Mesa do Pobre
Comida na minha mesa coloco correndo atrás, batalhando...com o meu suor. Não com pratos do vizinho, muito menos do patrão !
Não me convide a sentar na tua mesa
Não me chame para tomar do seu café
Perdoou, desculpo...
Mas tenho um jeito diferente,
Não aceito cadeira, nem xícaras
De quem ontem me negou guarida
Me trancou á porta.
Sorvete...
Pra te olhar nos olhos
Colar
Senti tuas mãos
Na mesa
Cartas
Não marcadas
Sem rodeios
Direta
Pra eu entender de vez...
Calou
Nem sim, nem não !
Em mim, anjos e demônios na mesma mesa comendo e bebendo no mesmo prato. Em mim, demônios e anjos na mesma cama.
Graças a força, técnica e bravura dos nossos agricultores, temos alimentos na mesa. Sejamos gratos a esses importantes geradores de fomento do nosso país. Sem eles, nada acontece.
Sentado á mesa, de frente para um prato de fava com farinha, minha tia me olha e diz: O menino come de tudo! e eu à respondo: Mas tia se eu for escolher eu vou ficar com fome!
Meu sertão.
Elegância
Senta-te a mesa mais sofisticada
Com os talheres postos à francesa,
São tantos os adornos sobre o corpo
Que confunde o brio da nobreza.
O que queres dizer com tanta altivez?
Guardados nos inúteis pensamentos acres
Com gritos no olhar silencioso
E semblante de vileza?
Perdeste a faculdade de julgar,
Não sabes conceber a elegância
Que se apresenta como atributo mais sutil
Na mímica da prudência e da leveza.
Á mesa do jantar ele se cala.
Que outros falem demasiado
remoendo os chocalhos das próprias ideias
não o incomoda tanto.
Conheceu muitas borras de palavras
e teve de discernir a sós
os afetos que lhe serviram de caminho
ao lado de Dora, sempre.
Tantos jantares gastos em torno a
opiniões
essa esgrima imaginativa
a sentenciosa: ele já o sabia.
Os outros falam
e ele basta um aceno de cabeça.
Acordo, e na mesa, o café forte, colocado no fogo, antes que meus olhos abrissem direito.
A cada gole tomado na sede de acordar, eu vou revendo os "nãos" que eu preciso dar.
Olho minha história e penso comigo: sou luz e não um castigo. É que acreditei em inverdades bem contadas que sobre mim falaram e de vez em quando a cafeína me acorda só para eu lembrar, que tudo o eu vivi até aqui, somente eu tenho autonomia para contar.
Acordei, não é hora de dormir agora.
Nildinha Freitas
Conselhos
Não se sente em qualquer mesa e quando se sentar em uma, observe quem fica, quando todo mundo levanta e vai embora.
Não chame ninguém de amigo, sem que antes perceba como ele se refere às pessoas, longe delas.
Não dê o seu coração para gente que sorrir da queda dos outros, um dia você poderá ser motivo de suas risadas.
Não se culpe por ter amado, sentido e desejado o bem, isso fala de você, de mais ninguém.
Se perdoe, nem sempre viver é acerto, mas onde errou, recomeço.
Nildinha Freitas
Estamos formando uma geração de pessoas que esquecem de sentar à mesa e que não falam suas dores com medo de parecer fraqueza e "nós" parecemos perdidos, sem rumo certo, sem sentido.
Estamos vivendo em um barco à deriva, em um mundo imediatista, onde o tempo se perde entre os dedos e a vida passa sem que se sinta o vento, o sol, o cheiro do mar, o abraço, o amar.
Nildinha Freitas
Deus preparou pra mim uma mesa no deserto... muito mas muito longe daqui.... e eu vou
vou atravessar o mar e ali cear, pois o que Deus nos dá é completo e revestido de amor .....
"Não ANDO com os FARISEUS, não me ASSENTO na mesa com os ESCARNECEDORES e tampoco DURMO com os BABILÔNICOS."
—By Coelhinha
Tiro o elástico de borracha das flores de corte e coloco em cima da mesa. No vaso já com água fresca, coloco uma por uma por vezes tocando de leve as suas pétalas sensíveis. Depois fito o elástico abandonado no canto faltando um fio para se romper. Esticado de todas as formas até a borracha chegar no limite. Nas minhas mãos o coloco, e em um simples movimento ele se parte em dois. Mesmo que eu o amarrasse ele não ficaria o mesmo. E é isso que acontece quando deixamos que ultrapassem os nossos limites. Quando permito que rompam com essa linha tênue, já sei qual caminho de destino. A gente permite por medo de abrir a boca e transferir o não. Para o outro, para nós mesmos. No fim de tudo, quem despedaça somos nós, não quem rompeu com a nossa barreira.
No jarro em cima da mesa, flores de corte que já passam de uma semana. Algumas direcionadas a janela, exalam perfume que manifesta vida. A suave luz as manteve ainda de pé. Quando giro de leve o jarro, encontro algumas murchas, que mesmo do lado das sombras, já não mas com tanta força, esbanjam um perfume discreto mesmo exibindo seu próprio cenário fúnebre. Elas já encarnavam a não vida. E estranhamente, mesmo estando no fim, mesmo coberta por sombras, o seu perfume ainda é perceptível. Em um mesmo jarro, dois lados. Que cumpre de forma orgulhosa o seu papel. Uma em condições favoráveis, outra em desvantagem. E naquela que já padecia, encontrei a força que sempre lhe era residente. Totalmente murcha e perdendo a cor, mas não deixando de encantar. Afinal, até mesmo quando as pétalas se vão, o perfume da beleza também nos encontra.
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