inebria
D’outra forma sobria
Baga d’água
Salgada é canja,
Doce é ideal para suco
Salubre, perfeita para ablução
Pinga d’água
Hábil a matar a fome e sede
Em sede de sequidão
Seja lá porque cargas d’água
Mas a fonte da vida
É a gota d’água
Um dos bens mais preciosos e dádiva divina.
Vamos consumir a água de modo racional!
No chão de terra seca e sofrida,
No Nordeste a luta é diária, tão sentida.
A pobreza bate à porta com vigor,
Mas o orgulho nordestino floresce, com amor.
Erguemos nossas mãos calejadas,
Na busca de um novo amanhecer, cheias de esperanças renovadas.
Nossos passos firmes nas estradas áridas,
No peito, a força que não se intimida.
Entre canaviais e mandacarus,
Resiste o povo com garra, mesmo nas agruras.
No sertão, a seca que castiga e desafia,
Mas o sorriso nordestino transborda de alegria.
Nosso forró é a dança que contagia,
Embala corações e traz melodia.
No arrasta-pé, esquecemos as agruras,
Celebrando a vida com festa e doçuras.
Somos cordelistas, contadores de histórias,
Versadores da vida, da graça e das glórias.
Nas rimas e nos versos, a expressão sincera,
Do amor pelo Nordeste que nos espera.
Pois mesmo com dificuldades, jamais nosemos,
Somos destemidos, guerre que não tememos.
Alegria e resistência são nossas bandeiras,
Somos nordestinos com toda a fidalguia.
Nordeste é sinônimo de superação,
De um povo valente, de persistência e ação.
Apesar da luta, somos felizes e vaidosos,
Orgulho pulsante em nossos corações amorosos.
Do sertão ao litoral, nossa cultura reluz,
No batuque do maracatu e no frevo que nos conduz.
Somos nordestinos, da poesia à culinária,
Resplandecendo em cada gesto e artesania.
Então brilhe, nordestino querido,
Com esperança e fé, em seu caminho atrevido.
Lute pela sua terra, com amor e fervor,
Seja feliz e orgulhoso, meu nordestino, com todo ardor.
Só quem vive no mundo da Lua, sabe como é viver em dois mundos. Como é habitar a Terra e a Lua ao mesmo tempo, ser astronauta do próprio Universo.
Edileine Priscila Hypoliti
(Página: Edí escritora)
FOI ASSIM...
Tal como um cedro banido da terra
Por mãos assaz cruéis e gigantescas,
Nela deixando um rastro de guerra
E, no solo, feridas bem grotescas...
Tal como um corpo celeste que erra
No espaço, em curvas romanescas,
Perdido o brilho que em si encerra,
Ao vácuo fosse em espirais dantescas...
Foi assim...assim... e muito mais,
A perda tanto e tão sentidos ais,
Que no passar do tempo não se esvai.
Chegaram dores em dias cruciais,
Ausência eterna em vazios abismais,
Foi bem assim, quando morreu meu pai...
Quanto mais pesado é o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais real e verdadeira ela é. Em compensação, a ausência total de fardo leva o ser humano a se tornar mais leve do que o ar, leva-o a voar, a se distanciar da terra, do ser terrestre, a se tornar semirreal, e leva seus movimentos a ser tão livres como insignificantes. O que escolher, então? O peso ou a leveza?
Aqui estou, sentado em uma lata
Bem acima do mundo
O planeta Terra é azul, e não há nada que eu possa fazer
Enquanto vivermos nesta terra, sempre haverá dor e sofrimento. Mas quando estivermos na glória, teremos paz e alegria em Cristo.
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