Mensagens de Autores Famosos

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“A beleza ainda me emociona muito. Não só a beleza física, mas a beleza natural. Hoje, com quase oitenta e cinco anos, tenho uma visão da natureza muito mais rica do que eu tinha quando era jovem”.

( trecho da última entrevista. in: "O suplemento Idéias", do Jornal do Brasil, de 22 de agosto de 1987.)

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Árvore

Tentamos proteger a árvore,
esquecidos de que é ela que nos protege.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
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Zen
Prática budista que faz falta a governantes e políticos:
exige meditação profunda.

(In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

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Voz
Cala-te, mas que não seja demasiado,
para não perderes o uso da voz.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

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Autógrafo

Pedir autógrafo a autor lisonjeia sua vaidade
sem melhorar a qualidade da obra.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
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Automóvel

Veículo que desperta o desejo de ir a
alguma parte já superlotada por veículos idênticos.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por portalraizes

Bem
Há boas ações que se praticam porque
não foi possível deixar de praticá-las.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

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Cão
O fato do cão ser fiel ao homem não quer dizer
que ele aprove as ações do dono.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Inserida por portalraizes

Cão
Rendo homenagem ao cão; ele late melhor do que eu.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Inserida por portalraizes

Banqueiro

O banqueiro ignora que tem dinheiro suficiente
para fechar o banco e começar vida nova.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por portalraizes

Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.

(extraído do livro em PDF: JOSE (trecho de “O LUTADOR”)

Inserida por portalraizes

Não morres satisfeito.
A vida te viveu
Sem que vivesses nela.
E não te convenceu
Nem deu qualquer motivo
Para haver o ser vivo.

A vida te venceu
Em luta desigual.
Era todo o passado
Presente presidente
Na polpa do futuro
Acuando-te no beco.
Se morres derrotado,
Não morres conformado.

Nem morres informado
Dos termos da sentença
Da tua morte, lida
Antes de redigida.
Deram-te um defensor
Cego surdo estrangeiro
Que ora metia medo
Ora extorquia amor.

Nem sabes se és culpado
De não ter culpa. Sabes
Que morre todo o tempo
No ensaiar errado
Que vai a cada instante
Desensinado a morte
Quanto mais a soletras,
Sem que, nascido, mores
Onde, vivendo, morres.

Inserida por Binha2309

Evocação

À sombra da usina, teu jardim
Era mínimo, sem flores.
Plantas nasciam, renasciam
para não serem olhadas.

Meros projetos de existência,
desligavam-se de sol e água,
mesmo daquela secreção
que em teus olhos se represava.

Ninguém te viu quando, curvada,
removias o caracol
da via estreita das formigas,
nem sequer se ouviu teu chamado.

Pois chamaste (já era tarde)
e a voz da usina amorteceu
tua fuga para o sem-país
e o sem tempo. Mas te recordo

e te alcanço viva, menina,
a planejar tão cedo o jardim
onde estás, eu sei, clausurada,
sem que ninguém, ninguém te adivinhe.

Inserida por Binha2309

Quisera abandonar-te, negar-te, fugir-te,
mas curioso:
já não estás, e te sinto,
E tanto me falas, e te converso.
E tanto nos entendemos, no escuro,
no pó, no sono.

Carlos Drummond de Andrade
A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Nota: Trecho do poema Como um presente.

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Inserida por katiacristinaamaro

Se procurar bem, você acaba encontrando,
não a explicação (duvidosa) da vida. Mas a
poesia (inexplicável) da vida.____________

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Inserida por berepasin

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Inserida por rodkalenninfe

Cada irmão é diferente Sozinho acoplado a outros sozinhos

Inserida por MannuelaMonteiro

"A religião ocupa espaço infinito dentro do homem,
sem que este perca as limitações humanas."

Inserida por evelynda96

A educação para o sofrimento evitaria senti-lo com relação a casos que não o merecem.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas. Rio de Janeiro: Record, 1990.

O amor antigo vive de si mesmo, não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige nem pede. Nada espera, mas do destino vão nega a sentença. O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza...

Inserida por AbdaGulart

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