Minha Mãe
"Minha mãe sempre quis ser um beija-flor,
e desconfio que ela era,pois o néctar de sua doçura polinizou meu sangue,e hoje mesmo do céu,é seu amor que me sustenta."
Minha mãe sempre disse que eu nasci para brilhar.
No fundo do meus pensamentos eu sei que nasci para brilhar.
Mas todos em volta não param de me julgar, mal posso esperar o momento em que mesmo com 13 anos o mundo irá lembrar de meu nome e minha história irei contar.
Não nasci para ser o que sou no momento, deus é o único que pode me julgar.
Podem me chamar de convencido e o que for, se ponha no meu lugar você se sentiria aflito? Conheço minha capacidade mas o que mais ouço em casa são gritos.
Sim a culpa também é minha não me preocupei no início, agora perdi a linha q me guia na trajetória do meu sucesso a trilha da minha vida.
Escrever não e meu forte.
À ALMA DE MINHA MÃE
Partiu-se o cordão do amor absoluto
No meu desditoso fado então trincado
E as preces no rosário assim de luto
Rezam tristuras no chão do cerrado
Lacrimoso eu, debalde na dor soluto
Soluça a baixa deste relicário delicado
Minha mãe, tão jovem em seu atributo
Pôs suspiros no meu peito instigado
Tal um ramo que seca sem dar fruto
Em um outono tão frio e desfolhado
Assim, o meu afeto se faz convoluto
E na continha de saudade, ao lado
Das lembranças dum amor resoluto
À alma de minha mãe, louvor ofertado!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
A minha mãe trabalhava sozinha em casa o dia todo sem descanso e o meu pai apenas treinava o dia todo a arte do sabre com o meu irmão e ambos passeavam pelas várias montanhas que o Japão lhes oferecera. Jurei para mim mesmo que nunca permitiria que isto acontecesse com a minha família.
Cresci e formei uma família e aconteceu exatamente aquilo que acontecia com os meus pais e o meu irmão.
Separei-me e cheguei à conclusão que sozinhos estamos melhor. Sozinhos sentimos o verdadeiro sentimento da liberdade enquanto mortais.
Minha mãe sempre usa uma palavra que creio que também cabe muito bem em nosso “guarda-roupa” em nosso “vestuário”, essa palavra é AUTENTICIDADE, que nada mais é do que ser verdadeiro, sermos nós mesmos, e sem sombra de dúvidas a autenticidade é o ”acessório” mais fashion e curinga da nossa personalidade. Ser autêntico ao contrário do que muitos pensam não é ser bruto, ignorante, mal-educado ou até mesmo arrogante, mas sim saber respeitar os outros com suas diferenças sem deixar de ser você mesmo.
minha mae
minha mae pode ser nervosa
chata, me manda fazer serviço
mas se ela falecer eu morro junto
"Sou uma pessoa diferente, amo minha mãe fora dos dias das mães, amo minha namorada sem provar pro facebook, tenho um melhor amigo que guardo memorias mais do que fotos. Sou uma pessoa diferente."
Ontem chorei, ah se chorei. No conforto do colo da minha mãe... Ela me abraçou sem dizer uma palavra. Tinha sido uma semana conturbada, parecia que não ia mais acabar. A paz chegava até mim quando eu adormecia, apenas. Eu nunca tivera dormido tanto... Eu sentia que não ia suportar.
Mas sabe, eu superei.
Foi doído, sofrido, esperei, senti saudades e passei por dias bastante cinzas.
Mas superei.
E agora nada mais importa, não quero saber se serei lembrada, se alguém vai sentir minha falta. Por mim tá tudo bem, a vida já me mostrou de tantas formas que posso ser feliz sem ter muito.
As pessoas costumam sair muito rápido da minha vida, tive que fingir que você foi embora também. É assim que sempre funcionou.
Agora que tudo acabou já posso me reencontrar com quem sempre me quis bem: aquela pessoa maravilhosa que vejo no espelho todos os dias.
PRECISA-SE DE MÃES
Demétrio ena, Magé - RJ.
Aprendi com a minha mãe, que todo o cuidado será pouco para um filho, e que por isso, as mães não relaxam. São felizes, podem viver bem, mas não relaxam. Natureza de mãe que tem mesmo natureza não obedece à lei da prática e da serenidade, porque para ela o mundo está sempre a um passo de ruir sobre os ombros do filho. Há sempre alguém muito próximo, e acima de qualquer suspeita, pronto a se revelar capaz de um gesto indigno, malicioso ou desmano contra esse filho.
Com as demais pessoas, aprendi que não é certo a mãe ser extremada, super protetora e desconfiada de todo o mundo. Até minha mãe reconheceu muitas vezes, com palavras, o quanto estava errada por ser assim. No entanto, sua natureza infalível, com gestos e vivências me fez ver definitivamente que alguma coisa está errada com a mãe que não erra nesse aspecto. Especialmente aquela mãe que se deixa sufocar pela mulher, sempre bem-vinda, mas não como substituta da mãe.
Foi com a minha mãe que aprendi a apostar minha vida no caráter do próximo, mas não a vida de um filho. E que a integridade física do meu rebento precisa depender de mim, dos meus cuidados, minha desconfiança, e não da sorte ou do acaso de outra pessoa ter ou não bom caráter, tanto quanto aprendi que o caráter não tem cara.
Finalmente aprendi, com suas poucas palavras e muitos exemplos, que mãe não tem meio termo. Se não pecar por excesso, pecará por falta de cuidados, e que nos tempos em que vivemos, toda falta será castigada em maior ou menor escala. E também aprendi, com a moderna escassez de mães iguais à minha, que os pais de agora têm que aprender a ser mães, pois são muitas as mães que se tornaram como aqueles pais meramente provedores que delegam totalmente seus filhos.
"Queria acreditar que os conselhos da minha mãe são certos erros e que os homens não são todos iguais. Mas a vida e principalmente você, me faz acreditar nisso."
Minha mãe me protegeu da infância à juventude para que não seguisse o caminho errado e mesmo assim algumas vezes o desviei. Mas graças à ela jamais experimentei coisas ruins em minha vida.
Minha mãe sempre me disse que ser bom faz com que sejamos melhores em tudo.
Sentir a dor do outro,nos torna mais sensíveis,mais sofríveis,mais humanos...
Na minha infância minha mãe dizia que sou rude, meu pai dizia que sou arrogante, acho que não posso mais realizar meu sonho de infância, ser Jesus.
Acho que eu estava com mais ou menos três anos de idade. Certo dia, aproximei-me da minha mãe aos prantos.
- O que foi? – perguntou-me ela, preocupada.
- Pi-mi-ga, mamãe! – respondi, mostrando o vermelho que a cabeçuda tinha me deixado na perna.
- A mamãe vai bater na formiga! Ora, formiga boba! Machucando meu bebê!
- Não pi-ci-sa! Eu já arranquei as zoleia dela! – surpreendi minha mãe, trazendo nas mãos a cabeça da formiga, que eu confundira com suas orelhas!
Desde nova minha mãe dizia: " desconfie de quem não olha nos olhos”. Além da desconfiança, descobri o ganho de olhar nos olhos...E assim cresci...fazendo amigos, alguns desafetos e captando belos momentos...Já dizia o sábio Da Vinci: “O olhar é a janela da alma e o espelho do mundo”.
Podemos aparentar um estado mantido por um olhar fugaz ou com a penumbra de um óculos, mas um olhar... dificilmente engana.
Ontem foi um dia especial, um casamento, e junto com este casamento existem outros votos,inclusive o da renovação da amizade...Segui um rito que não tenho o hábito de aceitar, neguei um convite de chamar o meu parceiro porque acredito que há uma responsabilidade em alguns papéis...Se é para apadrinhar tem que vibrar na mesma intensidade do casal, não me arrependo da vedação, tenho um parceiro que entende quando falo de "EMOÇÃO”, assim entrei no casório, com um ilustre desconhecido que tinha uma alegria tão verdadeira no olhar, que também virou " amigo”.
Ontem pude presenciar a transparência de um olhar afetuoso e de uma felicidade sincera dos noivos, tipo raro de se ver hoje em dia, testemunhei o olhar paternal orgulhoso, despertado para o tempo de que os filhos cresceram e estavam radiantes de alegria nesse novo rumo.
O olhar permite captar estas cenas e nos reconhecermos nas emoções que não nos são alheias! Ontem revivi a emoção do como é lindo ver um gesto de um pai zeloso ( in memoriam), uma família unida reunida e, principalmente, vibrando!
Obrigada pelo momento, pelo encontro com amigos de infância, pela divertida apresentação do Dirty Dancing e por todos estes anos de amizade!
Felicidades aos noivos e que nesta panela de amor coloquem sempre o tempero da amizade, companheirismo e paciência
Quando pequeno minha mãe dizia que o amor é feito magica, hoje tenho certeza... porque se estou com raiva seus olhos me acalmam, se estou triste um abraço teu me consola e se te beijo mesmo que em terra firme, me sinto nas nuvens.
