Minha Alma tem o Peso
"Emprestar ouvidos à maledicência é participar – passivamente – da soberba que corrói a alma do maldizente.
Em breves termos, tanto o detrator como o curioso que ouve as suas calúnias vivem na neurótica ilusão da superioridade moral".
"Os grandes pedagogos educam para a generosidade, que na alma dos discípulos serve como precondição psicológica para a contemplação e posterior partilha da verdade — numa escala de conhecimentos que vai do menos abstrato ao mais. Em breves palavras: ser generoso é a nota essencial do verdadeiro mestre, e para percebê-la convém olhar os seus discípulos. Se sabem muito e amam pouco, o mestre fracassou porque sabem mal. Se amam muito e sabem pouco, o mestre fracassou porque amam mal.
O amor é o motivo, é o instrumento e é o fim do saber. Se o amor permear o conhecimento do princípio ao fim, é porque o mestre ensinou tudo na ordem ("ordo"), na forma ("species") e no modo ("modus") devidos. Mas não se chega a tais resultados sem doses de preciosa generosidade.
Amor e saber ou estão juntos ou são malogrados. Sua perfeição é literalmente co-incidirem.
A verdadeira erudição sabe a amor, e o amor é a mais sublime devoção ao bem apetecido pela vontade iluminada pela inteligência. Por isso, o bom mestre gera almas devotas do saber; o mau mestre gera almas devotas do próprio umbigo. Esta última devoção chama-se soberba, o anti-amor em ato.
Se alguém chega a esse triste ponto, é quase impossível que reordene os saberes e os hierarquize. O contato de sua inteligência com a realidade estará decisivamente depravado".
"A beleza moral imprime na alma de quem a contempla uma marca muitíssimo mais duradoura do que a deixada pela beleza física".
"O ateu racionaliza o mistério e não compreende a humildade da alma simples que se resigna ante a evidência de que o homem não pode conhecer tudo de maneira plena".
"A pequenez de alma impede que uma pessoa se relacione profundamente com quem quer que seja.
Impede inclusive que se relacione bem consigo mesma".
"A alma pusilânime vicia-se em não ter certezas, até crer, neuroticamente, que toda certeza é incerta.
A exceção são as certezas que servem à sua covardia; estas são inabaláveis, e dão à alma pequena argumentos vários para não fazer o que deve fazer, em circunstâncias concretas de sua timorata existência.
A uma pessoa debilitada por este vício convém delegar a terceiros, ou ao Estado, ou à "ciência", as suas mais importantes decisões.
Ao fraco convém duvidar quando ter certeza é um dever. Não se trata, neste caso, de uma certeza geométrica, é claro, mas da "certeza moral" que impele o homem a agir em ocasiões graves tendo por bússola a opinião mais provável".
"Só a alma penitente – iluminada pela clara visão das próprias fraquezas – é capaz de amar o próximo.
O impenitente, em contrapartida, hipertrofia o ego, cega-se pela soberba e ama pouco, e mal.
Noutras palavras, o amor é para os que têm a grandeza de se verem pequenos".
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp