Mensagens para Primos Distantes
A vida, porém, fria, convém ser parada, as estrelas cintilam, distantes encantavam.
Esperando um abraço na noite estrelada, um beijo escondido, sem saber que se amavam.
O dia vem vindo, adeus, já falava, o sol se abrindo, e eu sem mais nada.
Geraldo Neto
Vi relógios apontando o horizonte, mil relógios desapontando, os meus passos atrasados e distantes.
E vai-se indo no entardecer, as noites indormidas, nas esquinas da vida , a lua insinua beijar-me a fronte, e, mesmo assim distante, vi além mar, o horizonte
Somos metafisicamente iguais, percorremos aerovias distantes, escrevemos chatismos delirantes e choramos por amor, chorar por amor ainda é romântico, absurdo poético!
As estrelas piscam e brilham,
pequenas luzes distantes,
ilumina os meus instantes,
nos instantes que neblinam.
Essas luzes delirantes,
que no brilho da lua se homizia,
onde está os amores apaixonantes,
que desejei e que amei algum dia?
Perambulando no horizonte,
de leste a oeste,
a procura do acalanto,
onde o sol escurece e traz um novo dia.
Grandes amigos são sempre grandes amigos, mesmo distantes em caminhos diversos.
É como a chuva que cai no oceano e se torna as mesmas ondas e imponência, mas que é um oceano preenchido pela água da chuva que um dia se encontrou com o mar. Os grandes amigos nunca morrem, estão vivos na alma!
É fácil estar solícito aos problemas de pessoas distantes, pois os mesmos não nos atingem diretamente.
Uma estrela nunca se apaga, apenas muda para lugares mais distantes de nós deixando rastros da sua passagem - saudades.
Fragmento I - Ankou
Um vulto indistinto, entre outros vultos distantes.
Não houve um tempo em que ele era, não houve sequer um instante.
Os outros deixam para trás seus sonhos, desejos e deveres, seus inconstantes.
Ele, porém, em seu sadismo divino, ínsito na própria penumbra,
flutua, do nascimento ao desaparecimento, protegido no seio da imortalidade.
Saulo Nascimentto
Os momentos mais difíceis
da nossa vida, não é quando
estamos distantes de quem
amamos!
Mas quando estamos perto
e mesmo assim nos sentimos
distantes.
Com passos firmes, a fé no coração, levando a palavra, em toda nação.
Em terras distantes plantando a semente, de amor e esperança, uma luz que se acende.
As portas abertas, um chamado sem fim, mas corações distantes, sem o fervor de outrora assim, dedicação esfria, a chama se apaga, no serviço à Deus, a alma se afasta, e vaga.
Nós temos a nós
Corações batem velozes
Sem chorar distantes
Agora temos o antes
E quase o depois
Temos a nós
Quando precisar
A gente faz a lista sem demora
A tudo sabemos sobre distancia
E somos donos do agora
Pois agora somos dois
E sendo dois
A tudo se conquista
Até mesmo as três estrelas
Que você queria
Pode tê-las
Basta abrir a janela
Elas vão estar lá todo dia
A leveza do viver é tão vasta!
Que qualquer pedacinho de chão
Nos basta e é suficiente
Veremos o Sol
Ao se pôr e ao nascer
Tudo ficou mais fácil
O vestido florido
A camisa de linho
O abraço pronto
Esperando no varal
Um jardim, um quintal
Tudo isso num vaso
Nenhum prazo a cumprir
Nada pode desfazer
Se a gente não quiser
O nó da garganta
Agora é laço
Perfeito, sob medida
Um homem
Uma mulher
Uma vida.
Edson Ricardo Paiva
Eles eram somente duas pessoas
Que não se conheciam
Duas almas boas e distantes
Muito diferentes
A encontrar semelhanças entre si
A cada instante que passava
Ele amava ficar em casa
E ela, adorava sair
Mas gostavam dos mesmos assuntos
Ele era sempre meio elétrico
E um tanto desengonçado
Ela se movia sempre meio lenta
E primava pela métrica
Mas pra cada coisa
que não combinasse
Havia outras duzentas
Que os unia
E aquilo tudo, na verdade
se traduzia em uma imensa vontade
de se ver sempre e todo dia
Ela era um tanto moderna
Ele era por demais quadrado
Mas um morria de saudade
Sempre que o outro
ia embora
e quando um ia chegar
O outro esperava lá fora
Quando a vida une algo assim
nasce um amor que não tem fim
Assim era o amor deles
daqueles, que pra desunir
demora.
A vida é curta
Como é longo o dia
As estrelas estão perto
Mas as flores, por demais distantes
Minha infância, parece que foi ontem
Mas o dia de ontem
há muito tempo se passou
As montanhas parecem pequenas
antes, tudo pra mim
era mesmo assim, possível
Mas hoje
diante destas colinas
Que eu ainda não transpus
tudo me parece intransponível
Atrás das colinas tem guerra
mas estão tão longe
todos os amores que já senti
E, se voltar a sentí-los
Não vou mais amar como antes
Meu amor a mim mesmo me basta
e eu, a mim mesmo me basto
Longos são os meus segundos
Como é vasto o mundo
Me recolho a um canto, soturno
Agradeço ao dia, pelo fim de mais um dia
Adormeço lendo poesia.
Hoje estamos distantes e próximos a cada mensagem e vídeos chamadas:
Sabe aquela sensação que já nos conhecíamos do passado e a certeza do nosso futuro juntos ? É assim que vejo nossas vidas.
Para: Julia,Pedro e Vincenzo
Um Texto sobre a Poesia da Relatividade.
Enxergamos despedidas
Tempo e lugares distantes
Borboletas antigas
Buscando uma pétala vaga
Pra descansar as velhas asas
Vagando sobre flores desbotadas
Que recobrem um resto de alegria
Que flutua na memória
Uma pintura
Uma palavra do Mestre
Arte rupestre do acender das luzes
Traz de volta à vida outras luas passadas
A felicidade primordial, rudimentar
A única que foi real
Vem romper com a ruptura
Em formato de palavra dura
E mostra uma flor que não víamos naqueles dias
Provando que o tempo não retrocede
Senão como saudade
Que nem mesmo a sede, uma vez saciada
Há de voltar às nossas vidas
Se despede, se despe de nós
Vai zunir nas asas de uma velha abelha
Fazer morada nas telhas
De uma casa há muito demolida
Tudo está pra sempre lá
Porém velho, desbotado e sem vida
Talvez seja essa a relatividade do tempo
A velha roseira ao meu lado
Sempre trará flores novas
A roseira nova do passado
Não há provas que tenha existido.
Edson Ricardo Paiva.
Às vezes quero ver o Sol à noite
E olho as Estrelas,
que são Sóis distantes
Enxergo hoje as coisas
Como não as via antes
Hoje não adianta mais
Saber o que devia ter descoberto
No tempo em que nasciam flores
Onde hoje tudo é deserto
Eu, que desejava tanto a Guerra
Enquanto vivia em paz
As vicissitudes desejadas
Foram tão rudes
Quanto inesperadas
E hoje eu olho as coisas
Tão distântes e digo
Faz um tempo
Tanto tempo, Meu amigo
Que queria desviar-me
Dos caminhos que hoje sigo
Aprendi a caminhar
Conheci os segredos dos Mares
E dos Nós de Marinheiro
Esta noite eu enfrentei
Uma tempestade atróz
Querendo encontrar o caminho
que me conduzisse de volta
À ilha dos Girassóis
Uma fada dança em minha mão
Tenho esperança, ainda
De que tudo mude
E que o vento sopre em direção
Ao final deste Mar
Que não finda
E caminhar finalmente pela praia
Ao final de uma tarde linda
Antes que a vida se esvaia
Consumida pelo tempo
Tanto tempo
Meu amigo.
Noite fria, claro dia
lembranças de momentos tão distantes
cujas lembrança trazem
qualquer sentimento
exceto alegria
recordando a primavera
de uma existência
mergulhada em agonia
Aonde estão as caravanas de ciganos?
violinistas,flautistas
trapaceiros...vigaristas
Amigas amadas
com seus sorrisos de fadas
que eu via de manhã, quando acordava
que me sorriam, e como névoa
dissipavam
deixando seus sorrisos
e uma alegria que ficava no meu dia
Laranjeiras no quintal
insetos voando lentamente
Feitiço de bruxa
que só de maldade
traz e tira isso da gente
hoje não há mais fadas
e são maldosos os olhares
que outrora faziam sorrir
e não há boca pra dizer nada feliz
não há mais grama no quintal
e nem vontade de dançar na chuva
já não tenho mais ciência
do que haverá
depois da curva
o tempo passa
a vista turva
a luz que a vista ilumina
não mostra aonde
e muito menos quando
a estrada termina
o espelho não mostra um atalho
lá eu olho e vejo
apenas e tão somente
um sorriso de espantalho.
Um Quase Recomeço
As risadas, perdidas em ecos distantes,
Promessas feitas sob estrelas a brilhar,
Agora são sombras, momentos cansantes,
Caminhos separados que não vão voltar.
O tempo é cruel, leva o que é querido,
E a saudade aperta como um nó na garganta.
Um amor que se foi, um sonho perdido,
Na solidão fria, a alma se levanta.
Mas, mesmo na tristeza, há beleza escondida,
Nas lágrimas quentes que caem como chuva.
Elas regam o solo da vida ferida
E fazem brotar memórias que o coração aprova.
Então, choro em silêncio, mas também em esperança,
Pois cada lágrima é um passo para o novo.
