Meu Erro foi te Querer
Que seja terno mesmo sendo passageiro
Esse meu pensamento desordeiro
Ou ao menos que me livre dos devaneios
Que me deixe ser eterno, um dia inteiro
Meu pai possuía um 38 o qual todo dia ficava alisando com carinho atrás do balcão da mercearia, feito a um animalzinho de estimação, lubrificando com óleo de maquinas. Uma vez matou um cachorro que estava latindo no quintal, disse minha mãe, se sentindo incomodado. Outra vez saiu correndo atrás de um cliente, essa eu próprio vi, apontando o revolver, tremulo, se o cara não corresse feito um raio, e dobrasse rapidamente a rua... Sei não. Acho que não ia atirar, mas... Noutra antes de dormir vi ele atirando logo abaixo da calçada do vizinho em frente. Perguntei: - Pai, o que é isso? - Ele disse: - Bala fria! Não sabia que raio de balas frias eram essas, se tiradas da geladeira ou não, e porque se estavam imprestáveis, como parecia, ele não jogava no lixo, simplesmente. Outra vez ia entrado na mercearia, a noite, na hora que fechou e vi um cidadão que trabalhava com ele e que havia demitido logo cedo, aproveitar, e antes que ele fechasse as portas invadir estabelecimento e sentado em cima dos sacos de farinha ameaçar ele e meu tio com um revolver apontado, se ressentindo de humilhação sofrida. Eu vendo aquilo, estupidamente, me aproximei de bracinhos levantados me sentindo feitos nos filmes americanos de faroeste que assistia na TV.
RELÓGIO
Relógio...
esse voraz devorador
de liberdade?
não o uso mais
faço o meu próprio tempo
e como as horas são
agradavelmente longas...
"O espírito de grandeza deva ser dominado em nosso ser(eu/meu/sou/posso/rei/rainha). Pois quando o mesmo não é dominado, pode nos consumir e nos destruir junto com os que estão em nossa volta!"
Eu tenho um desanimo tão grande em meu coração pra gente fútil que não faço o minimo esforço de vontade para agrada-los!
Sentia necessidade do meu cone de sombra, da minha tranca na porta, da minha intimidade, nem que fosse só para ficar em silêncio.
ESPERA
São noites tristes, sozinho,
De espera de solidão
De meu amor longínquo
Que passou por mim outrora
Amamos intensamente
Cada momento vivido
Com infinita paixão
Eu sei que é loucura
Inda hoje quando recordo
Dos dias passados juntos
Que morro de pensar
Nesta espera fria...
É saudade, é agonia...
Marcado em minhas lembranças
É uma espera...
De esperança...
De voltar ser como antes
No recôndito do abraço
Sonhando ou talvez sorrindo
Querendo e sentindo
A doce realidade...
lluisfe
Estudei para a prova
Numa noite qualquer
Usei meu lápis e escrevi
Formulas lá e explicações aqui
Ouvindo Mozart Beethoven
No máximo volume do headphone
Quando já ia dormir
Uma notificação recebi
Era alguém pedindo ajuda
Não havia recusa nenhuma
Então logo disse sim
Mas não sei, expliquei bem?
Não deu tempo de falar tudo
O silêncio deixou tudo mudo
"Pensei em suas palavras, realmente cogitei fazer o que disse, mas isso não se encaixa no meu perfil".
"Ainda não sei porque, mas seu olhar entra no mais profundo lugar do meu ser, a sua voz me alegra e emociona, suas lágrimas me partem em mil pedaços, sua melancolia me contagia e sua alegria faz feliz o meu dia''.
Fazendo meu castelo
Pedras que me jogaram
Minha motivação
São os que desacreditaram
Revendo nosso ideal
Talvez isento
Vamos viver os nossos sonhos
Temos tão pouco tempo
Eu posso ter perdido a conta de quantas vezes errei, mas sei que todas as vezes que meu olho se alinhou ao teu, eu te amei.
- OLHOS DE PEDRA -
Trouxe comigo, ao nascer,
Olhos de pedra, não me via,
E o meu corpo de saudade
Já nem tinha claridade
P'ra decidir o que fazer!
Acreditei que ia passar
Mas a pedra aumentou
E o peso dos meus passos
O frio dos meus abraços
Parecia não parar!
Vi sorrir quando chorava
Em momentos de solidão
E o meu corpo só tremia
Por sentir a nostalgia
De não verem que eu amava!
Olhos de pedra, fechados,
Sem coragem de os abrir
E das coisas por dizer
Tantas feridas, triste ser,
Nos meus olhos embaciados!
Morreram sonhos um a um
Nas veias grita o sangue
Tantos passos pelo chão
Tantas dores, solidão,
Pois d' amor estou em jejum!
Não podendo ser mais nada
Inventei sonhos suspensos
E das tardes de Setembro
O que fiz já não me lembro
Só vivi de madrugada!
E pensava, só pensava
E sofria, só sofria
E quando a vida em vão passava
Olhos de pedra, mal a via,
Pobre criança rejeitada!
Outono chegando e riscando meu chão.
Cada folha representa um sentimento que fica, dando margem a outros que chegam.
Meus passos vão seguindo em busca do melhor.
Um vazio por dentro me sinto tão só sem você aqui, tudo se modifica ao meu redor quando nossos olhares ficam distante, não vejo sentido e razão para esta nesse mundo de ilusão buscando a solução de fazer a diferença entre a verdade e as consequências, o que é verdadeiro? Os seus abraços e seus beijos quando toma conta de mim e incendeia meus sentimentos e pensamentos. O que é verdade? É os nossos sorrisos incansáveis e os olhares indeterminável. Sempre vou saber que todas as respostas das perguntas que tenho em mente sempre vou encontrar em você, pois é a única transparência e sinceridade que acho em você. O que dizer sobre o preenchimento dos pensamentos, se sentir só enquanto você está com sentimentos por dentro de querer o conforto e segurança, proteção, da sua guardiã e sendo assim o que resta é saudades dos momentos marcantes, que vai ficar guardado em nossa vida e um dia após o outro dia, é a razão de eu abrir meus olhos e enxergar em você o fôlego de vida.
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
- AMOR DAS HORAS VÃS -
Meu amor das horas vãs
Acorda, não tenhas medo
Vem dar cor ao meu segredo
Como a aurora às manhãs.
Vem dormir no meu regaço
Vem dar luz ao meu olhar
Faz de mim o teu lugar
Do meu corpo o teu abraço.
Mas ao vires não te apresses
Deixa os medos no caminho
Passo a passo há um destino
Fado a fado há tantas preces.
Ao meu peito irás voltar
Como a aurora às manhãs
Não te importes de acordar
Meu amor das horas vãs.
