Memórias
Sou louca? Depende, cada um tem uma forma peculiar de considerar o que é ser doido, para a maioria sou louca, mas sou uma pessoa normal, com sonhos, vontades e desejos, talvez a parte dos desejos seja a minha perdição ou salvação.
"E no fim, nunca encontrei aquela preciosa memória, aquela que me fazia sorrir como uma criança, que me fazia rir, ela se perdeu em meio há tantas outras!"
O que somos hoje se transformará em uma breve recordação, guardada na memória das pessoas por um curto lapso de tempo.
A programação da terça era quase o domingo dos namorados: eu lavava o cabelo, escolhia o melhor cheiro, melhor camisa de xadrez feita sob medida... Baixava as músicas que ela que curtia, e outras mais que eu gostava, sabia que ela ia adorar também...
A gente falava da vida, da nossa e dos outros. Parecíamos não ter segredos nunca. Parecia ser pra sempre. Parecia muita coisa que não foi.
Mas eu me lembro das melhores partes, das melhores fotos, as melhores gargalhadas, do tempo que a gente fica deitada no chão do quintal olhando o céu por entre alguns coqueiros como as nuvens se transformavam ou mudavam de cor.
Às vezes, quando não parecia muito interessante, a gente mudava a direção do olhar e se olhava. As bocas se aproximavam lentas, iguais as nuvens mudando suas formas. Porém, tudo era muito rápido, mas depois, quando eu ficava viajando em pensamentos até esse momento de novo, tudo parecia se repetir em câmera lenta, e eu podia perceber com calma a beleza de tudo que aconteceu ou acontecia em minutos...
Às vezes, ela ainda é a lembrança mais doce que eu tenho dessa vida amarga.
Eu costumava ficar triste quando via pessoas revirando lixeiras em busca de sustento, mas com o tempo percebi que todos passamos boa parte do dia revirando nossos lixos emocionais e memórias acumuladas, buscando entender, curar e crescer. É um lembrete de que todos nos sentimos vazios de algo, e muitas vezes passamos a vida procurando nos lugares errados. A verdadeira plenitude muitas vezes está dentro de nós e nas conexões que compartilhamos com os outros.
A conversão e conservação de energia são dois princípios fundamentais do universo, que também podem ser aplicados em nosso cotidiano. Ao interagir com outras pessoas, converse com o intuito de conservar os relacionamentos, já que através das palavras, conseguimos preservar laços afetivos e memórias compartilhadas.
Inicialmente, nos deparamos com a necessidade de nos adaptar a lugares carentes de vitalidade. Com o passar do tempo, o bem-estar se consolida por meio da reunião de memórias que carinhosamente chamamos como lar.
É curioso notar como as pessoas muitas vezes tentam manter as mentiras vivas, enquanto buscam matar as verdades. Porque uma história criada jamais se desvanece das memórias.
Súbito
Um, dois, três... Quem conta, quem liga?
Acanha-me, pois sei que na fresta da porta do destino me espreita;
Ali, silenciosa e ansiosa por um abraço sem desfeita;
Meu abraço, como se fosse amiga...
... Quatro, cinco, talvez seis, talvez horas, talvez mais tarde...
Que tarde!
Vou ficar, vou contar um-à-um;
Por mais triste que isso possa ficar;
Lembranças virão de um ‘cara’ comum;
Eu a ouço e isso me deixa assustado;
Porque não fugir? Porque não evitar?
Não quero! Estou cansado!
Minha respiração se torna mais ofegante;
O coração bate mais forte, num ritmo estranho;
Memórias confusas surgem nesse instante;
Rês desgarrada do rebanho...
Eu não estou pronto;
Não me sinto à vontade;
Em vida, como cheguei a esse ponto?
Nada disso era real há um mês...
Seis, cinco, quatro, três...
O tempo não apaga coisa alguma,apenas vai cobrindo de poeira e desbotando as cores das nossas lembranças.
Até uma flor finalmente florescer existe todo um processo de desenvolvimento que não é visto. Nós enxergamos apenas a parte bela, as suas mais diversificadas formas e tamanhos. Mas o que é realmente mais bonito ou intrigante se esconde atrás da aparência, há uma infinidade de vida ali, contado por um ciclo de existência que transcende o tempo. O interior das pessoas não é diferente, carregamos uma diversidade de coisas dentro de nós que não são vistas, uma infinidade de experiências, memórias, sentimentos e é claro, vida! Nem sempre seremos belos como as flores, e eu nem me refiro a imagem externa que trazemos, mas indiscutivelmente aquilo que somos no interior e o que carregamos nesse processo. Quisera sermos por fora exatamente o que somos na essência, já que, há flores tão belas mas perigosas e até mesmo fatais (...) Como você seria se a sua aparência fosse fidedigna ao que você é por dentro?!
As maiores riquezas da nossa existência não são os bens materiais que conquistamos, mas sim as memórias, as experiências vividas e as relações com Deus e com as pessoas.
... E quando encontramos o amor, não existe nada que te faça mais feliz do que viver momentos inesquecíveis com quem sempre estará ao seu lado para lembrá-los.
As pessoas, hoje em dia, se preocupam mais em guardar bons momentos em forma de vídeos e fotos em seus celulares do que em memórias em suas mentes.
Amigos são valiosos.
Eles são o nosso arquivo de sensações intactas, que se transformam em sonhos e dão sentido à vida.
Viajar é renovar a alma e encher o coração de alegria. Momentos especiais compartilhados com quem se ama, criando laços e memórias para a vida toda. Uma jornada que transforma e aproxima, revelando a beleza do mundo e a força do amor.
Em meio à efervescência, a alma anseia por um refúgio, um retorno ao lugar onde os sentimentos profundos ecoam em silêncio.
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
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