Milan Kundera

Cerca de 89 frases e pensamentos: Milan Kundera
Milan Kundera (1929-2023) foi um escritor tcheco, naturalizado francês, autor da consagrada obra “A insustentável leveza do ser”. Morreu em 11 julho de 2023, em Paris, aos 94 anos.

O amor é uma interrogação contínua. É, não conheço definição melhor do amor.

Milan Kundera
O livro do riso e do esquecimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Inserida por pensador

O homem é responsável pela própria ignorância.

Milan Kundera
Risíveis amores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Inserida por pensador

Nunca se pode saber o que se deve querer, pois só se tem uma vida e não se pode compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por pensador

Não existe meio de verificar qual é a decisão mais acertada, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por pensador

Para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se encontrem nele desde o primeiro instante.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por pensador

O homem, embora mortal, não consegue imaginar nem o fim do espaço, nem o fim do tempo, nem o fim da História, nem o fim de um povo, ele vive sempre num infinito ilusório.

Milan Kundera
O livro do riso e do esquecimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Inserida por pensador

Nenhum ser humano pode oferecer a outro o idílio. Só o animal pode fazê-lo, porque não foi expulso do Paraíso. O amor entre o homem e o cão é idílico. É um amor sem conflitos, sem cenas dramáticas, sem evolução.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por pensador

Quanto mais pesado é o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais real e verdadeira ela é. Em compensação, a ausência total de fardo leva o ser humano a se tornar mais leve do que o ar, leva-o a voar, a se distanciar da terra, do ser terrestre, a se tornar semirreal, e leva seus movimentos a ser tão livres como insignificantes. O que escolher, então? O peso ou a leveza?

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por marcosarmuzel

Semelhante ao esquecimento de um ente querido que se vai, pelo qual só fica a saudade um pouco anestesiada, um "kitsch"(*) compulsório, nosso esquecimento pelos outros passa pelo cansaço que nossa presença causa, pelos traumas e sofrimentos que podemos vir a inspirar. Quando a mente cansa, ela força o kitsch, a banalização dos pesares pelo famoso “eu não tô nem aí” ou por um “não me importo mais”. Se não for um blefe, devemos nos cuidar: pode ser o último perdão e supremo ato de indulgência anteriores ao afastamento da Vida e do Amor.

(*) Kitsch: é uma palavra de origem germânica, utilizada pelo autor checo Milan Kundera para referir-se ao esquecimento compulsório que nossa mente nos impõe, visando evitar o sofrimento por algum fato ou trauma e que geralmente vem em forma de um perdão ou perda de importância dada.

Inserida por Ebrael