Matei Voce dentro de Mim
Eu só quero o que Deus quiser para mim. Quero o que for leve na alma, não por ser fácil, mas por ser verdadeiro. Não cobro respostas, não exijo promessas. Quero apenas sentir a vida pulsando com uma certa tranquilidade. Cansei de negociar paz com o caos. Entreguei. Agora é com Deus. Que Ele trace o caminho com a sabedoria que escapa à minha pressa. Deus entende tudo: a pausa necessária, o tempo exato, aquela intensidade bonita que a gente só entende depois que passa. Tem horas em que a alma pede descanso e o coração exige silêncio para tentar entender a vida. Não quero mais forçar nada ou insistir em coisas que não são para mim. Quero encontrar sentido nos encontros certos e aprender a respeitar os caminhos tortos. Aceitar todos os espinhos escondidos nas flores que ainda nem colhi. Pois Deus vê o que eu não alcanço. Ele entende o silêncio entre os ruídos e aquela espécie de cuidado que só se revela depois. Minha vontade é apressada, mas Deus tem o tempo certo que descansa. Quero o que Deus quiser para mim. E que seja com toda a intensidade. Com toda a fragilidade de quem, por fim, ousa acreditar que os planos de Deus são infinitamente maiores.
A fantasia
É o combustível
Nos dias tristes
Os pensamentos
Fazem questão
De mim lembrar
Que tinha sua presença
Junto ao meu corpo
A noite inteira
É por isso que minha solidão
É mais calma
Sigo colando os caquinhos
Que a vida se encarregou
De mim entregar
Sigo confiante que a cola
Vai ser suficiente
E um novo vaso irá tornar
As barreiras da vida são como os cacos
Todas elas serão ultrapassadas
Com pensamentos positivos
E novos rumos serão possíveis pra formar
Uma nova vida
Assim como o vaso que foi colado
É urgente querer te amar
Amar o teu corpo
Amar a tua alma
Mim arrepiar com teu beijo
E olhar a tua beleza
Se eu pensar em mim perder
No intrínseco da minha alma
Consequentemente acharei
O que eu procuro
Conhecer
O meu ser
Os meus limites
As minhas loucuras
Os meus devaneios
A minha forma de lidar
Com a vida
Com as pessoas
E o mundo
Acharei consequentemente
Liberdade
Autenticidade
E o mais puro amor
Em busca da verdadeira
Felicidade
"Se vieres até mim
Me traga as flores de jasmim
E conceda-me a mais pura paixão
De uma noite de amor".
Ser problemático
Pra mim é normal
Gosto de causar
Gosto de exagerar
Gosto de mostrar
Quem eu sou
Não importa se
As pessoas
Não conseguem
Aceitar a minha
Forma de ser
O problema não é meu
Gosto de ser problemático
O mundo
Tá virado de pessoas
Hipócritas que só dizem
Coisas que não condiz
E na real gosto mesmo
De ser problemático
Resolvo quase tudo
Na base da pergunta
E quem não gosta de
Questionamentos
Fica
bem longe de mim
Demorei ser assim
Mas serei
O crítico problema até o fim
E isso não vou mudar
Porque eu sou assim
Inteiramente problemático
Sabe o que pesa em mim
A tristeza que a alma
Se permitir sentir
Começou
No amor
Que foi embora
E deixou o buraco
E esse
Invadiu o coração
E o ser
Lutou a todo
Momento contra a dor
E essa se fez presente
Pra sempre no profundo
Da alma
A melhor versão de mim
É aquela que
Foi forjada na dor
Que o coração se encheu de decepção
E as percepções sobre si
Chegaram a beira do abismo
De tanta ilusão
A melhor versão de mim
Passou anos e anos
Pra construir
E colar os cacos
Intrínsecos
De uma alma
Sofrida
Por não se conhecer
Não se pertencer
Como pessoa humana
A melhor versão de mim
Não entendia
Que a energia da alma
Deveria compor
As mais belas
Cores de alegria,
amor e gratidão
Pela vida
Que anseio
De tê- lo perto mim
Bem grudadinho
Onde meus olhos
Só contemplem a tua beleza
E o meu coração o teu amor
Só vou guardar para mim, sentimentos que me faz feliz. Porque os anjos lá do céu advertem, ficar sem perdoar faz mal pra saúde da alma.
Se uma pessoa mente para mim, e mesmo eu vindo a perdoar depois.
A minha confiança não seria a mesma.
A menos que eu tivesse o cérebro de um RATO com Alzheimer, e me esquecesse das coisas.
Achar que o amor não é para mim, é um dos piores sentimentos que uma pessoa pode sentir. É como se eu não fosse nada, como se eu fosse um problema ambulante, tudo em mim parece estar errado.
🌾 Bahia em Mim
Na Bahia, onde o tempo dançava devagar,
Eu corria descalça no terreiro, sem pressa de voltar.
O cheiro do mato era doce e forte,
E eu me achava dona do mundo, sem saber da sorte.
Minha avó me ninava com canto e café,
Meu avô contava causos sentado no pé do jatobá.
E lá vinha bisavó com seu riso cansado,
E bisavô Caxias, firme e encantado.
A saudade bate forte, feito vento em tarde quente,
De quando a gente brincava de pique atrás da gente.
Os primos riam alto, correndo entre os animais,
Um subia na árvore, o outro caía demais!
Tinha guerra de mamão, banho de bacia no quintal,
Galinha fugindo da gente — era sempre carnaval!
Eu tropeçava no terreiro, ria até do tombo,
Com a cara suja de barro, era feliz do meu modo.
E quando a festa chegava — ô trem bão de lembrar!
A cidade virava dança, na Terra das Vaquejadas a vibrar.
Tinha cavalo, forró, bandeirola no céu,
Cheiro de carne assada e alegria a granel.
À noite, o céu virava palco de estrela,
E eu deitada na rede, sentindo a vida tão bela.
Com riso nos olhos e o coração que se expande,
Levo comigo a Bahia, mesmo estando distante.
Porque crescer é isso: guardar no peito a raiz,
Ser livre, mas lembrar do que um dia me fez feliz.
E quando a saudade me visita, sem avisar,
Fecho os olhos... e volto pra lá.
Como pode um amor ser tão incrível, paciente e atencioso como o amor de Jesus por mim? Um amor que é de filha, mas também de noiva—aquele amor que o noivo busca, que anseia, mas que, muitas vezes, a noiva não procura com a mesma intensidade. Nos perdemos nos devaneios do mundo, acreditando que o que é passageiro e doloroso tem mais valor. E, assim, nos afastamos do amor verdadeiro, do amor puro, que é o único capaz de nos preencher por completo.
AUGUSTO E EU
Entre mim e augusto existe o tempo e a imensidão; outonos dourados que derramaram pétalas e desfolharam árvores avolumando a relva que adubaram o solo e esconderam os vestígios dos que perambularam, dos que caçaram, dos que fugiram, ou simplesmente se perderam ao acaso... em busca de um senso, de um espírito, de algo surreal que dê sentido à isso; e o que me faz pensar que eu sou augusto? Ah, eu não sei, algo, uma presunção megalomaníaca, fantasmas, os demônios que escarravam os seus poemas, os vermes... eu não sei... augusto e e, caminhamos... um pântano sinistro galhos e raízes como esqueletos dos que perecem num purgatório que habita na nossa própria essência. Alta madrugada e eu esfacelado na minha sensibilidade diante das agruras que sangram a alma de qualquer ser com fôlego e tato, diante desse cotidiano maldito; Augusto gargalha algum poema com farpas, entrementes onde estive esse tempo? este plasma indócil vagou pelos desertos da África; colhi fome, miséria e inanição; a Etiópia cingiu minh'alma e tingiu minha pele. O deserto habita o meu silencio e povoa o meu coração. augusto me olha deste abismo inexplicável de abstrações que serve de pilar à poesia; caminhamos juntos entre a lógica e o absurdo, tudo que explica perfeitamente o que não somos de uma forma coerente a se fazer dissolver o que é real nesse universo de moléculas, átomos e estrelas; mas eu tenho os meus sonhos, sonhos como chuvas, como rigorosos invernos e nessa realidade árida, só me resta chover...
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