Mensagem sobre Verdade
As máscaras que usamos não nos ocultam dos olhares alheios , afinal, os outros raramente nos reconhecem, apenas julgam.
São máscaras que nos aprisionam, que nos condenam à repetição exausta de um roteiro previsível, à obrigação de subir ao palco e encenar para o mundo.
Nos bastidores, nem sequer sabemos qual rosto ofertar a nós mesmos.
Desvelar-se, arrancar a máscara, é exibir as cicatrizes, assumir os olhos borrados, o sorriso por vezes envergonhado; é confessar, sem ornamentos, aquilo que verdadeiramente se deseja ser.
Despir-se das máscaras não é apenas um ato de coragem, é um pacto com a própria verdade, ainda que ela não seja bem recebida, ainda que custe o pertencimento forçado, ou o aplauso fingido daqueles que nos assistem afiados para criticar.
Psicologia usa “dissonância cognitiva” para explicar o conflito que sentimos quando a verdade confronta as mentiras que acreditamos de coração.
A educação apresenta uma excelência por meio do fazer diferente, que na verdade nao o faz, de ser significativo, que ao final não consegue o significado desejado, porque o foco não é a produção, mas a exposição de como está sendo produzido.
Deus, em Sua fidelidade, nos conduz pela Vereda da Vida, e essa jornada é marcada pela alegria plena que somente Sua presença pode oferecer.
Só podemos compreender a verdade na medida em que vivemos a verdade, e viver a verdade significa conformar nossas ações à verdade. Conformar nossas ações à verdade significa viver de acordo com a lei moral, que é a verdade sobre a natureza humana.
Apega-te à tua verdade, não à que o mundo impõe, mas àquela que pulsa no silêncio quando estás só. Essa verdade íntima, que resiste mesmo nas noites mais longas, é a chama que não se apaga. Nela habita tua essência mais pura, e quem se ancora em si mesmo, por mais que o vento sopre ou as marés mudem, nunca se perde.
Por todo este tempo, eu vivi... respirei, caminhei, cumpri os dias como quem atravessa paisagens sem se deter nelas. Estive presente, mas não inteiro. Fiz o que se esperava, sorri quando era preciso, calei o que gritava por dentro. E, ainda assim, algo sempre faltava.
Agora entendo: eu vivi, sim… mas nunca tive uma vida que fosse verdadeiramente minha. Nunca abracei meus próprios desejos sem medo. Nunca me permiti ser, apenas ser, sem me moldar ao olhar dos outros.
Talvez, só agora, ao reconhecer essa ausência, eu comece a construir o que é meu... um caminho onde viver não seja apenas existir, mas pertencer a mim mesmo. E nisso, finalmente, pode nascer uma vida.
Um dia me perguntaram o que era o amor.
Numa reflexão rápida, quis me limitar a dizer que o amor é uma coisa só... Pensei em uma pessoa que amo muito e afirmei, com convicção, que amor é admiração — como se um "eu te amo" fosse, na verdade, um "eu te admiro", só que com mais intensidade.
Mas então me veio à mente outra pessoa que também amo, e percebi que o sentimento era outro.
Vieram, então, palavras como cuidado, compromisso, afeto, liberdade — e todas elas também fizeram sentido.
Entendi que o amor se fragmenta nas relações pessoais e singulares (romântico, materno, fraterno, amizade...), assumindo maior ou menor importância na vida de cada um, conforme suas vivências.
Sigo sem saber a resposta exata — e às vezes falho ao reconhecer o amor por algo ou alguém, fruto das minhas próprias expectativas. Um erro. Porque, embora o amor me apareça como um emaranhado de sensações, acredito que ele só existe a partir da verdade.
"Quando a verdade expõe o sistema, não é a Bíblia que está sendo atacada... é o teatro que está desmoronando."
A verdade não é um destino, mas uma jornada constante que se revela apenas aos olhos de quem busca, sem temer o desconhecido.
Quando pedimos desculpas por dizemos uma verdade eterna, é na verdade, uma convicção fraca e não sensibilidade.
Quantas vezes me calei pra manter a paz dos outros, enquanto a minha própria alma gritava por socorro… E ninguém ouvia. Nem eu.
